Ea@D -10I - VAMOS PENSAR - QUE PRINCÍPIOS DA JUSTIÇA SÃO DEFINIDOS A PARTIR DA POSIÇÃO ORIGINAL?

Responde à esta questão explicando se, em caso de conflito, os princípios têm o mesmo estatuto.

Comentários

  1. Parte 1
    John Rawls é da opinião de que uma sociedade apenas é justa se todos os que dela fazem parte tiverem a mesma liberdade e igualdade de oportunidades. Como tal, Rawls afirma que, a partir da posição original - o modo como seres racionais escolhem as regras de funcionamento de uma sociedade o mais justa possível sem ter consciência das suas condições sócias, físicas, intelectuais -, são delineados princípios de justiça que devem ser aplicados de modo a que se consiga uma sociedade o mais justa possível.
    Em primeiro lugar, vamos falar do princípio da liberdade igual. Neste princípio, Rawls, ao contrário do socialismo marxista, não aceita que se abdique das liberdades individuais. Isto porque é um dever do Estado garantir a todos igual liberdade - liberdade de expressão e direito ao voto, assim como liberdade da propriedade privada. Um judeu não deve ter, por exemplo, de renunciar à sua religião para conseguir tornar-se advogado, como já aconteceu na História. Da mesma maneira, um homossexual não devia ter de abandonar a sua orientação sexual para conseguir ser aceite na sociedade. Basicamente, onde se quer chegar aqui é que ninguém deve ter de abdicar das suas próprias liberdades para o contentamento da maioria, tendo-se que todos devem ter a mesma liberdade para traçar os seus objetivos e ambições pessoais na vida, bem como para os cumprir.
    O segundo princípio de que vou falar aqui é o princípio da igualdade de oportunidades. Mais uma vez, o dever de assegurar que todos os membros de uma sociedade são detentores das mesmas possibilidades de escolha e oportunidades na vida cabe ao Estado. Isto porque a nossa posição deve ser um resultado do nosso esforço e não devemos ser impedidos de a alcançar por Fatores que escapam ao nosso controlo como o meio onde nascemos ou os dotes naturais.
    O terceiro princípio é o princípio da diferença, que existe para garantir a cooperação social, sendo que a riqueza é igualmente repartida pela sociedade, não se verificando grande discrepância entre os mais favorecidos e desfavorecidos.

    André Mota
    N°3
    10°I

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  2. Parte 2
    Dito isto, é necessário notar que para estes princípios surtirem efeito é preciso aplicar um "véu de ignorância", que causa o desconhecimento de cada indivíduo da sua condição social e económica aquando do estabelecimento do contrato social e da sua escolha de "princípios da justiça".
    Contudo, caso haja um conflito, estes princípios acabam por perder um pouco do seu estatuto. Uma vez que neste cenário a cooperação social é tão importante, o princípio da diferença permaneceria forte, contudo, o princípio da liberdade igual perderia um pouco da sua importância, pois as pessoas teriam de abdicar da sua liberdade individual para auxiliar aqueles com dificuldades e tomar postos de trabalho essenciais.
    Contudo, o princípio da igualdade de oportunidades provavelmente teria de ser tido em conta, uma vez que se todos tiverem a mesma possibilidade de atingir uma certa posição, a cooperação é entreajuda serão reforçadas e a sociedade poderá manter-se firme com mais eficácia.

    André Mota
    N°3
    10°I

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  3. Diogo Almeida, Nº11, 10ºI20 de maio de 2020 às 01:16

    1.
    John Rawls defende através da sua teoria, que uma sociedade justa, para ser, deve-se centrar em três princípios fundamentais que favoreçam a equidade, isto é, a igualdade perante a escolha, e que por conseguinte, permitam reduzir ao mínimo os conflitos: o princípio da liberdade igual, o princípio da igualdade de oportunidades e o princípio da diferença. Para tentar comprovar os seus ideais, e como eles conseguem sustentar e desenvolver uma sociedade justa, o filósofo cria um raciocínio mental hipotético e imaginário - a posição original- que corresponde ao modo como os membros da sociedade escolheriam o modo de funcionamento da sociedade em que vivessem de forma mais justa possível, e com total imparcialidade, mas, por outro lado, não tinham qualquer conhecimento sobre as suas pessoas nessa condição futura. Neste raciocínio também se enquadra o chamado"véu da ignorância", que funciona como uma inconsciência total de cada indivíduo da sua condição social e económica aquando do estabelecimento das regras de funcionamento da sociedade a que irá pertencer no futuro. Como é evidente, num estado de ignorância, as decisões racionais são imparciais. Essa situação leva a que os indivíduos, devido a esse desconhecimento, exijam uma organização da sociedade que seja o mais vantajosa possível para todos, não inferiorizando ou ostracizando ninguém. Assim, vão exigir vão exigir que a sociedade promova valores básicos essenciais para viver uma vida aceitável.
    Sobre os princípios, Rawls hierarquiza-os. Inicialmente, considera o princípio da liberdade o mais importante e fundamental. Sobre ele, o filósofo afirma que nenhum indivíduo deve ser mais livre do que outro e que por isso, nenhuma liberdade individual deve ser sacrificada em prol de um bem-estar comum. Cabe assim ao Estado assegurar as liberdades básicas individuais a cada cidadão para que cada um tenha a oportunidade de realizar e atingir as suas ambições pessoais assim como os seus objectivos de vida. Conclui-se assim que para Rawls não há uma sociedade justa se não forem respeitadas todas as liberdades, sem excepção.
    De seguida, numa segunda posição, surge o princípio da igualdade de oportunidades. Neste princípio Rawls também defende que o Estado tem um papel importante e decisivo: este deve promover a igualdade de oportunidades a todos os membros da sociedade, isto é, cada indivíduo deve ter as mesmas possibilidade de acesso a qualquer recurso ou da realização de objectivos de vida, independentemente das suas condições sociais. Para isto, é necessário que o Estado invista e apoie os mais necessitados e desfavorecidos, ou seja, quanto mais debilitadas forem as condições sociais, maior deve ser a intervenção do Estado, tudo isto para que factores externos pelos quais ninguém é responsável, não tenham qualquer peso ou consequência na posição em que o indivíduo se encontre.

    Diogo Almeida, nº11, 10ºI

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  4. Diogo Almeida, Nº11, 10ºI20 de maio de 2020 às 01:16

    2.
    Por fim, e não menos importante, surge o princípio da diferença que está relacionado com a distribuição da riqueza. Para o filósofo, a excessiva desigualdade entre ricos e pobres acarreta consequências catastróficas, pois, ao longo do tempo, dá a oportunidade aos mais ricos de oprimir os mais desfavorecidos, sendo que ao mesmo tempo, conseguem desenvolver cada vez mais as suas riquezas pessoais, tornando os pobres ainda mais miseráveis. Para se evitar uma situação deste género, deve-se fazer uma redistribuição da riqueza de forma a tentar corrigir ao máximo as desigualdades entre os cidadãos. Para este efeito, Rawls recorre à aplicação de impostos, que constitui um importante recurso para indivíduos em situações mais vulneráveis - quanto maior for o rendimento individual, mais impostos terão que pagar, para que, por sua vez, esses sejam canalizados para apoiar os mais desprotegidos.
    Em suma, para Rawls, só com estes três princípios da justiça é que é possível formar e sustentar uma sociedade justa para todos os cidadãos.
    Em relação a uma outra perspectiva, no que diz respeito aos casos de conflito, se porventura existirem, é evidente que cada um destes princípios perderiam os seus valores, uns mais do que outros, dependendo das situações. O princípio da liberdade individual é aquele que possivelmente sofreria pois, tal como a História nos demonstra, em situações de guerra ou crise económica, as pessoas foram muitas das vezes levadas a abdicar das suas liberdades individuais e das suas propriedades e bens pessoais em prol do próximo e da entreajuda.
    Por outro lado, o princípio da igualdade de oportunidades é o mais essencial neste tipo de situações, assim como o princípio da diferença (apesar de este se poder alterar por necessidade de assegurar a sobrevivência), sendo que por essa razão, são os princípios que possivelmente menos se alteram.

    Diogo Almeida, nº11, 10ºI

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  5. Segundo John Rawls, devemos conciliar liberdade e igualdade para que desse modo consigamos construir uma sociedade justa e para isso Rawls criou uma experiência mental, com o nome de posição original. A posição original corresponde ao modo como indivíduos racionais escolheriam as regras de funcionamento de uma sociedade justa, não fazendo ideia, do meio social que nasceram, se são pobres, ricos ou de classe média. Foi também a partir da posição original que foram delineados os princípios de justiça: o princípio da liberdade igual para todos (onde todos temos direito a conduzir as nossas vidas á nossa vontade,desde que essa liberdade seja compatível com a dos outros, por exemplo é injusto que uma pessoa tenha mais liberdade do que outra); o princípio da igualdade de oportunidades (pois uma sociedade justa é aquela em que a posição social dos indivíduos deriva das suas escolhas e não da sorte, por exemplo a Maria nasce numa familia com possiblidades financeiras e a Carla nasce numa familia mais desfavorecida, não é justo que a Maria que nasceu numa familia com mais possibilidades tenha mais oportunidades que a Carla que nasceu numa familia mais desfavorecida) e como último princípio temos a discriminação equitativa (este princípio defende que a distribuição da riqueza se deve fazer de forma igualitária, a não ser que essa desigualdade beneficie os menos desfavorecidos e os ajude a melhorar a sua situação).
    Beatriz Oliveira nº4 10ºI

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  6. Catarina Paes de Carvalho22 de maio de 2020 às 05:20

    Começo por dizer que a nossa sociedade não é justa e dificilmente o será, pois por mais que as teorias possam ser pormenorizadas, a verdade é que são apenas ilusões reconfortantes, já que dificilmente uma teoria é passada à prática exactamente como o seu criador gostaria. Não obstante, o ser humano sempre reflectiu sobre o problema da sociedade justa, e foram criadas teorias numa tentativa de saciar essa necessidade da humanidade. Infelizmente, nenhuma foi levada a cabo, pelo menos inteiramente, como podemos verificar pelas inúmeras situações injustas que acontecem diariamente.
    John Rawls criou uma teoria baseada em três princípios de justiça ou de uma sociedade justa: Princípio da liberdade igual para todos, princípio da igualdade de oportunidades e o princípio da diferença.
    O Princípio da liberdade igual para todos diz-nos que nenhum ser humano deveria ter mais liberdade que outro, estabelecendo que um patamar de liberdade minimamente aceitável seria a liberdade de voto, de expressão, o direito à integridade física, entre outras liberdades consideradas básicas.
    O Princípio da igualdade de oportunidades defende que a nossa realização pessoal e profissional apenas deveria depender das nossas escolhas e esforço, e não esteja condicionada pelos factores económicos desfavoráveis, por exemplo.
    Por fim, o Princípio da diferença afirma que uma sociedade é injusta se as vantagens dos favorecidos não forem benéficas para mais ninguém. Haverá sempre pessoas numa posição mais favorecida, mas a todos deve ser dada a oportunidade para melhorar a sua vida. (tendo acesso à educação, por exemplo).
    Catarina Paes de Carvalho, n31 10I

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  7. John Rawls, considerado o filósofo político mais importante do século XX, entende a posição original como uma situação puramente hipotética, caracterizada de forma a conduzir a uma certa conceção de justiça. Tendo como modelo a sociedade norte-americana e a necessidade de refletir sobre a forma como são distribuídos os direitos e os deveres e sobre as consequências dessa distribuição, em termos de vantagens e desvantagens para os cidadãos.
    Para que haja justiça nas escolhas, entende necessário que as partes desconheçam a sua posição original, por aquilo a que chama véu de ignorância, cuja finalidade seria permitir aplicar os princípios da justiça de forma mais justa, garantindo uma imparcialidade nas escolhas e opções de cada um, apresentando assim uma conceção de justiça baseada na equidade.
    Considerando que os princípios para uma sociedade justa seriam: o princípio da liberdade igual para todos, não podendo em nenhuma circunstância ser posto em causa, o princípio da igualdade de oportunidades, procurando garantir que apenas as nossas escolhas e o esforço pessoal sejam os fatores decisivos para alguém realizar as suas ambições no plano social e o princípio da diferença ou da discriminação equitativa, defendendo uma distribuição da riqueza de forma igualitária, exceto se as desigualdades beneficiarem os menos favorecidos e lhes derem a oportunidade de melhor a sua situação.
    Carolina Magalhães nº7 10ºI

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  8. O filósofo John Rawls propõe apresentar um conjunto de argumentos a partir da ideia de um contrato ou escolha consensual e comprometida entre todos os indivíduos. Para isso, é necessário que todas as partes do contrato se encontrem em condições de o poderem fazer com sucesso, isto é, é preciso que a escolha dos princípios de justiça seja feita com total imparcialidade, numa situação de equidade.
    Na posição original, todos os indivíduos se encontram hipoteticamente cobertos por um véu de ignorância que os impossibilita de ver as suas características particulares e de escolher em função dos seus interesses pessoais.
    Os indivíduos procurarão maximizar o mínimo de bens sociais primários, a cada membro da sociedade a partir de alguns princípios fundamentais. Estes princípios terão o mérito de não favorecer nenhum indivíduo em exclusão de outro.
    O primeiro princípio que Rawls defende é o principio da liberdade igual, este princípio assegura e protege os direitos fundamentais dos indivíduos. Este conjunto de liberdades básicas e iguais para todos os indivíduos não pode, sob quaisquer condições ou em qualquer circunstância, ser posto em causa. A liberdade do indivíduo não deve nunca ser sacrificada em proveito de qualquer outra coisa. Assim, este princípio da justiça tem prioridade sobre os que se seguem.
    O segundo princípio é o princípio da diferença, este garante vantagens para todos e para cada um seja qual for a posição, que cada pessoa venha a ocupar na sociedade. Deduz-se que a riqueza seja distribui tendo em conta as desigualdades sociais. Uma sociedade justa não poderá permitir que as vantagens dos mais favorecidos sejam apenas para esses.
    O terceiro e último princípio defendido por Rawls é o princípio da oportunidade justa, este garante que a oportunidade de todos acederem a cargos sociais, em pé de igualdade. Uma sociedade justa terá de permitir que todos os indivíduos possam conquistar uma posição social a partir das suas próprias escolhas e não do caso.
    Assim, o estado deve garantir as mesmas oportunidades para todos, ao nível da saúde, da educação, da cultura entre outros.

    Maria Miguel Pinheiro, n°23, 10°I

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  9. Jonh Rawls, um filósofo norte-americano, defende que uma sociedade só pode ser justa se tivermos em conta três princípios: o princípio da liberdade , isto é, deve haver a mesma justiça para todos os indivíduos de cada uma das sociedades, caso contrário a sociedade não pode ser considerada justa; em segundo , o princípio da igualdade de oportunidades, que afirma que todos os indivíduos devem estar sujeitos às mesmas possibilidades profissionais, independentemente das suas capacidades económicas; por último temos o princípio da diferença, que defende que a riqueza deve ser distribuída de uma forma desigual, contudo esta desigualdade deve favorecer os mais desfavorecidos da melhor maneira possível (atribui-se mais riqueza aos indivíduos com maior número de posses, contudo estes também estarão sujeitos ao pagamento de mais impostos).
    Rawls, para defender este modelo social e económico recorre à posição-original (experiência mental para mostrar que estas são as regras e princípios de uma sociedade justa). Segundo a posição original, o indivíduo está coberto por um véu de ignorância , não sabendo a sua etnia, as suas capacidades mentais, o estatuto social a que vão pertencer, entre outros, sendo desta forma a escolherem e construírem uma sociedade de uma forma imparcial. ( Por exemplo, Ana opta por construir uma sociedade de grandes diferenças monetárias, contudo esta não sabe se poderá a vir a nascer nesse tipo de sociedade, podendo pertencer ao grupo social mais desfavorecido, sendo então obrigada a optar pela imparcialidade).
    Resumindo, a posição original corresponde ao modo de como os indivíduos escolheriam as regras para o funcionamento de uma sociedade.


    David Ribeiro da Silva n.º9 10.ºI

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