A Alegoria da Caverna

Platão - Filósofo da Grécia clássica - a "Alegoria da caverna", na sua obra "A República"

" Suponhamos uns homens numa habitação subterrânea em forma de caverna, com uma entrada aberta para a luz, que se estende a todo o comprimento dessa gruta. Estão lá dentro desde a infância, algemados de pernas e pescoços, de tal maneira que só lhes é dado permanecer no mesmo lugar e olhar em frente; são incapazes de voltar a cabeça por causa dos grilhões; serve-lhes de iluminação um fogo que se queima ao longe, numa eminência, por detrás deles: entre a fogueira e os prisioneiros há um caminho ascendente, ao longo do qual se construiu um pequeno muro (...)
- Estou a ver - disse ele.
- Visiona também, ao longo desse muro, homens que transportam toda a espécie de objetos, que o ultrapassam (...).
- Estranho quadro e estranhos prisioneiros são esses de que tu falas - observou ele.
- Semelhantes a nós - continuei - Em primeiro lugar, pensas que, nestas condições, eles tenham visto, de si mesmos e dos outros, algo mais do que as sombras projetadas pelo fogo na parede oposta da caverna?
- Como não (...).
- De qualquer modo - afirmei - pessoas nessas condições pensariam que a sombra dos objetos era a verdade. (...)."

- Qual o significado da expressão sublinhada no texto?

                                                                                                                                           Fátima Reis
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Comentários

  1. A interpretação da expressão sublinhada no texto representa uma analogia que compara os prisioneiros da caverna à vida no quotidiano ,ou seja, "semelhantes a nós". Os prisioneiros consideram as sombras que vêem como uma verdade inquestionável e as suas correntes representam o preconceito e senso comum presente no quotidiano.
    10ºB nº 28

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  2. Também é importante destacar que na alegoria da caverna é distinguido o mundo sensível (dentro da caverna) do mundo inteligível (fora da caverna), o corpo da alma, o não ser do ser e os 5 sentidos da razão. Dualismos estes cosmológico, antropológico, ontológico e gnoseológico respetivamente. Também diferencial a ignorância do conhecimento e a sombra da realidade /verdade.
    Duarte Alves de Sousa
    Nº7 10ºk

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  3. A expressão sublinhada significa que os prisioneiros vivem agregados a ideias e conceitos pré-concebidos (correntes) sem os questionar, não aceitando o desafio do sentido crítico na vida, com receio da desestabilização do pensamento comum.

    Francisco Sucena
    10º B nº 29

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  4. Os prisioneiros pensam que o mundo são apenas eles e sombras. Sendo assim, as correntes (preconceitos) impostas nos mesmos fazem-nos pensar que eles são o único aspeto material neste mundo, originado com que a semelhança seja imposta pela igualdade nas forma do corpo, mas diferença na materialidade do corpo, pensando que as sombras eram objetos de verdade.

    Francisco Campos, nº12, 10ºC

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  5. Os seres humanos têm uma visão distorcida da realidade. No mito, os prisioneiros somos nós que vemos e acreditamos apenas em imagens criadas pela cultura, conceitos e informações que recebemos durante a vida. A caverna simboliza o mundo, pois apresenta imagens que não representam a realidade. Só é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos destas influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna e nos livramos de preconceitos e ideias pré-definidas.

    Dinis Oliveira, nº7, 10º B

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  6. Na alegoria da caverna, tal como em todas as alegorias, existe uma analogia entre duas realidades. No caso desta alegoria de Platão é comparado o modo de vida de prisioneiros ao da
    Humanidade em geral, dando a entender que tal como os prisioneiros estão presos a correntes, os restantes homens estão presos a preconceitos.
    Assim, a expressão demonstra a analogia entre as correntes fisicas e as corrente mentais, os preconceitos.

    José Penha nº14 10ºF

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  7. A expressão sublinhada mostra que os prisioneiros vivem no seu mundo agarrados as suas ideias e preconceitos sem os questionarem de outro ponto de vista. Tendem a agir de tal forma, pois vêem como uma verdade inquestionável e as suas correntes representam o preconceito e a sua ideologia.
    Gonçalo correia,nr.9,10f

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  8. Os prisioneiros acreditam que o que vêm, o que têm conhecimento (eles próprios e as sombras) são a verdade material do mundo.
    Eles pensam assim pois vivem rodeados de preconceitos, simbolizados pelas correntes, que não lhes permitem ter conhecimento do que é realmente a verdade
    A frase sublinhada mostra que nós, seres humanos, não teremos uma visão do que será a verdade, pois vivemos num mundo onde há preconceitos e censura.

    Miguel Azevedo 10°B n°24

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