Quais são as objeções ao libertismo?


As objeções ao libertismo podem ser ilustradas com uma situação real: uma pessoa com Alzheimer, por exemplo, não está na posse da sua capacidade mental logo, não é livre, pois não mede as consequências da sua ação porque não tem autonomia. Para além disso, as nossas ações derivam de processos que ocorrem no cérebro e não da nossa vontade. Não é possível separar o corpo (Sistema Nervoso Central) da razão (mente, consciência), logo não somos livres porque não temos vontade própria. Dito de outra forma, não podemos imaginar que a mente funcione, dentro de nós, à margem de leis causas enquanto estrutura biológica que a ciência tão bem explica. As causas das nossas ações, dos nossos estados mentais e comportamentos são acontecimentos que ocorrem, inevitavelmente, no cérebro. Nesta sequência, os comportamentos do homem têm, inevitavelmente, uma explicação causada por fundamentos biológicos.

                                                                                         Benedita Vilas Boas, nº6, 10ºC

Comentários

  1. Segundo o determinismo moderado, a minha ação é livre se for causada por desejos ou crenças (estados internos) que são meus. Segundo o libertismo, a minha ação é livre se for causada por mim enão por um dos meus estados internos. O que é este eu que através das suas deliberações é, segundo os libertistas, a causa de certas ações? Uma entidade física? Então escapa ao determinismo universal, ao encadeamento causal necessário que rege todas as coisas físicas. Uma entidade não física? Mas as ações são atos físicos, acontecem num dado momento e lugar. Como é que uma causa puramente mental pode produzir efeitos físicos? Se a mente é que causa as nossas ações, será que é possível que ela exista independentemente do cérebro que é obviamente uma atividade física?
    Este contra-argumento parece condenar os libertistas a terem de reconhecer os seguintes: que as ações de uma pessoa são só livres se não tiverem nenhuma causa, nem mesmo as suas próprias crenças e desejos. Ora, deste modo, o libertismo transforma-se numa espécie de indeterminismo, algo que os deterministas sempre rejeitaram.
    Duarte Alves de Sousa
    Nº7 10ºk

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  2. Parece quase irónico que o Libertismo, teoria oposta ao Determinismo Radical, criada para contrariar o Determinismo, pudesse ter tantos contra argumentos e objeções. Segundo o Libertismo, nós somos livres de realizar qualquer ação, mas toda a ação tem um consequência, a qual nós temos que aceitar. Por exemplo, os filósofos até dizem que nós estamos condenados à liberdade. Porém, existem diversas determinantes na ação, que a nossa força de vontade não consegue alcançar. Por exemplo, uma pessoa pode sonhar ir para Medicina, e está decidida a ser médica, no entanto, por ter uma média muito baixa essa mesma pessoa não consegui ser médica. Mas Medicina era a paixão desse individuo, o se maior desejo! Será que a pessoa foi livre de não ter conseguido entrar em Medicina, ou, de facto, houveram outros fatores que condicionaram a vida do aluno?
    Outro exemplo de que nós, seres humanos, não somos completamente livres é que o nosso corpo e alma, em conjunto, é o que nos dão a habilidade de raciocinar, sendo estes dois em conjunto a unidade do pensamento. Por exemplo, uma pessoa pode ser um excelente jogador de basquetebol, o melhor da NBA. Porém, se algum acidente o deixa incapacitado, este não será mais a melhor estrela da NBA! A sua carreira acabará, mesmo contra a sua vontade! Outro exemplo menos extremo é a habilidade de cantar. Nem todos conseguem cantar tão bem como o Freddie Mercury, ou a Whitney Houston, mesmo desejando muito, e igualmente se esforçando.
    Isso significa que existe uma genética por trás do ser humano que o impede de realizar certos feitos, que fisico-biologicamente são inalcansáveis.
    Por outro lado, o sentimento de liberdade tem por trás um controlo por parte do conhecimento. Por exemplo, podemos optar por comer uma maça em vez de um bolo, porque é mais saudável, mas esta justificação não é completamente livre! O conhecimento condiciona a nossa ação, tanto a nível de escolhas básicas, como a nível de escolhas que podem mudar por completo a nossa vida!
    Por fim, é impossível afirmar que a liberdade existe, quando no fundo grande parte das nossas ações são influenciadas por terceiros e pela nossa fisionomia e genética.

    Francisco Campos, 10ºC, nº12

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  3. Os contra argumentos = objecções = críticas do Libertismo são:
    1. A nossa mente não pode funcionar dentro de nós à margem de leis causais do cérebro enquanto estrutura biológica (sistema nervoso central);
    2. As causas imediatas dos nossos estudos estudos mentais são acontecimentos que ocorreram no cérebro.
    Maria Veloso Branco n19 10J

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  4. A principal crítica à teoria libertista é o facto de não podermos escolher por vontade própria sem termos em conta a nossa estrutura biológia. Não se pode separar o corpo da razão pois a segunda não funciona na ausência da primeira. Devido a este facto, não podemos dizer que temos liberdade total quando, na verdade, estamos condicionados aos fatores biológicos. Temos a prova disso se observarmos pessoas mentalmente debilitadas não são livres pois não têm controlo sobre as suas ações, devido ao bom funcionamento do corpo.

    Mariana Alves
    10ºC nº 22

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  5. O Libertismo afirma que as leis da Natureza aplicam-se exclusivamente ao domínio não-humano. Ora isto é facil de contrariar: qualquer corpo, vivo ou inanimado, encontra-se sujeito à força da gravidade(fenómeno físico), não conseguindo o Homem suplantar esta força. Qualquer ação humana encontra-se delimitada por leis causais que fazem parte do sistema nervoso central do agente. Assim as causas imediatas dos nossos estados metais e comportamentos são fenómenos químicos que ocorrem no cérebro, não partindo diretamente da vontade do sujeito.
    Maria Ribeiro 10ºC nº18

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  6. Em pirmeiro lugar, a mente do ser humano não é capaz de determinar o seu próprio futuro, porque o seu funcionamento depende de fatores externos ou das leis fisícas, químicas e biológicas. Para além disto, os libertistas não conseguem explicar exatamente o que é ser a causa das ações.
    Afonso Abreu 10ºF

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  7. A crítica fundamental ao libertismo consiste no facto de a nossa mente não poder funcionar alheia às leis da natureza. Por exemplo, eu gostava de poder voar mas a minha condição biológica acaba por não o permitir, logo não podemos excluir as leis que nos governam. Por fim, uma outra crítica corresponde ao facto de os nossos comportamentos serem acontecimentos que surgem no cérebro estando mais uma vezes relacionados com as leis do mundo físico.
    Constança Navio, n6, 10F

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