Que argumentos sustentam a tese do relativismo cultural?

Para o relativismo cultural ou multiculturalismo não existem critérios universais e independentes de bem e de mal, apenas opiniões que variam de cultura para cultura. Contra o etnocentrismo e em nome da riqueza e da diversidade cultural o relativismo defende a tolerância que as culturas devem ter entre si. O relativismo apoia fortemente a tese do subjetvismo, isto é os valores são subjetivos, estão na mente do sujeito e variam de cultura para cultura. Sendo assim, para os relativistas cada cultura tem os seus valores e devemos aceitá-los, sem interferir nesses mesmos costumes. Um argumento muito usado pelos relativistas é: “Se não gostas que critique a tua vida, então não critiques a minha”, sendo este argumento considerado pacífico pelos relativistas, visto que, se ninguém irritar ninguém com debates desnecessários, então a paz irá prevalecer. Tal como os subjetivistas, os relativistas apoiam o ditado popular: “Gostos não se discutem”, não podendo existir conflito de ideias. Com efeito para os relativistas culturas diferentes têm ódigos morais diferentes. Não existem padrões independentes de certo e de errado porque o certo e o errado são determinados por cada cultura específica em função das suas tradições. o nosso próprio código moral é equivalente aos demais. A tolerância dos relativistas baseia-se na divisão de culturas, colocando cada uma delas numa bolha social, separadas sem a possibilidade de diálogo e interação e sem, obviamente, apelar ao debate, uma vez que este pode gerar incómodo nas pessoas, tal como a luz do dia inomodava o ser que saiu da caverna de Platão.
Francisco Campos n12 , 10° C

Comentários

  1. O relativismo ou multiculturalismo baseia-se na aceitação de todas as culturas e, ao contrario do etnocentrismo, não coloca uma cultura acima de outra pois todas são igualmente válidas e têm a mesma importância . Um dos seus principais pilares é a coexistência de culturas ou seja, não há extermínio de nenhuma cultura mas sim a separação e a formação de guetos e espaços fechados. Para os relativistas não há valores absolutos e por isso não é possível determinar o que está errado ou certo, não podendo também julgar. Os relativistas são apoiantes da tese subjetivista porque os valores vão variando de pessoa para pessoa e de cultura para cultura. Não há diálogo entre culturas verificando-se a separação de culturas e a consequente estagnação. Esta mentalidade continua a promover o racismo e a xenofobia do espírito etnocentrismo.

    Mariana Alves 10ºC , nº22

    ResponderEliminar
  2. O Relativismo cultural, é uma posição sobre a diversidade cultural e moral. Este, admite que não há valores absolutos e que todos os valores são relativos a uma determinada sociedade. Cada sociedade tem os seus padrões valorativos. Deste modo, não poderemos julgar nenhuma prática cultural porque, de facto, todas as culturas são boas. Nenhuma cultura é superior a outra, são apenas diferentes. Nesta posição, os valores são uma rutura à indiferença, ou seja, por exemplo, mesmo que eu considere uma aberração a excisão das mulheres guineenses, eu não devo de modo algum confrontar esta prática, visto que para este povo, é sinal de pureza. A meu ver existem três grandes argumentos que servem de sustento para esta tese:
    1. Respeito pela diversidade cultural que é um factor de desenvolvimento das culturas.
    2. Tolerância: Não devemos interferir no universo de outras culturas e devemos respeitá-las porque uma prática é correcta dentro de um cultura, julgá-la ou tentar mudá-la é impor o padrão da nossa cultura e dos nossos valores sobre os outros.
    3. Igualdade biológica e psicológica das raças. Está provado cientificamente que as raças não diferem substancialmente umas das outras nem biológica nem psicologicamente, só divergem culturalmente, logo não há razões para crer que uma cultura é superior a outra.
    Gonçalo Coelho nº13 10ºC

    ResponderEliminar
  3. O relativismo cultural é uma teoria subjetivista que tem como tese o reconhecimento e a aceitação pública de todas as diferenças culturais entre povos. Nas suas características constam a diversidade cultural, o diferencialismo e o comunitarismo.
    Quanto às objeções, apontamos ao multiculturalismo a razão para o aparecimento de guetos e espaços fechados, a ausência de valores comuns e a abertura a todos os particularismos.
    Mesmo sendo considerada uma alternativa ao etnocentrismo, a ideia de tolerância não só impede a integração e cria guetos culturais, fechados ao diálogo, como também leva às mesmas consequências do monoculturalismo, o racismo, a homofobia e a xenofobia.

    Miguel Azevedo, n°24, 10°B

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O seu comentário será analisado e, posteriormente, publicado.
Obrigada