O que é uma ação moral para Kant?

Segundo Kant, as únicas ações moralmente corretas são as ações feitas
por dever ou seja, ações em que o cumprimento do dever é a única
intenção da ação.Para Kant, o que a lei moral ordena (cumprir o dever por respeito ao dever) é uma exigência que tem a forma de um imperativo categórico, onde o cumprimento de deveres é uma obrigação absoluta/incondicional.
Kant entende que se não houvesse obrigações absolutas não haveria
obrigações morais e com isto, o que para uns seria certo para outros
seria errado.
Concluindo, para Kant uma ação tem genuíno valor moral quando a sua
razão de ser é o cumprimento do dever isto é, está de acordo com a lei
moral que se enuncia da seguinte forma: “Age de tal maneira que a tua
norma se torne universal”, só assim estamos perante uma moral autónoma em que o valor é utilizado como um fim e nunca como um meio.

                                                                         Joana Santos, n°6, 10°G

Comentários

  1. O que é uma ação moralmente válida?
    Quando dizemos a verdade em vez de mentir; quando não cometemos qualquer fraude na declaração de impostos; quando socorremos os necessitados ou não nos apossamos de bens alheios estamos a agir bem, a fazer o que é devido. Mas será que agir bem, cumprir o dever - o que é sempre louvável - é suficiente para que uma ação seja moralmente válida?
    Kant diz que não.
    Então o que é, para Kant, uma ação moralmente válida? É uma ação em que cumprimos o dever - isso é importante - por dever - isto é o mais importante.

    O que quer dizer cumprir o dever por dever? Significa cumprir o dever tendo como único e exclusivo motivo o respeito pelo dever, isto é, o cumprimento do dever é um fim em si mesmo.

     

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  2. Se ajudarmos um amigo a estudar inglês somente com o propósito de recebermos um presente de gratificação, não estamos segundo o ponto de vista de Kant a agir moralmente. Para este autor, quem age assim age em conformidade com o dever porque a sua ação está esvaziada de conteúdo moral uma vez que o sujeito usa o valor solidariedade como meio para alcançar uma recompensa. Agir assim, de acordo com esta modalidade, é seguir o imperativo hipotético que se formaliza de acordo com a seguinte máxima: “Faz x se queres z”. O valor está fora do sujeito, é portanto extrínseco. Para Kant, as verdadeiras ações morais são as ações feitas por dever, de acordo com o imperativo categórico, uma ordem absoluta e incondicional: “ faz x sem mais”.Nestas ações usamos o valor X não como um meio mas como um fim, não importando a consequência. O valor é, por isso, intrínseco ao sujeito que age de forma autónoma por dever.
    Sofia Oliveira, n°26, 10°G

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  3. Não agimos moralmente (segundo Kant) quando fazemos uma ação simplesmente para receber algo em troca. Como por exemplo: Ensinar uma matéria a um amigo, apenas para que no fim este nos dê uma prenda ou nos agradeça.
    Para Kant está ação está esvaziada de conteúdo moral.
    Maria Manuel Veloso Branco
    n°19 10J

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  4. Para uma ação ser moral segundo Kant, deve ser uma ação que é realizada pelo dever, segue o imperativo categórico, "Faz x sem mais". Se ajudarmos um amigo com os estudos apenas porque sabemos que ele é rico e nos dará uma prenda, não é uma ação moral segundo Kant pois nós só o ajudámos para obter uma prenda, seguimos o imperativo categórico "Faz x se queres Y".
    António Matos nº2 10B

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  5. Segundo Kant, muitas ações, apesar de não serem imorais, também não são morais. São ações em conformidade com o dever, esvaziadas de conteúdo moral. Para Kant uma ação moral segue o imperativo categórico que diz "Faz x sem mais". Por exemplo, se cumprirmos as regras da sala de aula e respeitarmos o professor apenas porque temos receio de ter problemas com os nossos pais se estes descobrirem sobre o nosso comportamento, não estamos a agir moralmente, pois estamos a agir em conformidade com o dever- " Faz x para obter z"- estamos a instrumentalizar as pessoas e o valor parte de fora para dentro do sujeito e não vice-versa ( valor meio).
    Para Kant para se agir moralmente é necessário adotar uma moral autónoma, onde o valor parta de dentro do sujeito ( valor intrínseco) -"Faz x sem mais".

    Mariana Alves 10ºC, nº22

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  6. Para Kant não importa a felicidade de alguém na ação mas sim se está a cumprir o dever ou não.
    Isto é por exemplo se nós soubermos quem foi o ladrão de uma loja que roubou para ajudar a família, o mais importante é
    cumprir com o dever logo devemos acusar o ladrão.
    Rodrigo Mota 10°J n°25

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  7. Segundo Kant, as nossas ações só são consideradas morais se as fizermos sem estar à espera de receber algo troca. O exemplo, só te vou convidar para a minha festa porque sei que me vais dar um presente bom, é algo que vai contra o que Kant acredita pois este segue o princípio da moralidade.
    Matilde Barbosa nº25 10ºC

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  8. Para Kant existem dois tipos de ações: ações feitas por dever e ações feitas em conformidade com o dever.
    As ações feitas em conformidade com o dever têm uma finalidade extrínseca, ou seja, o sujeito realiza uma boa ação mas a finalidade do seu ato será uma eventual recompensa, as consequências serão benéficas. Por exemplo os arrumadores, ajudam os condutores a estacionar em troca de uma recompensa monetária. Neste caso ambos acabam por sair beneficiados sendo o estacionamento facilitado ao condutor que recompensa monetáriamente o arrumado. Nestes casos podemos estabelecer uma relação com a ciência, esta relação será de cooperação. Estas ações são, tal como indica o nome, a favor do dever, mas imorais.
    As ações feitas por dever têm valor intríseco a si próprias, ou seja, ao executar tal ação o sujeito deve apenas pensar em cumprir o dever por cumprir, realizar uma ação por sua exclusiva vontade, sem pensar numa eventual recompensa. Por exemplo ajudar um idoso a atravessar a rua sem qualquer tipo de recompensa em mente. Estas ações tanto são em conformidade com o dever como são ações morais, em conformidade com a ética deontológica de Kant.
    Gonçalo Vieira, nr14, 10B

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  9. Segundo Kant uma ação é moral quando segue o imperativo categórico, ou seja, realizar uma boa ação porque devemos e não porque se a realizarmos recebemos algo em troca "Faz x sem mais". Estas ações têm valor intrinseco porque estamos a realiza-la sem ter uma recompensa em mente.

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  10. Para entender a abordagem que Kant desenvolveu na sua teoria moral, é útil começar por entender uma ideia de senso comum que ele rejeita. Trata-se da ideia de que a razão tem apenas um papel “instrumental” como guia da acção. A razão não diz quais devem ser os objectivos; em vez disso, diz o que deves fazer, dados os objectivos. Dizer que a razão é puramente instrumental é dizer que ela é simplesmente um instrumento que te ajuda a atingir objectivos que foram determinados por outra coisa diferente da razão.
    Esta ideia comum pode ser elaborada vendo as acções como o resultado de crenças e desejos. A razão pode dizer em que acreditar. Mas a razão não pode dizer o que querer.
    Vasco Silva 10F nr25

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  11. Para perceber a abordagem que Kant desenvolveu na sua teoria moral, a utilidade é começar por uma ideia de senso comum na qual ele rejeita. Neste trata-se ideia de que a razão tem apenas um papel “instrumental” como guia da ação. A razão não diz quais devem ser os nossos objectivos, mas em vez disso, diz nos o que se deve fazer dados os objectivos que já existem. Dizer que a razão é puramente instrumental é dizer que ela é simplesmente um instrumento que nos ajuda a atingir objectivos que foram determinados por outra coisa de uma razão distinta.
    Maria Ana São Payo Nº 13 10ºG

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  12. Para entender a abordagem desenvolvida por Kant na sua teoria moral, é necessário começar por uma ideia de senso comum que ele rejeita. Trata-se da ideia de que a razão tem apenas um papel “instrumental” como guia da acção. A razão não te diz quais devem ser os teus objectivos; em vez disso, diz-te o que deves fazer dados os objectivos que já tens. Dizer que a razão é puramente instrumental é dizer que ela é simplesmente um instrumento que te ajuda a atingir objectivos que foram determinados por outra coisa diferente da razão. Dito isto segunda Kant a razão deve ser o guia predominante na moralidade das nossas ações.
    Miguel Martins 10°C

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  13. Segundo Kant, uma ação moral é uma ação feita por dever, ação em que a única intenção é cumprir o dever pelo puro respeito ao dever.
    Este tipo de ações é regido pelo imperativo categórico, o qual defende que "devemos fazer x, sem mais". Este imperativo utiliza o valor como um fim e não como um meio, é uma moral autónoma (tem valor intrínseco, valor dentro do sujeito), é necessário (absoluto, não se põe em causa), é uma moral à priori (não precisa da experimentação para ser verdadeiro), é formal (absoluto, rígido, verdadeiro, válido para todos), é apodítico (não se põe em causa), é universal (para todos) e é incondicional (não olha às circunstâncias).

    Mª Isabel Marques de Aguiar Nº21 10ºK

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  14. De acordo com a perspetiva de Kant, as ações moralmente corretas são as ações feitas por dever, que seguem o imperativo categórico ( "faz x sem mais"). Este imperativo corresponde a um valor intríseco e a uma moral autónoma. Obedece à lei " Age de tal forma que a tua norma se torne universal", que é formal, a priori, universal e necessária. As ações feitas por dever são realizadas sem segundas intenções, correspondendo, por isso, a um valor fim e não a um valor meio.

    Benedita Vilas Boas, nº6, 10ºC

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  15. “Age apenas por dever e não segundo quaisquer interesses, motivos ou fins”.
    Uma ação moralmente válida, é uma ação que cumpre sempre o dever e/ou evita infringi-lo. Por exemplo: quando dizemos a verdade em vez de mentir, quando socorremos os necessitados ou quando não nos apoderamos de bens alheios estamos a agir bem, a fazer o que é devido e moral. A moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. A sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de uma entidade superior. Uma ação moral para Kant, é uma moral em que o sujeito preserva os princípios que articulam a intenção e dever conforme a autonomia do mesmo. Ou seja, é uma ação que segue o imperativo categórico. É o dever de toda o sujeito agir conforme princípios aos quais considera que seriam benéficos, caso fossem seguidos por todos os seres humanos (a nível mundial).
    O imperativo categórico pode ser enunciado por estas formas:
    Lei Universal: "Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal."
    Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio."
    Filipa Campos Neves nº10 10B

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  16. Uma ação moral para Kante é uma ação feita por dever como fim e que segue o imperativo categórico, isto é, «Faz X sem mais». Para Kante para uma ação ser moral tem de ser autónoma, o valor tem de ser intrinseco ao homem, isto é, encontrar-se dentro do sujeito. Para além disso, é necessário agir tendo apenas como objetivo cumprir as leis morais e agir de modo a que a nossa ação se possa tornar univeral (lei universal) respeitando cada ser humano sempre como fim e nunca como meio para atingir um fim (lei da humanidade).

    Rita Cardoso n22 10f

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  17. Quando agimos temos em mente um fim e meios para o atingir. A razão determina apenas os meios, mas não o fim. Kant concordava que isto é correto quando agimos por inclinação. Mas quando a moralidade guia as nossas ações, a razão determina não só os meios mas também o fim. Kant pensava que a moralidade deriva a sua autoridade apenas da razão. Só a razão determina se uma ação é boa ou má, independentemente dos desejos que as pessoas possam ter. Segundo Kant, quando agimos moralmente as nossas ações são guiadas pela razão.
    Beatriz Begonha nº3 10ºB

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  18. A moral deontológica de Kant suporta que a nossa moral está dividida em três tipos de ações: ação contra o dever, em conformidade com o dever e a ação feita por dever. A ação contra o dever é uma ação contra a razão, isto é, contra o nosso dever como indivíduos sociais.
    A ação por dever é uma ação moral que obedece ao imperativo categórico.
    Miguel Martins N°26 10°C

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