Será que tudo o que fazemos é uma ação moral? O que nos diz Kant e Mill?

Nem tudo o que fazemos pode ser considerado de ação moral. Para o ser temos de agir autonomamente isto é, com uma finalidade e não para alcançarmos prestigio ou para proveito próprio.
A este propósito Kant defende que uma ação moral depende da intenção, temos de possuir uma finalidade e temos de respeitar o imperativo categórico, uma ordem absoluta ou seja incondicional que designa que temos de actuar no polo positivo e dizer sempre a verdade, nunca mentir. Apoia -se no provérbio "não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti".
Já Stuart Mill defende que uma ação moral depende de três pressupostos: das consequências ou seja, do resultado que tem que ter em atenção a felicidade do maior número de pessoas; tem que ter uma preocupação hedonista que defende a " ética do prazer e do bem estar" em oposição ao sofrimento; finalmente, o último pilar, a imparcialidade, ou seja, Mill não faz distinção entre pessoas, todas são igualmente importantes. Isto significa que devemos contabilizar o bem estar de cada indivíduo como sendo igualmente importante.
Daniela Rocha, 10 B

Comentários

  1. Segundo Kant uma ação é moral apenas quando é feita por dever, ou seja, a ação tem de ter conteúdo moral baseado no imperativo categórico. O imperativo categórico é uma obrigação permanente que não existe apenas em certos casos e para todos os indivíduos, é universal sejam quais forem os desejos e objetivos destes. Temos de ouvir a voz da lei moral para ficar a saber como cumprir de forma moralmente correta o dever. Para Kant o valor moral está na intenção da ação.
    Já para Stuart Mill o valor moral está na consequência da ação, sendo esta moralmente correta se for feita para o bem comum e para atingir a felicidade e bem-estar do maior número de pessoas. Mill afirma que os prazeres do espírito ou os prazeres intelectuais são superiores e qualitativamente distintos. O princípio de "maior felicidade", apesar de exigir imparcialidade na avaliação das melhores consequências, não implica cegueira moral ou a defesa de atos moralmente repugnantes.
    Maria do Carmo n20 10F

    ResponderEliminar
  2. Kant defende que uma ação tem que ter conteúdo moral baseado no imperativo categórico. (imperativo categórico: obrigação permanente que é universal para todos os indivíduos, independentemente dos seus objectivos. A lei moral dita o que devemos cumprir de forma correta.
    Stuart Mill defende que uma ação é moral (correta) se atingir a felicidade de um maior número de pessoas.
    Maria Manuel Veloso Branco n°19 10°J

    ResponderEliminar
  3. Segundo Kant, agir como é devido com o fim de ser louvado não é suficiente para que uma ação seja considerada moralmente válida. Em vez disso, uma ação moral segundo a perspetiva de Kant, acontece quando o dever é cumprido por dever, isto é, quando o sujeito cumpre o dever tendo como único e exclusivo motivo o respeito pelo mesmo. Assim pode-se dizer que a perspetiva de Kant baseia-se no imperativo categórico: "faz x sem z" e que a moral é autónoma e intrínseca ao sujeito.
    Stuart Mill apresenta uma perspetiva diferente da de Kant. Este considera que agir contra o dever é moralmente correto se a consequência de tal ação contribuir para a felicidade e bem estar de um maior número de pessoas e se além disso, o sujeito se mostrar imparcial, ou seja, se partilhar o produto daquela ação por toda a gente sem excluir um grupo ou alguém especifico.
    -Bárbara Veríssimo, n4, 10C

    ResponderEliminar
  4. Uma ação moral é aquela que é justificada por um valor moral. A norma moral é uma regra de comportamento que nos diz o que devemos, ou não, fazer para que a nossa ação seja moralmente válida.
    Kant defendia a tese de que há deveres absolutos que nunca podem ser violados e que só agindo com a intenção de cumprir em absoluto o dever é que agimos bem. Ou seja, para Kant, o valor moral da ação depende apenas da intenção com que é praticada. Kant distingue dois tipos de ações: as ações feitas por dever e as ações feitas em conformidade com o dever. Nas primeiras, o dever é um fim em si mesmo. Nas segundas, a intenção pode ser outra, ainda que o sujeito pratique a ação de acordo com o dever. Para Kant, a ação por dever é que é moralmente válida e não bastando que a consequência da ação seja a mesma. Assim, para Kant, o cumprimento do dever deve ser uma ordem incondicional, não deve depender de circunstâncias ou de interesses. Às obrigações morais que valem por si e que são absolutas, Kant dá-lhes o nome de imperativos categóricos. Para Kant a moral tem a forma de um imperativo categórico.
    Já Mill, defende a teoria designada utilitarismo, que entende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências e não da intenção do agente. O critério da moralidade é o princípio da maior felicidade global, da maior parte das pessoas afetadas pela ação, e imparcialmente avaliada. E esta felicidade é vista como o prazer ou o bem-estar (hedonismo).

    Maria Mendonça 10ºC Nº20

    ResponderEliminar
  5. Kant e Mill defendem duas teorias opostas de ética e moral (a deontológica e a teleológica, respetivamente), mas pelo menos concordam que nem todas as ações podem ser consideradas morais. Porém, Emmanuel Kant e Stuart Mill destinguem de formas opostas de como é que uma ação pode ser considerada moral.
    Segundo Kant, uma ação moral é uma ação feita por dever. A Teoria de Kant é uma teoria de intenções e vontades, sendo que qualquer ação deve obedecer ao imperativo categórico. O imperativo categórico é formulado através da forma: "Faz X sem mais", sendo esta a forma de demonstrarmos a nossa boa vontade e intenção boa de uma ação. A fórmula do imperativo categórico é formal, isto é, é esvaziada de conteúdo, tendo que ser nós a completar a fórmula com o nosso código de conduta, embora que o nosso código de conduta seja através de uma perceção objetiva dos valores, e não subjetiva. Sendo assim, para Kant, existem valores máximos, os quais devem ser utilizados como finalidadde em cada uma das nossas ações (valor fim). Para corretamente copletarmos a fórmula do imperativo categórico, devemos obedecer à lei morsl de Kant, ao qual é: Age de tal forma a que atua norma se torne universal", respeitando sempre o nosso colega e a humanidade.
    Em contraste, Stuart Mill enuncia que uma ação é moral se, e somente se, proporcionar de forma imparcial para o maior número de pessoas a felicidade ("Faz a tua ação de forma que esta contribua para a felicidade do maior número de pessoas"). A ética miliana apoia-se em 3 pilares: a imparcialidade, consequência e o Hedonismo. A imparcialidade miliana vem do facto qque, para nós realizarmos uma ação moral, todos num determinado grupo têm que sair beneficiados, independentemente das suas particularidades. A consequência vem de forma a contribuir para o maior número de felicidade. Sendo assim, o uso do desvalor é possível, se, e apenas se, trouxer a felicidade. Por exemplo, segundo Mill, mentir, em certas ocasiões, pode originar uma ação moral. Por fim, o Hedonismo de Mill provem da teoria do Hedonismo de Epicuro. Epicuro afirmava que todas as nossas ações deviam ser com base no prazer, existindo um fórmula e sequência de ações que nos podiam proporcionar o prazer máximo: evitar atividades que ponham em causa o nosso prazer presente e futuro + realizar ações que estimulassem o prazer. Porém, Stuart hierarquiza os prazeres. Segundo Mill, os prazeres intelectuais deveriam ser superiores aos prazeres empíricos ou sensitivos.

    Francisco Campos, nº12, 10ºC

    ResponderEliminar
  6. Segundo Kant, uma ação só tem valor moral se for realizada com um único propósito: respeitar e cumprir o dever. Para isso Kant formulou o imperativo categórico que representa as obrigações absolutas e incondicionais. É uma ordem formal, dotada de forma mas sem conteúdo ("Faz X sem mais", esta formulação opõem-se ao imperativo hipotético, "Faz X para obter Z", que é uma ordem condicional), onde se pode considerar a sua universalidade e o seu carácter necessário (indiscutível). É também uma lei à priori uma vez que é racional e não necessita de experimentação. Assim, segundo a ética moral de Kant só podem ser consideradas ações morais aquelas que são feitas por dever, ou seja tem um valor intrínseco, e é efetuada por ser boa em si e não por causa dos seus efeitos ou consequências (a boa vontade é o bem supremo).
    Para Stuart-Mill uma ação é moralmente correta quando traz a maior felicidade possível ao maior número de pessoas. Despreza por isso a intenção ou o carácter do agente, tendo a moralidade da ação a ver, simplesmente, com as consequências (sendo por isso denominada uma ética consequencialista),mostrando assim que não há ações intrinsecamente boas (ao contrário do que defende Kant) . Para além desta característica, a ética de Mill apoia-se no Hedonismo onde o bem estar e o prazer asseguram a felicidade (prazer racional superior a prazer sensível). Também se pode dizer que a ética utilitarista de Stuart-Mill tem por base a imparcialidade das ações. Uma ação só é moralmente correta se beneficiar igualmente todas as pessoas nela envolvidas.
    Assim Stuart-Mill e Kant, embora apresentem perspetivas que abordam a moral da ação, defendem diferentes valores no que toca à moralidade da ação.
    Maria RIbeiro nº18 10ºC

    ResponderEliminar
  7. Immanuel Kant considera que a correção moral depende unicamente da intenção do sujeito cumprir o dever e não das suas eventuais consequências, isto porque a teoria deontológica de Kant segue o imperativo categórico, uma ordem absoluta e incondicional que segue a máxima "faz x sem mais". O princípio supremo da moralidade kantiana é a boa vontade, ou seja, a boa vontade cumpre o dever por respeito ao próprio dever e não por vontades e desejos externos. Uma ação só será feita por dever quando seguir o imperativo categórico e a máxima "age de tal forma que a tua norma de torne universal".
    Já John Stuart Mill, o valor moral da ação não é avaliado pela intenção do sujeito, nem pelo conteúdo da ação moral, mas sim pelas consequências desta: uma ação só será boa se as consequências forem as melhores possíveis, ou seja, se trouxer a felicidade para o maior número de pessoas (Stuart Mill era um hedonista). A ação também terá que ser imparcial, ou seja, devemos ter em conta o bem-estar de todos os indivíduos da mesma forma. Segundo Mill o importante são as consequências da ação e por isso poder fazer tudo desde que para atingir a felicidade geral e imparcial.

    Pedro Morujão 10C n 27

    ResponderEliminar
  8. Kant e Mill têm ambos teorias opostas. Kant apoia a teoria deontológica e Mill a teleológica.
    Para Kant uma ação é moral apenas quando é feita por dever, ou seja, a ação tem de ter conteúdo moral baseado no imperativo categórico. O imperativo categórico é uma obrigação universal sejam quais forem os desejos de quem realiza a ação. Para Kant o valor moral está na intenção da ação.
    Já para Stuart Mill o valor moral está na consequência da ação, sendo esta moralmente correta se for feita para o bem comum e para atingir a felicidade e bem-estar do maior número de pessoas. Mill afirma que os prazeres do espírito são superiores e distintos. O princípio de "maior felicidade", apesar de exigir imparcialidade na avaliação das melhores consequências, não implica a tolerância de atos moralmente incorretos .
    Benedita Nunes nº4 10B

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O seu comentário será analisado e, posteriormente, publicado.
Obrigada