Qual é a tese de Rawls?

John  Rawls foi um professor da Universidade de Harvard, que estudou um ramo da filosofia política: a justiça social e a questão impõe-se, como é possível uma sociedade justa? Rawls , na obra Uma Teoria da Justiça, defende uma teoria onde o Estado é protecionista, isto é, o Estado deve assegurar o bem-estar do maior número de indivíduos possível, tentando diminuir o fosso entre ricos e pobres. Segundo Rawls, nós não temos culpa do meio em que nascemos, nem da nossa genética ou da cultura em que estamos inseridos. Isto é considerado pelo autor uma lotaria, nada mais que somente sorte ou azar à nascença. Assim, temos que nos colocar numa posição original ou seja uma posição inicial, para escolher os princípios de uma sociedade justa. A posição original é uma experiência mental que todos os indivíduos devem fazer, tanto quem queira realizar e conduzir um Estado, mas também quem necessite de visualizar um conceito de Justiça mais lógico, imparcial, racional e voluntário. Para que a escolha de um Estado justo tenha como base a imparcialidade Rawls indica-nos que durante a nossa escolha devemos encontrar-nos cobertos pelo “véu da ignorância”. O “véu da ignorância” permite-nos realizar uma ideia de Estado justo por forma a existir equidade entre todos os cidadãos, uma vez que utilizando o “véu” nós não conhecemos em que grupo social estamos inseridos, qual a nossa nacionalidade, estado económico, religião, raça, etnia, personalidade, inteligência (QI), entre outros. Assim, nós devemos optar de uma forma lógica, sem recorrer à “sorte” ou probabilidade e escolher um estado onde todos têm direitos iguais, liberdade igual e as mesmas oportunidades. Por exemplo, não é justo, segundo Rawls, que um indivíduo tenha melhores condições sociais e económicas, somente pelo facto de ter tido a sorte de nascer nesse meio. Não é justo João, um excelente aluno, com fraco poder económico, não conseguir entrar numa Universidade para ingressar no curso desejado, ou alguém ganhar o euromilhões, e ser rico somente porque teve sorte num determinado momento da sua vida!

Francisco Campos, nº12, 10ºC

Comentários

  1. John Rawls defende o Principio da Liberdade Igual e o Principio da Igualdade. O Principio da Liberdade Igual defende que todos os cidadãos devem ter igual liberdade, ou seja o Estado deve garantir a todos as liberdades básicas, como por exemplo a liberdade de expressão ou o direito a voto. O Principio da Igualdade pode ser dividido em outros dois princípios: O Principio da Oportunidade Justa- que defende que o Estado deve promover as mesmas oportunidades para todos os indivíduos, ou seja, que cada um tenha as mesmas oportunidades de acesso às várias funções e posições sociais; e o Principio da Diferença- que defende a redistribuição dos rendimentos de forma a beneficiar os mais desfavorecidos e diminuir o fosso existente entre os ricos e os pobres.
    é importante também referir que estes princípios não têm todos a mesma importância e que devem ser hierarquizados: o principio da liberdade tem prioridade relativamente ao principio da igualdade, e por sua vez o principio da oportunidade justa tem prioridade sobre o principio da diferença.

    José Cunha
    Nº15 10ºF

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  2. o principal dilema de John Rawls é: como garantir uma sociedade justa?
    Para Rawls o Estado deve assegurar o bem-estar do maior número de indivíduos possível, tentando diminuir o fosso entre ricos e pobres. Para Rawls nós nao temos culpa de onde nascemos, em que sociedade vivemos, se somos ricos ou pobres, etc..
    Sendo assim temos que nos colocar na posição original para podermos escolher os princípios de uma sociedade justa. Rawls diz também que para garantir mos a imparcialidade, universalidade e igualdade temos de estar cobertos sob o "véu da ignorância".Ao estarmos cobertos pelo tal “véu” nós não conhecemos em que grupo social estamos inseridos, qual a nossa nacionalidade, etc.., deste modo devemos optar sobre uma decisão lógica e racional de modo a não sairmos prejudicados, uma vez que podemos ter o azar ou a sorte de nos inserirmos numa determinada sociedade.
    Para Rawls não é justo que alguém tenha piores condições de vida, só por ter nascido naquele meio.
    Gonçalo Correia 10f nr.9

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  3. John Rawls através da experiência mental da “Posição Original” e o “véu da ignorância” cuja função passa pela visualização de uma sociedade justa e equitativa onde não só todos os valores protegidos pela tese contratualista (proteção da vida, segurança e o direito á propriedade privada) mas também novos princípios que garantam esta sociedade idealizada (utopia). Sendo esses princípios o princípio da liberdade, sendo este um princípio absoluto, sendo a primeira da hierarquia “Rawliana”, a seguir segue-se o princípio da igualdade que se encontra subdividido em dois outros princípios, o princípio da igualdade de oportunidades e o princípio da diferença, o princípio da igualdade de oportunidades defende que todas as pessoas independentemente da sua etnia, classe social, características pessoais, entre outras, deve conseguir adquirir as mesmas oportunidades de obter os mesmos postos de trabalhos, educação,etc. No final desta hierarquia encontra-se a outra subdivisão do princípio da igualdade, o Principio da diferença, este princípio admite as diferenças e desigualdades na sociedade tentando encontrar e diminuir/atenuar essas diferenças através de várias medidas (impostos, subsídios,etc), sendo a estratégia mais conhecida a Estratégia “Maximin” esta estratégia passa pela tentativa de uma redistribuição da riqueza de forma a criar uma sociedade mais justa, através de taxas e impostos aos mais “ricos” de forma a beneficiar os mais necessitados, diminuindo o “fosso” entre ambos.

    Miguel Martins 10°C N°26

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  4. John Rawls, com base nas teorias contratualistas de Hobbes e Locke e na ética Kantiana (cada ser humano deve ser um fim em si mesmo), tenta dar resposta aos problemas da justiça social e à desigualdade de riqueza. Para Rawls, no momento do estabelecimento do contrato social, cria-se um Estado Social, o qual deve promover a igualdade e a liberdade de todos os indivíduos. É um Estado protecionista que ampara os indivíduos nas alturas mais difíceis. Para Rawls, os indivíduos que não foram beneficiados pela lotaria natural não devem sofrer consequências pelo que, os que foram, de facto, beneficiados pelas suas situações naturais e sociais devem ajudar os mais desfavorecidos. Para isso cria-se um sistema de impostos, onde estes são proporcionais ao rendimento de cada individuo.
    Assim, pode-se afirmar que a teoria de John Rawls tem por base o liberalismo social.

    Maria Ribeiro, nº18, 10ºC

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  5. John Rawls, influenciado pelas teorias contratualistas do Estado e em oposição às teorias utilitaristas e à instrumentalização da pessoa humana, defendeu uma teoria de justiça social que se baseia na conceção de que as liberdades, oportunidades, riquezas, devem ser distribuídas de modo igual (só aceitando uma distribuição desigual de algum destes bens se essa não prejudicar os menos favorecidos).
    A sua teoria parte de princípios (que constituem os critérios para a atribuição de direitos e deveres e para a distribuição adequada dos encargos e benefícios sociais) hierarquizáveis: no topo da hierarquia está o princípio da liberdade igual, segundo o qual a sociedade deve salvaguardar o máximo de liberdade para cada indivíduo, mas que seja compatível com uma liberdade igual para todos, isto é, sem que nenhum indivíduo possa ser mais livre do que outro (assegurando as liberdades básicas de religião, política, de pensamento, de expressão, entre outros); a seguir, o princípio da igualdade, que se desdobra em dois princípios: o princípio da oportunidade justa (ou igualdade de oportunidades), pelo qual o Estado deve garantir a todos igualdade de condições para acesso ao ensino, aquisição de conhecimentos e competências para igual oportunidade de aceder a profissões ou posições sociais e, por fim, o princípio da diferença, sobre o qual a igualdade de oportunidades prevalece, segundo o qual a sociedade deve promover a distribuição igual da riqueza, mas sendo aceitável a existência de desigualdades se estas forem para o maior benefício dos menos favorecidos.
    Rawls entende ainda que o fundamento para que as pessoas, que têm diferentes circunstâncias concretas e diferentes conceções de bem, alcancem um acordo sobre tais princípios de justiça seria encontrarem-se numa “posição original”, sob um “véu de ignorância”.
    A posição original corresponde a uma situação imaginária na qual os indivíduos racionais escolheriam os princípios de justiça universais e as regras de funcionamento de uma sociedade justa, sob um “véu de ignorância”, ou seja, desconhecendo a sua condição social ou económica e as suas circunstâncias e caraterísticas particulares, no momento do estabelecimento do contrato social. Assim, desconhecendo as diferenças entre si, os indivíduos estariam num plano de igualdade e a escolha de cada um tenderia a ser a escolha coletiva, porque todos ficariam garantidos por princípios que seriam válidos para todos.

    Maria Mendonça Nº20 10ºC

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  6. Rawls defende uma experiência mental que se designa de "Posição original" em que nesta posição nos encontramos sob um véu da ignorância que garante o desconhecimento do estatuto social e das nossas caracteristicas, garantindo assim a escolha imparcial e racional dos principios de justiça. É importante que esta escolha seja imparcial para garantir que a escolha dos mesmos garanta uma igualdade entre os grupos sociais e não apenas o favorecimento de um grupo social. Assim esta escolha também possui universalidade, pois todas as pessoas aceitam escolher estes principios de forma igualitária já que não sabem o estatuto social a que vão pertencer. Concluindo, todos estes principios escolhidos são hierarquizáveis.

    Daniela Rocha nº6 10ºB

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  7. A tese de Rawls defende o Estado social como tentativa de resposta às desigualdades sociais e injustiça social. Este defende que, através da estratégia maxmin, se tente moderar as diferenças económicas e maximizando o mínimo. O Estado social é um estado protecionista, pois visto que Rawls não acredita que os indivíduos devam ser recompensados por características que derivam de uma lotaria natural como a resiliência, mas sim ser dado as mesmas oportunidades para sucederem, independentemente de qualquer fator que escapa a responsabilidade do ser humano.Baseia-se assim em conceitos de liberdade, igualdade de oportunidades assim como equidade. Rawls defende então um Estado capaz de ajudar todos os indivíduos a atingir os seus objetivos e ambições.

    Mariana Alves 10ºC nº22

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  8. Rawls considera toda a pessoa humana como um ser simultaneamente livre, igual e fim em si mesmo, recusando a sua instrumentalização.
    O Contrato é estabelecido em condições ideais de igualdade (pois cada um, não sabendo se será favorecido ou desfavorecido e por estar preocupado em promover os seus interesses).
    Rodrigo Silva nº27 10ºB

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  9. John Rawls inspira-se em Locke na sua Teoria Contratualista, apesar de ter algumas modificações. Vai também de encontro com Kant, ao dizer que “o Homem é um fim em si é não um meio”. Rawls pretende a criação de uma sociedade justa e para isso, cria uma situação hipotética, a posição original, envolta num véu da ignorância, que não permite aos indivíduos conhecerem a sua situação futura, garantindo assim a máxima imparcialidade no que diz respeito à escolha dos princípios e regras para eleger essa sociedade justa. Na posição original é imposta a estratégia maximin (maximizar os mínimos) precisamente para que as desigualdades, que existem inevitavelmente, beneficiem aqueles com mais dificuldades.
    -Bárbara Veríssimo, n4 10c

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