A dúvida cartesiana: é hiperbólica, pois Descartes afirma que devemos duvidar de tudo aquilo que possa suscitar a mínima suspeita de incerteza. Assim, a dúvida é “exagerada” porque devemos “rejeitar como falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida”); é também metódica, pois é o único meio para atingir o conhecimento absoluto; e é radical, pois incide sobre as raízes/fundamentos do conhecimento para o sujeito chegar à verdade absoluta.
Isabel Aguiar, 11k
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Segundo René Descartes, que inicialmente adota uma posição cética, é necessário sujeitar à dúvida todas as crenças em que se note a mínima suspeita de incerteza, colocando tudo em causa, no processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis.
ResponderEliminarAssim, a dúvida cartesiana é vista pelo filósofo como um exercício voluntário e como uma suspensão do juízo, ou seja, um estado de neutralidade em que nada se nega nem se afirma.
Esta dúvida é, portanto, metódica e provisória, visto que é um meio para atingir a certeza e a verdade e não um fim em si mesma.
Adicionalmente, é hiperbólica, pois rejeita como se fosse falso tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
Finalmente, é universal e radical, incidindo não só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes.
Francisca Cardoso n15 11J