Ao longo deste primeiro período estudámos dois filósofos, Réne Descartes e David Hume, com opiniões muito distintas que se debruçam sobre os mesmos temas e as mesmas questões filosóficas. Descartes, que viveu muit0 antes a Hume, baseava-se no racionalismo e na clareza. Considerava a razão a principal fonte do conhecimento. Este filósofo é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano segundo o qual, o homem não pode alcançar a verdade pura através dos seus sentidos. De forma a encontrar uma certeza inquestionável Descartes duvidou de tudo. Por outro lado, David Hume atribuiu um grande valor ao conhecimento a posteriori, é na experiência que o fundamento deve ser procurado É na experiência que o conhecimento tem o seu fundamento e os seus limites. O racionalismo de Descartes opõem-se ao empirismo de Hume, que afirma que as ideas conduzem a preposições evidentes e necessárias que derivam da experiência. Se para Descartes as ideas inatas fornecem o conhecimento, para Hume estas não existem visto que todas as ideas, quer sejam simples ou complexas, derivam das impressões. Tanto o empirismo como o racionalismo enquadram-se no fundacionalismo, perspetiva segundo a qual o conhecimento se ergue e desenvolve a partir de fundamentos certos e seguros, indubitáveis.
Excelente comentário Matilde Dincã, tenho a dizer que concordo com todas as palavras aí proferidas!
Isso levanta um profundo problema para a ciência. As leis científicas típicas são proposições irrestritamente gerais, que também afirmam conexões causais, tais como: “se se aquecer uma massa de água na pressão atmosférica no nível do mar, ela ebulirá quando a temperatura atingir 100C°”. Nem a generalidade irrestrita da proposição nem a conexão causal que ela afirma podem ser verificadas pela observação ou pela experiência. Como então pode, se é que pode, ser verificado cada um dos elementos da proposição? Certamente continuaremos a esperar que a água ferva a 100C°, mas não temos nada que possamos seriamente chamar de prova de que ferverá; portanto não podemos, estritamente falando, dizer que sabemos que ferverá. O conhecimento, é por isso contingente
Ao longo deste primeiro período estudámos dois filósofos, Réne Descartes e David Hume, com opiniões muito distintas que se debruçam sobre os mesmos temas e as mesmas questões filosóficas.
ResponderEliminarDescartes, que viveu muit0 antes a Hume, baseava-se no racionalismo e na clareza. Considerava a razão a principal fonte do conhecimento. Este filósofo é responsável pelo desenvolvimento do racionalismo cartesiano segundo o qual, o homem não pode alcançar a verdade pura através dos seus sentidos. De forma a encontrar uma certeza inquestionável Descartes duvidou de tudo.
Por outro lado, David Hume atribuiu um grande valor ao conhecimento a posteriori, é na experiência que o fundamento deve ser procurado É na experiência que o conhecimento tem o seu fundamento e os seus limites. O racionalismo de Descartes opõem-se ao empirismo de Hume, que afirma que as ideas conduzem a preposições evidentes e necessárias que derivam da experiência.
Se para Descartes as ideas inatas fornecem o conhecimento, para Hume estas não existem visto que todas as ideas, quer sejam simples ou complexas, derivam das impressões.
Tanto o empirismo como o racionalismo enquadram-se no fundacionalismo, perspetiva segundo a qual o conhecimento se ergue e desenvolve a partir de fundamentos certos e seguros, indubitáveis.
Excelente comentário Matilde Dincã, tenho a dizer que concordo com todas as palavras aí proferidas!
EliminarIsso levanta um profundo problema para a ciência. As leis científicas típicas são proposições irrestritamente gerais, que também afirmam conexões causais, tais como: “se se aquecer uma massa de água na pressão atmosférica no nível do mar, ela ebulirá quando a temperatura atingir 100C°”. Nem a generalidade irrestrita da proposição nem a conexão causal que ela afirma podem ser verificadas pela observação ou pela experiência. Como então pode, se é que pode, ser verificado cada um dos elementos da proposição? Certamente continuaremos a esperar que a água ferva a 100C°, mas não temos nada que possamos seriamente chamar de prova de que ferverá; portanto não podemos, estritamente falando, dizer que sabemos que ferverá.
O conhecimento, é por isso contingente
João Alves 11ºk n11