Em que consiste a teoria histórica da arte?


  
Na tentativa de responder a inúmeras perguntas sobre a arte – que características devem apresentar os objetos e as múltiplas expressões humanas para serem considerados artísticos?”, poderemos apresentar uma definição consensual deste conceito?” oserá que o conceito de arte nem sequer pode ser definido? – vários filósofos criaram teorias a fim de definir aquilo que é arte do que não é. 
   Entre estas existem as teorias não essencialistas que consideram ser impossível definir a arte utilizando propriedades essenciais ou intrínsecas, em oposição às essencialistas. Incluídas nestas estão a teoria institucional e teoria histórica da arte.
   teoria histórica da arte foi apresentada pelo filósofo Jerrold Levinsonque acredita que a arte está totalmente dependente da sua história. Este pretende encontrar uma definição que compreenda tudo o que possa ser considerado arte e que é feita através de propriedades invisíveis que as obras têm em comum, assim como na teoria de George Dickie
    Segundo J. Levinson para algo poder ser considerado arte é fundamental a existência de condições necessárias e suficientes: o direito de propriedade sobre o objeto, isto é, o artista não pode considerar ou transformar em arte algo que não lhe pertença; e a intenção de que as obras irão estar sempre relacionadas e incluídas em algum período da história do mundo, sendo permanentemente vistas dessa mesma forma, uma vez que não há registos de nenhum período histórico onde não tenha acontecido nenhuma revolução artística.
Ana Rita Silva, Catarina Correia e Inês Pereira, 11ºJ

Comentários

  1. Teoria da arte histórica

    A teoria Institucional de Dickie constituiu uma das mais promissoras propostas para esclarecer a natureza da arte que o século XX viu surgir. Nela Dickie define a arte afirmando que uma obra de arte é um artefacto ao qual foi atribuído o estatuto de candidato para apreciação por uma ou mais pessoas, que atuam em nome de determinada instituição social, o mundo da arte. A capacidade de resposta da teoria Institucional ao problema da natureza da arte suscitou a muitos dúvidas suficientemente fortes para a rejeitar.
    Levinson desenvolveu aquela que ficaria conhecida como a teoria Histórica da arte. A sua proposta é a de que uma obra de arte é um objeto acerca do qual uma pessoa ou pessoas têm a intenção não-passageira de que este seja perspetivado como foram ou são perspetivadas corretamente obras de arte anteriores.
    Como a designação da teoria deixa adivinhar, para Levinson a essência da arte reside no seu carácter histórico ou retrospetivo. Toda a arte é o resultado de uma atividade humana que se relaciona com o seu passado através da intenção de um indivíduo, que pode ou não conhecer essa história. Todas as obras de arte se referem necessariamente ao seu passado e, como tal, é legítimo considerar que, mais do que uma sucessão de eventos, existe evolução na arte. A responsabilidade por essa evolução pode atribuir-se não a uma instituição, mas às intenções de indivíduos que pretendem que certos objetos sejam vistos como já o foram obras de arte do passado.

    Frederico Braga N8 António Goncalves N3

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