Há livre arbítrio?

Respondendo à pergunta "Existe ou não livre-arbítrio?", o determinismo moderado funciona como um meio-termo entre o determinismo radical e o libertismo. Sendo compatibilista, faz o que ambas as anteriores teorias não fazem, afirmar a presença de livre arbítrio e do determinismo nas nossas ações. Segundo ela, a vontade é livre, se não for constrangida ou forçada , apesar de poder ser condicionada. Mesmo que as nossas ações sejam causadas, podemos sempre , através da nossa razão e deliberação, agir e decidir de outra forma. Ou seja, na ausência desses obstáculos, o agente pode fazer o que tem vontade de fazer.Existem, portanto, ações livres que são motivadas pelos nossos desejos, crenças e motivos, sendo nós o agente a decidir a escolha que vamos optar com autonomia. Por sermos dotados desta consciência, temos o poder de controlar em parte alguns acontecimentos, podendo-nos ser atribuída essa responsabilidade. o Facto de eu decidir ir à cozinha beber um copo de água foi por um processo de deliberação e um motivo: acabar com a minha sede.
Por outro lado, o facto de sermos forçados a sair de casa por causa de um incêndio é uma ação que depende é determinada por forças físicas fora do agente, sendo assim uma ação não livre.
Em suma, esta teoria caracteriza-se como um compatibilismo entre o libertismo e o determinismo radical, pois afirma que ambos são verdadeiros.

Francisco Guedes n10 10f


Comentários

  1. A questão do livre-arbítrio é importante, especialmente associada à nossa vida em sociedade.A veracidade da resposta à pergunta "Há livre-arbítrio?" que cada teoria apresenta condicionaria muitos aspetos da nossa vida.Por exemplo, partindo da teoria de Determinismo Radical, ao assumirmos que as nossas ações são o resultado de causas que de modo algum controlamos, estaremos a retirar do homem a responsabilidade pelas suas ações, defendendo que não há livre-arbítrio. Isso implica recusar a moralidade das ações e por conseguinte obriga-nos a questionar os padrões morais que nos levam a criticar Hitler e admirar Dalai Lama.

    Bianca Carvalho nº23 10ºK

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  2. Quando falamos em liberdade, normalmente associamos esse conceito à política e às democracias e ditaduras. Porém, também se fala de um outro tipo de liberdade cuja existência não pode ser provada. Estou a referir-me ao livre-arbítrio, ou seja, a capacidade que alegadamente temos de fazer A quando também podíamos ter feito B ou C.
    Porém, muita gente não acredita que este exista, mas sim que está tudo determinado.
    Efetivamente nós podemos tomar decisões acerca das nossas ações, mas também nem sempre temos poder de escolha, e agimos independentemente da nossa vontade.
    Assim, nasce um problema filosófico: Há livre-arbítrio, ou a liberdade não passa de uma ilusão?

    André Mota
    N°3
    10°I

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  3. Paulo Pereira 10ºD Nº24 2021/225 de março de 2022 às 06:53

    O livre arbítrio é basicamente a capacidade de decidir em liberdade.
    Ex.: Se eu puder agir, fazer algo, por minha escolha, estando livre e consciente, posso dizer que possuo livre-arbítrio.

    Assim um agente, só possui livre-arbítrio se, e só se, possuir alternativas de escolha e esta escolha depende apenas de si.


    O problema do livre-arbítrio:

    Normalmente concebemos a ação humana como um ato voluntario, livre. Por exemplo, quando um aluno levanta voluntariamente a mão para colocar uma pergunta parece obvio que poderia ter escolhido não o fazer.

    Porem a ciência afirma que todos os acontecimentos no universo estão determinados, ou seja, já está decidido se vão ou não acontecer.
    Assim sabendo que a ação humana pertence ao universo, também pode estar ela determinada.
    Logo, se as ações humanas são determinadas então, a liberdade é falsa.
    Será a liberdade uma ilusão?

    Paulo Pereira 10ºD 2021/22

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