Serão os valores objetivos ou subjetivos?

Se as preferências valorativas podem ou não ser verificadas à semelhança do que acontece com os juízos de facto é uma questão filosófica complexa que conduz ao debate central da teoria dos valores: a subjetividade ou a objetividade dos juízos de valor.
   Para os objetivistas (defensores da objetividade dos valores) os valores impõem-se ao sujeito sendo então absolutos, univerais, perenes e intemporais (continuarão a existir sem influência do tempo ou espaço). Deste modo, estes defensores são da opinião de que os valores distinguem-se entre certo ou errado.
    Já para os subjetivistas (defensores da subjetividade dos valores)  é assumida a relatividade dos valores. Deste modo, o certo e o errado depende do sujeito que avalia. A verdade é considerada pessoal ou particular confirmando-se então o provérbio: "A cada um a sua verdade". Estes defensores. Consideram que é a pessoa que atribui o devido valor às coisas e que este depende da preferência pessoal. Para além disto, para os subjetivistas os valores são considerados relativos e com influência da história, ou seja, da cultura ou tradições de um país.
   Concluindo, pode-se afirmar que os objetivistas consideram que as verdades morais são absolutas enquanto que os subjetivistas defendem o contrário, isto é, os primeiros afirmam que a verdade dos juízos de valor é independente dos estados mentais ou dos sentimentos do sujeito, os segundos afirmam que a verdade dos juízos de valor depende exclusivamente da perspetiva do sujeito que avalia.
                                                                               Joana Gagliardini, 10°F

Comentários

  1. A objetivação dos valores tem como vantagem a procura de valores comuns que interessem a todos e evidenciem a proteção da integridade de todos os humanos, condenando algumas práticas que provocam um dano físico ou emocional ( ou ambos) na vertente do critério antropológico. No caso de uma sociedade relativista corre-se o risco de existirem costumes atrozes, e ancestrais que devem ser repensados pois perde-se a oportunidade de através do diálogo aproveitar a diversidade cultural da melhor forma, que passaria pelo repúdio de atividades que têm um impacto negativo na vida do homem e no incentivo de práticas que enaltecem a humanidade.

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  2. Os valores objetivos são caracterizados pela corrente objetivista, fazendo com que estejam fora do sujeito, impondo-se a estes mesmo. Por esta razão, os valores objetivistas são intemporais, ou seja, a sua verdade não irá sofrer modificações ao longo do tempo. Isto torna-os também absolutos e perentes.
    Em relação aos valores subjetivos, que são caracterizados pela corrente subjetivista, estes já se encontram dentro do sujeito, isto é, através dos valores que o homem atribui as coisas que os rodeam. Ao contrário dos valores objetivos, os valores subjetivos são efémeros, fazendo com que passem com o passar do tempo, ou seja, se estiverem de acordo "com a moda". Por esta razão, vão ser situados no espaço e no tempo- valores históricos.
    Porém, não existe conclusão sobre se os valores são objetivista ou subjetivistas, dependendo isto da teoria que cada sociedade achar que é moralmente correto ou não.
    Maria Amante, nº 23, 10ºJ

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  3. A objetivação dos valores tem como vantagem a procura de valores comuns que interessem a todos e evidenciem a proteção da integridade de todos os humanos, condenando algumas práticas que provocam um dano físico ou emocional ( ou ambos) na vertente do critério antropológico. No caso de uma sociedade relativista corre-se o risco de existirem costumes atrozes, e ancestrais que devem ser repensados pois perde-se a oportunidade de através do diálogo aproveitar a diversidade cultural da melhor forma, que passaria pelo repúdio de atividades que têm um impacto negativo na vida do homem e no incentivo de práticas que enaltecem a humanidade.

    Carolina Almeida Nº21 10ºJ

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