Como explicaria um determinista radical o comportamento de Heitor?

Um determinista radical começaria por afirmar que nada no comportamento de Heitor é aleatório ou ao acaso. Todas as suas ações são efeitos causados por efeitos anteriores biológicos, culturais e psicológicos, que escapam ao seu controlo e deixam em aberto um único futuro possível. A esperança do rei Príamo de Troia em vencer a guerra está nas mãos dos seus filhos, Heitor e Páris. A força, coragem e eficiência de Heitor na guerra, foram determinantes. Este herói visava acima de tudo defender a pátria (Troia) e pretendia lutar até à morte.
Segundo o determinismo radical, o comportamento de Heitor é justificado pela sua herança genética e pelo ADN. Ele não escolheu os seus genes nem tão pouco o meio ambiente em que cresceu. A educação que recebeu desde que nasceu é vista como causa das suas ações, pelo que ele não é livre de tomar as decisões pois está previamente determinado a executar as ações. Estes fatores determinam à partida a sua personalidade que origina, inevitavelmente, a escolha de combater Aquiles. Heitor toma consciência das consequências de enfrentar o inimigo mas desde pequeno que é ensinado a resistir e lutar sempre a favor do seu povo. É esta atitude que se espera de um rei.

                                                             Isabel Marques de Aguiar nº21 10ºK

Comentários

  1. Tal como aprendemos o determinismo radical é quando a conceção física do mundo é incompatível com a vontade livre e a liberdade é incompatível com o universo determinado. No filme, Heitor mostra-nos como o homem está sujeito às mesmas leis e regras que regem os fenómenos físicos logo, ele não controlou o seu comportamento e foi quase instintivo lutar por Troia e não por ter sido corajoso, ele estava determinado.

    Inês Malheiro, 10ºF nº19

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  2. Para justificar o comportamento de Heitor, um determinista radical utilizaria os seguintes argumentos: o homem está sujeito às mesmas leis e regras que regem os fenómenos físicos, logo, Heitor não poderia controlar o seu comportamento. Também, as nossas escolhas fazem parte do encadeamento causal do mundo natural e todos os constituintes da matéria incluindo o homem estão sujeitos ao mesmo princípio universal da causalidade. As escolhas e ações humanas são acontecimentos, logo, todas as escolhas e ações humanas são causalmente determinadas por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza, não são livres.

    Maria do Carmo, n20, 10F

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  3. Clarence Darrow, um advogado conhecido do séc.xx, numa conferência aos presidiários da Prisão de Cook County afirmou: "Do mesmo modo que as pessoas que estão aqui dentro não poderiam ter evitado estar aqui, as pessoas que estão lá fora também não poderiam ter evitado estar lá fora." também afirmou que: "Estão na prisão apenas porque não puderam evitá-lo, devido a circunstâncias que ultrapassam inteiramente o seu controlo e pelas quais não são minimamente responsáveis." Ora bem, o que ele disse pode ser considerado como uma definição para o Determinismo Radical, pois tal como ele diz o acontecimento (estar na prisão) é o desfecho necessário de acontecimentos anteriores, e que não somos livres de controlar as nossas ações.

    Carolina Sottomayor nº16 10ºJ

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  4. Um determinista radical, quando defrontado com a ação de Heitor, defenderia certamento que ele não teve a liberdade de decidir, pois o primeiro defende que a liberdade é uma ilusão/ ingenuidade. Desta forma, o príncipe não foi responsável pelo que aconteceu, sendo que, o seu futuro já estava traçado, quer ele quisesse ou não e independentemente das suas decisões iria morrer nas mãos de Aquiles naquela batalha. Segundo um determinista radical pelo facto de Heitor ter lutado contra Aquiles, também foi influenciado por certas condicionantes, que se entendem por fatores que influenciam a ação, que têm peso nas nossas decisões, mas que não as determinam causalmente. Primeiro, as condicionates fisicobiológicas, ou seja, as possibilidades e limites que estão ligados ao seu património genético e ao ADN . Segundo, as condicionantes socioculturais, isto é, as possibilidades e os limites que estão ligados ao modo como depende do meio social e cultural em que a sua vida se desenrola, o que é uma forte condicionante sendo que um meio social rege-se por um conjunto de normas e padões de comportamento que definem o que é permitido e proibido, o que é louvável e censurável, o que neste caso, ajudou Heitor a ser corajoso, destemido, lutador, a proteger o seu país em situação alguma, entre outras. Em terceiro, as codicionantes psicológicas da ação,que correspondem ás possibilidades e limites que estão ligados à nossa persoalidade ou maneira de ser, ao modo como interpretamos as situações e lhes respondemos.
    Duarte Alves de Sousa
    Nº7 10ºK

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  5. Relativamente ao comportamento de Heitor, deparamo-nos com a hipótese de Heitor de lutar contra Aquiles ou fugir. Heitor decide lutar e assim defender a sua honra como também a sua pátria.
    Os deterministas radicais não consideram era ação heróica nem corajosa. Em primeiro lugar, os deterministas justificam o comportamento de Heitor como uma ação que estava determinada, devido aos genes que detém da sua família de guerreiros. Para além disto, o meio cultural em que cresceu sempre o educou a agir de forma corajosa e a manejar tão bem a espada. O Heitor era um homem forte ,sem qualquer problema de saúde adorando a adrenalina de uma boa luta. Perantes estes factos podemos concluir que este comportamento estava determinado.

    Rita Cardoso n22 10 F

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  6. De acordo com o determinismo radical, o comportamento de Heitor não é louvado nem tão pouco reconhecido por ter lutado para defender a sua pátria. Na visão de um determinista radical o que aconteceu não resultou de uma escolha porque Heitor já estava determinado a lutar, seja pela educação, seja pela sua dimensão biológica ou genética. Com efeito, a força física, os reflexos, a capacidade de lutar com a espada deve-se à sua constituição física. Maria Veloso Branco nº19 10ºJ

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  7. Aos olhos de um determinista radical, Heitor é um simples soldado que apenas executa as ordens do rei que comanda a cidade em que habita. As ações desempenhadas são meramente funcionais, servindo uma entidade que ordena a sua realização. No determinismo radical, Heitor chega a ser mesmo comparado a uma mera marioneta.
    Esta ideia dita que as ações humanas são determinadas por entidades superiores, como a Natureza, que provocam o acontecimento dessas mesmas ações. Para os seus crentes o que o ser humano realiza não possui mérito próprio, anulando assim, em grande parte, a credibilidade dos valores morais de cada um. Extermina a bondade que poderá ser ou não visível no Homem, indo, inclusive, contra muitas religiões.
    Gonçalo Vieira, nr 14, 10B

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  8. Um determinista radical consideraria que Heitor apenas agiu de acordo com a sua genética, desvalorizando a sua bravura e coragem. Assim, aos olhos de deterministas radicais, Heitor não teve qualquer bondade no seu ato.

    José Penha nº14, 10ºF

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