Quais são os dois problemas problemas do conhecimento mais importantes?


   
Na epistemologia levantam-se três problemas, dos quais vou expor dois: a origem do conhecimento que levanta a pergunta: de onde provém o conhecimento? - e a possibilidade do conhecimento que  levanta a questão: pode o sujeito apreender o objeto? Para dar resposta ao primeiro Problema existem duas perspetivas: o Racionalismo, denfendido por Descartes, que afirma que o conhecimento tem origem na razão. Valoriza os juízos a priori – juízos cuja verdade provém da razão, são universais e necessários dispensando a experiência ( o todo é maior do que a parte) e o Empirismo, defendido por David Hume, que considera que o conhecimento tem origem na experiência. Valoriza os juízos a posteriori – juízos cuja verdade provém da experiência, não são universais e, como não são necessários, são contingentes e provisórios ( a terra anda à volta do sol). Quanto ao segundo problema, também existem duas perspetivas opostas: o dogmatismo  e o ceticismo. Assim, os dogmáticos aceita a possibilidade de conhecer ao contrário dos céticos que afirmam a impossibilidade de conhecer, uma vez que tudo está em constante evolução. Concluindo, os racionalistas são dogmáticos e os empiristas céticos assumindo perspetivas opostas. Os racionalistas aceitam as ideias inatas e os empiristas rejeitam-nas considerando que a razão é “ uma tábua rasa onde nada está escrito sem primeiro passar pelos sentidos”.

Ana Rita Silva, n°1, 11°J 

Comentários

  1. No problema levantado sobre a possibilidade do conhecimento surgem as tais duas perspetivas filosóficas, dogmatismo e ceticismo.
    Esta primeira pode ser dividida entre dogmatismo ingénuo, quando afirmado o conhecimento como um espelho fiel do real; ou crítico cujo conhecimento é obtido através de uma interpretação e reconstrução do sujeito. Em segundo temos o ceticismo, podendo este ser absoluto, considerando portanto impossível ao sujeito apreender o objeto, não existem justificações suficientes para as nossas crenças, e por fim o chamado mitigado, mais moderado que o pirrónico, pois não estabelece a impossibilidade do conhecimento mas apenas de um saber rigoroso.
    Carolina Sottomayor n°14 11j

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  2. A par dos problemas da origem e da possibilidade do conhecimento, existe também o problema da natureza do conhecimento. Este problema é traduzido pelas perguntas "o que determina o conhecimento: o sujeito ou o objeto?" e "é o sujeito ou o objeto que tem o papel primordial no ato de conhecer?". Como respostas, podemos apontar duas teorias distintas: a teoria idealista e a teoria realista. Segundo a teoria idealista, defendida por Descartes e pelos dogmáticos e racionalistas, é o sujeito que se impõe ao objeto no ato do conheceimento, sendo que este é que tem o papel determinante - é aquele que determina se há conhecimento e como este vai decorrer. Segundo a teoria realista, defendida por David Hume e pelos céticos e empiristas, é o objeto que se impõe ao sujeito no ato de conhecer, sendo que é este que tem o papel determinante - é aquele que determina se há conhecimento e o modo como este se vai dar.

    Mª Isabel Marques de Aguiar Nº15 11ºK

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  3. O conhecimento levanta várias questões e problemas, destacando-se dois em particular: o problema da origem do conhecimento, isto é, de onde provêm o conhecimento(se é da experiência ou se é da razão); e o problema da possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível que o sujeito apreenda, efetivamente, o objeto.
    Como resposta ao primeiro problema temos duas perspetivas filosóficas: o racionalismo e o empirismo.
    O primeiro é defendido, essencialmente, por Descartes e o segundo por David Hume.
    Segundo o racionalismo, a razão é a principal fonte do conhecimento e este conhecimento(a priori) é evidente, universal e necessário: é universal porque é sempre verdadeiro, em toda a parte, sem exceção, e é necessário porque tem de ser assim, e negá-lo implicaria entrar em contradição.
    Deste modo, o conhecimento vai ter como modelo a matemática, visto que obriga à sua aceitação, e negá-la implicaria entrar em contradição.
    O conhecimento não se obtem a partir da experiência, dos sentidos ou da observação, todavia, os racionalistas não negam o conhecimento empírico(a posteriori), apenas negam a possibilidade desse conhecimento alguma vez ser universal ou necessário, referindo que todos os conhecimentos obtidos pela experiência ou pelos sentidos são conhecimentos incertos, confusos e não são seguros, ao contrário do conhecimento a priori, que é seguro e absoluto.
    Já no ceticismo, a principal fonte do conhecimento é a experiência e este conhecimento é a posteriori, baseando-se em juízos a posteriori(provisórios, contingentes, sintéticos e empíricos).
    Esta perspetiva filosófica nega que exista conhecimento, ideias ou princípios inatos e considera que todo o conhecimento tem uma base empírica, todavia, não negam o conhecimento a priori, apenas consideram que este nada diz sobre o mundo em si, e que todo o conhecimento que provêm da razao acaba por derivar da experiência.
    Já no caso do segundo problema exposto, tem-se também duas perspetivas filosóficas: o dogmatismo e o ceticismo.
    A primeira perspetiva responde afirmativamente à questão do problema do conhecimento, considerando que é possível haver conhecimento e que é possível chegar à certeza e à verdade de toda a realidade.
    No dogmatismo não se põe em causa o problema do conhecimento, porque para os dogmáticos o objeto impõe-se ao sujeito de modo direto e absoluto, desvalorizando o papel do sujeito no ato de conhecer, e partindo do pressuposto de que o sujeito apreende sempre o objeto.
    Todavia, a segunda perspetiva, no seu estado absoluto, nega totalmente a possibilidade do conhecimento.
    O facto de existirem ilusões e aparências, diversas opiniões, diferentes sensações e perspetivas e o facto de nada se justificar por si só, leva os céticos absolutos a acreditar que o conhecimento é algo inalcançável.

    Francisca n.15 11J






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  4. Os dois problemas do conhecimento são: o problema da origem e o problema da possibilidade do conhecimento. No primeiro problema Descartes defende o racionalismo, origem na razão. Valoriza os juízos a priori, que são universais e necessários. Hume defende o empirismo, ou seja, o conhecimento tem origem na experiência. Valoriza os juízos a posteriori, que são contingentes e provisórios.
    O problema da possibilidade do conhecimento também tem duas perspectivas opostas: o dogmatismo de Descartes e o ceticismo de Hume. O dogmatismo aceita a possibilidade de conhecer, mas Descartes tem que duvidar para conhecer, é um dogmático crítico. O ceticismo de Hume afirma a impossibilidade de conhecer, uma vez que tudo está em constante evolução.

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  5. Existem dois problemas do conhecimento, o problema da possibilidade do conhecimento e o problema da origem do conhecimento. No problema da origem do conhecimento, Descartes defende o racionalismo uma vez que é racionalista (razão); no entanto David Hume, neste mesmo problema defende o emprirismo uma vez que é empirista.
    Descartes valoriza os juízos a priori (universais e necessários) e Hume valoriza os juízos a posterior (contingentes).
    No segundo problema (possibilidade do conhecimento), Descartes defende o dogmatismo e é dogmático crítico uma vez que dúvida de tudo e Hume é cético moderado, defendendo por isso o ceticismo.
    Maria Manuel Branco, n16, 11J

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