E@D 10 F - A SEMANA DA MÁ LÍNGUA : OBJEÇÕES A KANT OU MILL?

Depois de teres estudado as duas fundamentações da moral procura escolher um autor para apresentares as possíveis objeções/críticas. Também podes criticar os dois autores mas em comentários separados pois um único texto para os dois autores ultrapassa, certamente, o número de caracteres permitido.
Bom trabalho, boas reflexões....

Comentários

  1. A ética de John Stuart-Mill é vista como sendo consequencialista, ou seja, é uma ética que defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências, logo, uma boa ação é aquela que apresenta as melhores consequências possíveis e devemos procurar agir de modo a que da nossa ação, resulte a maior felicidade/bem-estar possível para as pessoas associadas, ou chamado de utilitarismo.
    Tal como outra teoria, o utilitarismo de Mill foi alvo de várias objeções. A principal é que o utilitarismo justifica a prática de ações imorais, por dar valor às consequências das ações. Um exemplo disto é o exercício usado na Crónica Criminal - "Qual é a justiça de Mill". O chefe de equipa, segundo Mill, deve arranjar uma solução que forneça felicidade a um maior número de pessoas. Porém, ele vai acabar por matar alguém, quer sejam os doentes, ou o paciente jovem, o que é uma ação imoral e incorreta.
    Além disso, o utilitarismo é imparcial, não distinguindo os familiares e amigos na promoção da felicidade. Por termos uma relação de proximidade com estes, as nossas ações não favorecem qualquer estranho que esteja envolvido, portanto se o critério de imparcialidade for sempre seguido, podemos acabar amizades e relações com os nossos familiares e amigos, por conta da responsabilidade e deveres que temos com eles.
    Por fim, o utilitarismo exige demasiado do agente moral. Tendo em conta, neste caso, a ação depende das consequências e do utilitarismo, o agente é sempre pressionado a fazer algo que procure obter mais felicidade e isto leva a que muitas vezes não possa desfrutar da sua vida quando quiser fazer as mais simples atividades, como ouvir música, ir ao cinema.
    Maria Marques, nº 23, 10ºJ

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  2. Como em todas as teorias onde existem e se partilham ideias, há naturalmente pontos de vista que não se cruzam, e que por isso são divergentes. No que diz respeito à teoria deontológica de Immanuel Kant, uma das objecção frequentemente apresentada por parte dos defensores millianos, é o facto de não existirem regras morais absolutas. Tal como defende a teoria kantiana, para se agir de forma moralmente correta é necessário o cumprimento rigoroso de um conjunto de regras morais absolutas (ex.: não mentir, não roubar, não matar), devendo estas ser aplicadas em qualquer acção que seja realizada, salientando que não há lugar para exceções e/ou violação destes critérios. Por outro lado, principalmente os defensores de Mill, afirmam que este critério é um absurdo. No quotidiano, deparámo-nos com diversas ocasiões em que é, de certa forma, preferível mentir do que dizer a verdade, para assim evitar males e consequências maiores. Transpondo esta ideia num exemplo: imagine-se um indivíduo a fugir rapidamente de um ladrão que o tentava assaltar. O indivíduo, a meio do percurso, encontra um esconderijo, permitindo esconder-se e por conseguinte despistar o ladrão que estava armado. Entretanto, em busca dele, o ladrão pergunta a uma outra pessoa, se no seu percurso, não viu um indivíduo a correr, apercebendo-se de imediato que a intenção do ladrão era assaltar o indivíduo. Neste caso, que dirá a pessoa? Tem portanto duas opções: ou opta por dizer a verdade, dizendo que o indivíduo se encontrava escondido, ou mentia dizendo que não tinha avistado ninguém a correr. É óbvio que Kant não permitiria em circunstância alguma omitir a verdade. Mas para ele o que é verdadeiramente importante? Dizer a verdade e colocar em perigo a vida de alguém ou mentir e evitar uma tragédia?
    Outra crítica apontada, senão a principal, é a situação dos casos de conflito. Afirma-se que a teoria de Kant, devido aos seus contornos, nunca será capaz de resolver estas situações. Esta objecção traduz-se no seguinte exemplo: imagine-se que um indivíduo tem obrigatoriamente de escolher entre duas opções possíveis, sendo que tanto uma como outra são moralmente incorrectas. Introduzindo a teoria de Kant nesta situação, como o filósofo agiria e resolveria este caso? Perante isto, a teoria kantiana revela-se verdadeiramente incoerente.

    Diogo Almeida, nº11, 10I

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  3. Kant defende que para agirmos moralmente temos de respeitar um conjunto de algumas regras morais. Sendo que essas regras morais são absolutas e não as devemos desrespeitar. Uma dessas regras é o dever de não mentir em qualquer situação, no entanto em algumas situações teremos/devemos mentir.
    Por exemplo, eu vou na rua e vejo um rapaz a fugir de alguém que tem uma arma, e esse mesmo rapaz pede-me para escondê-lo, porque a pessoa que tem arma diz que o mata se o vir. Segundo Kant não deveríamos mentir, mas apenas temos 2 possibilidades ou dizemos onde o rapaz está (e provavelmente morreria) ou mentimos e dizemos que não o vimos, mas segundo Kant era uma ação moralmente incorreta, contudo não deveríamos dizer onde ele está, pois iriamos salvá-lo.
    Com isto percebemos que nem sempre é moralmente correto cumprir as regras morais, como Kant definiu!
    Camila Felix, nº7, 10ºJ

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  4. Para o Immanuel Kant uma boa ação é aquela cuja única motivação é o respeito pela lei moral ou pelo imperativo categórico. A esta genuína vontade de agir pelo dever dá-se o nome de boa vontade. Kant descreve a boa vontade como algo que, mesmo sendo o seu resultado por vezes "completamente desprovido do seu propósito" por algum tipo de azar, prevalecerá e brilhará "como uma joia" por todo o valor que em si contém.
    Podemos identificar aqui uma das principais críticas à ética kantiniana: as consequências de uma ação são completamente irrelevantes para o valor da mesma, pelo que por vezes "cumprir o dever pelo dever", como Kant defende, pode levar a resultados catastróficos. Imagine-se a seguinte situação: um banco é assaltado, os assaltantes ameaçam um dos funcionários, dizendo-lhe que se não lhes der o dinheiro dos cofres do banco, matarão todas as pessoas dentro do edifício. Confrontado com esta situação, o funcionário do banco, seguindo a ética deontológica de Kant, deveria deixar que os assaltantes matassem todas as pessoas no edifício, uma vez que ao aceitar o seu acordo estaria a violar uma norma moral absoluta- é errado roubar. Mas também é errado, e contra o dever, matar, mesmo que indiretamente. Podemos concluir que a ética kantinia não tem, portanto, capacidade de resposta para situações de dilemas morais.
    Ana Neri Moreira, nº2, 10J

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  5. O princípio moral do utilitarismo é o princípio da utilidade ou da maior felicidade: "Age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas." Esta teoria como todas as outras não deixou de ser objeto de inúmeras críticas comentadas ou esclarecidas por autores ou respetivos seguidores. O utilitarismo foi alvo de críticas desde o início, alguns autores consideram que muitas delas são reações aos aspetos mais inovadores e mais progressistas do movimento, como: ser independente da religião, defender direitos de minorias. No entanto um dos aspetos mais controversos é o de saber até que ponto os «fins justificam os meios», ou seja, se os direitos fundamentais do indivíduo como, o direito à vida ou à liberdade, devem ser sacrificados em nome da maximização do bem-estar de muitos.
    A moralidade ao critério da utilidade pode por em causa os direitos individuais e legitimar a instrumentalização dos indivíduos.
    Outra crítica ao utilitarismo é o mesmo justificar a prática de ações imorais, por dar valor às consequências das ações.
    Isabel Cayolla Nº16 10ºJ

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  6. Em jeito de continuação, apontemos agora críticas à teoria utilitarista de Stuart - Mill. Um dos aspectos considerado muito controverso na teoria consequencialista é até que ponto os direitos fundamentais do Homem são valorizados e salvaguardados. Seguindo as ideias da teoria, estes direitos, como o direito à vida ou à liberdade, devem ser sempre sacrificados em prol de um benefício maior (para cumprir o critério de maior felicidade), pelo bem-estar de muitos. Posto isto, os críticos afirmam que, ao ter esta consciência, em muitos casos, acaba sempre por prejudicar singulares ou minorias pois não são valorizados de forma genuína, sendo por conseguinte completamente desvalorizados, afirmando assim que os valores não devem ser relativizáveis. Esta crítica põe claramente em causa a moralidade da teoria de Mill.

    Outra objeção ao utilitarismo afirma que a teoria pode justificar em muitas vezes acções que são consideradas habitualmente imorais. Traduzindo esta ideia num exemplo: se fosse possível comprovar que enforcar publicamente um homem inocente conseguiria reduzir directamente o número de crimes violentos, porque actuava como um factor de dissuasão, o que daria naturalmente origem a um maior benefício/felicidade colectiva (porque reduzia a quantidade de crimes), então o filósofo seria obrigado a afirmar que enforcar o inocente era a acção moralmente correta a fazer, pois permitia assim cumprir "o princípio moral da maior felicidade" que ele próprio defendia.

    Diogo Almeida, nº11, 10ºI

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  7. Kant defendia que o valor moral das ações depende unicamente da intenção com que são praticadas, pois sem conhecermos as intenções dos agentes, não podemos determinar o valor moral das ações. Ainda kant distingue as ações em dois tipos: ações feitas pelo dever e ações em conformidade com o dever. Como em todas as teorias onde existem e se partilham ideias, há pontos de vista que não se cruzam. A principal crítica à ética kantiana é que é incapaz de resolver situações de conflito moral, vamos imaginar que uma certa pessoa tem de optar entre 2 possibilidades de ação ( fazer A ou fazer B) mas são ambas moralmente incorretas. O que faria o defensor da teoria ética de Kant perante esta situação? Neste exemplo, verificamos que a teoria de Kant não saberia responder a esta situação, porque proíbe ambas as ações por serem moralmente incorretas.

    Bruna Almeida , 10J , n6

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  8. Ética de Mill é consequencialista porque defende que o valor da ação moral depende das suas consequências. Segundo Mill, a utilidade é o que torna uma ação moralmente valiosa e o princípio da utilidade é por isso conhecido também como princípio da maior felicidade. Como em qualquer teoria filosófa, o utilitarismo de Mill foi objeto de várias críticas. A crítica mais frequente ao utilitarismo é a de que justifica a prática de ações imorais, porque apenas dá importância às consequência das ações. Outra objeção é que o utilitarismo é excessivamente imparcial, o que significa que o utilitarismo não distingue os familiares e amigos na promoção da felicidade, defendendo que a nossa ação tem valor moral se promover a felicidade de um modo imparcial para o maior número de pessoas. Por fim, outra objeção é que o utilitarismo exige demasiado do agente moral.

    Bruna Almeida, 10J, N6

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  9. A teoria ética consequencialista de Stuart Mill pode ser um pouco inconveniente. Este princípio avalia apenas o resultado da ação, seja ou não feita com boa intenções. No entanto é alvo de várias críticas. A mais constante é o facto de por vezes defender ações consideradas imorais. A meu ver, matar alguém inocente propositadamente para salvar outras quatro doentes, estaria errado. Porém, seguindo os fundamentos de Mill, já que provocaria felicidade (para Mill, a ausência da dor e o prazer) num maior número de indivíduos, seria correto. Uma ação pode ser praticada pelos motivos errados e ser considerada boa. A sua imparcialidade gera também conflito, já que não distingue familiares de amigos e conhecidos. De certa forma, o utilitarismo requer um grande esforço do agente, que se não provocar a felicidade no maior número de pessoas possível, pode ser considerada imoral, mesmo não sendo com as intenções erradas.

    Anna Schmidt, nr 4, 10J

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  10. Stuart Mil foi bastante criticado pois mesmo preferindo a felicidade do maior número pessoas, Mil preferia sacrificar a vida de um inocente para salvar quatro vidas, na minha opinião não está correto pois Eric não tem culpa de os outros terem problemas, mas por um lado está correta essa justiça pois quatro vidas valem mais que um vida só. Mil tem uma moral de consequência e um imperativo ético isto é faz X para dar Z, como mostra o texto sobre Eric e os outros quatro jovens. Mil só tenta agradar o maior número de pessoas mas com isso acaba por ter se sacrificar vidas de inocentes para poder agradar um maior número de pessoas o que não é muito correto mas este é o seu juízo de valor.
    Guilherme Novais 10I N30

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  11. Para Kant, uma boa ação é aquela cuja única motivação é o respeito pela lei ou pelo imperativo categórico , a esta vontade de agir pelo dever dá-se o nome de boa vontade, o filósofo descreve a boa vontade como alguma coisa que mesmo não tendo um bom resultado ou que o resultado seja completamente diferente do seu propósito por azar, vai prevalecer o valor inicial que continha.
    Uma das principais criticas à ética de Immanuel Kant, era que as consequências de uma ação são irrelevantes para o valor da mesma pelo que por vezes "cumprir o dever pelo dever" como Kant defende, pode levar a resultados trágicos.
    Eis a seguinte situação: durante a segunda guerra mundial, os pescadores holandeses transportavam secretamente,refugiados judeus para a Inglaterra, por vezes esses barcos eram intercetados por barcos de patrulha nazis. O Capitão nazi perguntava ao capitão holandês qual o seu destino, quem estava a bordo e assim por diante. Os pescadores mentiam e assim obtinham a permissão de passagem . Ora, é claro que os pescadores só tinham duas alternativas, mentir, ou permitir que os seus passageiros e eles mesmos fossem apanhados e executados. Os pescadores encontravam-se na seguinte situação, ou mentem ou permitem o homicídio de pessoas inocentes. De acordo com Kant, qualquer uma delas é errada, na medida que as regras morais de não devemos mentir e não devemos matar o que eles vão fazer então? Verificamos que a teoria ética de Kant não saberia responder a esta situação de caso-conflito, porque proíbe ambas as possibilidades de ação - mentir ou deixar matar inocentes- por estas se revelarem moralmente incorretas
    Frederico Tenreiro Nº12 10ºJ

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  12. A teoria ética consequencialista de Stuart Mill defende que o valor da ação moral depende das suas consequências, sendo também conhecido como princípio da maior felicidade. Mas como qualquer teoria filosófica, o utilitarismo de Mill não foi excesão sendo objeto de várias críticas. Uma das críticas mais frequentes é a da que justifica a prática de ações imorais, pois para um utilitarista, na perspetiva dos seus críticos, uma pessoa pode desrespeitar uma das regras morais básicas, como por exemplo a regra de não roubar e ainda assim agir moralmente, desde que, proporcione uma maior quantidade de felicidade. Outra das críticas mais frequentes é o excesso da imparcialidade, pois o princípio utilitarista enuncia que a nossa ação tem valor moral se promover a felicidade de forma imparcial para o maior número de pessoas possível.E por fim, outra das críticas mais comuns feitas ao utilitarismo, é que este exige demasiado do agente moral, por exemplo suponhamos que um rapaz gosta muito de desenhar e perde muito tempo do seu dia a desenhar, mas nesse tempo ele poderia praticar outras atividades que beneficiassem um maior número de pessoas. No entanto, seria mentalmente desgastante pensar sempre no bem-estar dos outros e em benefeciar um maior número de pessoas em tudo o que fazemos.
    Beatriz Oliveira nº4 10ºI

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  13. A crítica mais frequente ao utilitarismo de John Stuart-Mill é a de que justifica a prática de ações imorais.
    A ética de Mill defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências, logo, uma boa ação é aquela que tem como consequência a maior felicidade para o maior número de pessoas possíveis.
    Usando como exemplo o problema do exercício anterior “CRÓNICA CRIMINAL - QUAL É A JUSTIÇA DE MILL?”, um utilitarista consideraria que matar Eric para salvar outras quatro pessoas, apesar de desrespeitar uma das regras morais básicas, no caso a de «não matar», continua, ainda assim,a agir moralmente porque esta ação proporcionou a maior felicidade ao maior número de pessoas possíveis do que as pessoas a quem provocou sofrimento.
    Inês Cruz nº6 10ºK

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  14. Na minha opinião existe uma grande crítica que se faz ao pensamento de Stuart-Mill pois segundo Mill uma ação só é moral ou imoral dependendo das suas consequências e também dependendo se essa ação fará a maioria das pessoas felizes. E então dando o exemplo da ultima crónica criminal onde o médico matou um funcionário para conseguir os órgãos dele e assim salvar 4 pessoas que precisavam de um transplante. Segundo Mill isso seria uma ação moral mesmo o médico tendo morto uma pessoa, o que a meu ver é errado pois matar alguém deveria ser sempre uma ação imoral independentemente das consequências que essa ação terá.
    Carlos Bravo nº8 10ºj

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  15. A Ética de Mill é consequencialista porque defende que o valor da ação moral depende das suas consequências. Segundo Mill, a utilidade é o que torna uma ação moralmente valiosa e o princípio da utilidade é por isso conhecido também como princípio da maior felicidade. Como em qualquer teoria filosófa, o utilitarismo de Mill foi objeto de várias críticas. A crítica mais frequente ao utilitarismo é a de que justifica a prática de ações imorais, porque apenas dá importância às consequência das ações.
    João Terroso N17 10J

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  16. Maria Gabriela Cunha nº14 10K4 de maio de 2020 às 01:09

    Algumas crítica a Kant:
    A ética kantiana não nos ajuda em questões morais quando há dilemas éticos. Para Kant as regras morais são absolutas, como por exemplo, “não mentir”, que é uma ação “contrária ao dever”. É um imperativo categórico. Mas será que as coisas são tão claras assim? Que aconteceria quando duas possibilidades de ação (hipótese A/ hipótese B) são moralmente incorretas? A ética Kantiana é incapaz de resolver casos em que há um conflito moral.

    Kant não dá importância aos sentimentos e diz que as emoções são irrelevantes para a moral. Sentir compaixão ou simpatia não é importante para Kant, que diz que devemos seguir friamente a moral, sem ligação afetiva, o que é impossível ao ser humano! Sentimentos mais fortes como paixão ou afeto são vistos quase como vícios que podem afastar o homem da forma correta de agir.

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  17. A teoria utilitarista de Mill é bastante criticada. Recebe críticas como “O utilitarismo justifica a prática de ações imorais” uma vez que para o utilitarismo apenas as consequências são importantes, sendo que a intenção e o motivo se tornam irrelevantes. Outras críticas associadas a esta teoria são “O utilitarismo é excessivamente imparcial” uma vez que para o utilitarismo a ação tem de promover a felicidade de um modo imparcial, e, “O utilitarismo exige demasiado do agente moral” sendo que se torna desgastante para o agente pensar se todas as suas ações estão a trazer a maior felicidade para o maior número de pessoas.
    Rita Freitas 10J Nº27

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  18. Segundo a teoria deontológica de Kant, devemos agir sempre por dever e obedecer ao imperativo categórico. Devemos agir pela razão e só pela razão, ou seja, podemos dizer que se trata de uma teoria bastante racional. No entanto, são apontadas várias críticas a esta ética. Esta teoria nem sempre permite resolver conflitos entre deveres morais, em alguns casos, apenas existe uma solução que cumpre as exigências de Kant, mas existem situações em que é necessário optar. Por exemplo, cumprir a promessa de guardar um segredo ou dizer a verdade quando perguntam por ela. Se dissermos a verdade, cumprimos esse dever, mas violamos o dever de cumprir a promessa, e vice-versa. Não há escapatória possível, em qualquer um dos casos, somos obrigados a violar um dever moral. Outra crítica apontada à ética de Kant, é o facto de esta dar às emoções um papel insignificante na avaliação moral das ações. Neste ponto de vista, a ética de Kant revela ser demasido exigente. De acordo com Kant, os sentimentos morais não influenciam de forma alguma as nossas decisões e ações. Mas será bem assim? Não costumamos nós admirar aqueles que se sensibilizam com os sentimentos e problemas dos outros e se voluntariam para ajudar? Por último, esta teoria também é criticada por originar situações difíceis de defender. Para Kant, as consequências de uma ação não a definem como correta ou incorreta, o que conduz a situações algo absurdas. Será errado mentir a um assassino? Apesar de roubar, não é Robin dos Bosques um herói? Segundo Peter Singer: "Em circunstâncias normais pode ser um mal mentir, mas no caso de uma pessoa que vivesse na Alemanha nazi e a quem a Gestapo batesse à porta à procura de judeus, por certo seria correto negar a existência de uma família escondida nas àguas furtadas."
    Rita Santos nº20 10ºK

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  19. A ética utilitarista de Stuart Mill tem como características o facto de ser uma teoria imparcial, hedonista e consequencialista. Ou seja, segundo esta teoria, somos todos iguais e igualmente importantes, a felicidade criada com uma ação serve como critério para avaliar a correção moral da mesma e as ações são consideradas boas ou moralmente corretas se as suas consequências forem boas. No entanto, esta ética é criticada por diversas razões. Uma das grandes críticas, é o facto Stuart Mill justificar o sacrifício de um inocente em nome do bem-estar da maioria. Chama-se muitas vezes a esta crítica ao utilitarismo "a objeção do bode expiatório". A ideia de sacrificar um inocente, que pode ser qualquer um de nós, parece ir contra o nosso sentido intuitivo de justiça. Uma tal opção parece-nos moralmente inaceitável. Outra crítica a esta teoria é o facto de exigir demasiado de nós, uma vez que temos que estar sempre preocupados com a felicidade de todos os que nos rodeiam. Os nossos projetos pessoais e familiares deverão ser sacrificados para que seja possível ajudarmos os necessitados, pois esta ética opõe-se totalmente ao egoísmo e defende a imparcialidade. Mas poderemos nós ser felizes se tivermos que sacrificar constantemente aquilo de que gostamos ou se tivermos remorsos por comprarmos alguma para nós e não doarmos o dinheiro para uma instituição que necessite, por exemplo? Para além disso, por vezes é difícil fazer o cáculo de felicidade. Quando se afirma que as consequências de uma ação a avaliam como boa ou má, tratam-se de consequências a curto, médio ou longo prazo?
    Rita Santos nº20 10ºK

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  20. De acordo com Kant, uma ação é correta quando agimos de acordo com um conjunto de leis morais, como não matar, não roubar, não mentir, etc. Acredita-se que a ação deve ser julgada por sua intenção, mas sua teoria se torna incoerente quando nos é posta uma situação em que são dadas duas opções moralmente incorretas. Como por exemplo se mentir a um amigo todos sairiam felizes mas se contares a verdade causaria a morte de outro indivíduo. Ambas alternativas seriam imorais se contarmos com a teoria de Kant pois mentir é errado e matar mesmo que indiretamente também, então podemos concluir que nem em todas as situações que nos aparece a teoria de Immanuel pode ser considerada válida a ser utilizada.

    Giullia Lodi nº5 10ºK

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  21. Apesar da teoria deontológica de Kant possuir bastantes pontos fortes também contém pontos fracos. Uma das críticas feitas a este ponto de vista é o facto que as regras morais não são absolutas, ou seja, de acordo com a opinião de Kant, temos sempre de cumprir o dever sendo este uma obrigação absoluta.Kant diz que em vez alguma devemos mentir, mas será que é moral seguir esta regra se a consequência de dizer a verdade é má? Por exemplo, se eu descubro que a minha melhor amiga foi traída pelo namorado antes de um exame bastante importante, será que o correto a fazer neste caso é contar-lhe a verdade ou mentir-lhe? Há duas hipóteses: digo-lhe a verdade e depois o exame corre-lhe mal devido às notícias dadas ou omito a verdade, ela faz o exame havendo a possibilidade de lhe correr bem ou mal, contando depois da avaliação acabar. Com esta situação conclui-se que este dilema não pode ser resolvido com a teoria deontológica pois do ponto de vista de Kant, deve-se dizer sempre a verdade mas também temos sempre a obrigação de ajudar o próximo, acabando por ser um pouco contraditório pois ao agir-se corretamente estou simultaneamente a agir imoralmente.
    Em conclusão, esta teoria nem sempre é a mais indicada para resolver os problemas e dilemas do dia a dia, pois defendo princípios morais absolutos que nem sempre são aplicáveis tendo um rigor excessivo que não admite exceções.
    Frederica Pinto, n.13, 10k

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  22. Apesar do utilitarismo de Stuart Mill apresentar aspetos mais inovadores e progressistas, como ser independente da religião e defender direitos de minorias, esta teoria mostra igualmente aspetos controversos , como saber até que ponto os fins justificam os meios, isto é, se os direitos fundamentais do individuo, como por exemplo o direito à vida, ou à liberdade, devem ser sacrificados em nome do bem estar de muitos.
    Subordinando a moralidade ao critério da utilidade, pode pôr em ainda em causa os direitos individuais e reconhecer a instrumentalização dos indivíduos.

    Henrique Vara nº18 10ºI

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  23. Mill considera que uma ação é moral ou imoral dependendo das consequências da ação, e também se essa ação fará a maioria das pessoas feliz.
    Contudo, Kant defende que quando agimos as regras morais devem ser respeitadas, pois são absolutas logo não as devemos desrespeitar.
    Matilde Nazareth n.24 10I

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  24. Stuart Mill defende uma ética consequencialista, ou seja, defende que o valor moral de uma ação se encontra nas consequências que desta advêm. Como tal, esta perspetiva rege-se pelo princípio do utilitarismo, que defende que tudo o que é feito deve trazer o máximo de felicidade para o número máximo de pessoas possível. Como tal, esta teoria é hedonista, uma vez que associa esta felicidade ao prazer, ao bem-estar geral.
    Contudo, como nenhuma perspetiva é perfeita, há objeções que podemos apresentar face a esta ética.
    Em primeiro lugar, este princípio utilitarista acaba por promover a prática de ações imorais. Pensemos no exemplo dado na outra publicação: existem 4 enfermos a precisar desesperadamente de um transplante de órgãos, e neste contexto surge um homem jovem e saudável, Eric, o qual o chefe dos cirurgiões pensa em matar para conseguir salvar os 4 doentes. Esta ação, apesar de ajudar um número considerável de pessoas, não deixa de ser vista como um crime, uma vez que consiste num atentado a uma vida.
    Depois, também podemos dizer que o utilitarismo é excessivamente imparcial. Sendo que por imparcialidade se entende a indistinção de familiares e amigos no que toca a felicidade, podemos dizer que devemos, de forma imparcial, promover a felicidade para o maior número de pessoas possível, segundo o utilitarismo. No entanto, acaba por se mostrar complicado tentarmos agradar a todos, uma vez que temos uma relação diferente com a família e amigos e uma pessoa desconhecida. Naturalmente, as primeiras pessoas que queremos agradar são aquelas mais chegadas a nós e não aquelas que não conhecemos de lado nenhum. A imparcialidade pode levar, portanto, à destruição dos laços afectivos que temos com certas pessoas.
    Por último, ainda podemos afirmar que o utilitarismo exige demasiado do agente moral. As pessoas podem gostar de fazer coisas para seu próprio proveito, como ouvir música ou ir ao cinema, enquanto que o utilitarismo defende que devíamos gastar mais tempo a praticar ações que beneficiassem mais pessoas. No entanto, continua a ser normal o ser humano envolver-se em atividades das quais só ele pode tirar proveito.
    São estas as objeções que podemos colocar à ética consequencialista de Mill.

    André Mota
    N°3
    10°I

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  25. A teoria de Kant consiste em que há deveres absolutos, cujos não podem em circunstância alguma ser violados. Valores esses como não matar, não roubar,não mentir... Porém, existem algumas circunstâncias em que o pensamento de Kant resulta em desfechos completamente desnecessários que poderiam ter sido evitados. Por exemplo, o senhor João, dono de uma padaria, é um grande amigo de António. Num certo dia, a caminho da padaria, o senhor João apanha a mulher de António com outro homem, o Pedro. O senhor João conhece o Pedro. É um grande cliente da padaria, e uma vez, Pedro havia-lhe mostrado a foto da mulher de António e disse-lhe que namorava com ela. Ora, Pedro não tinha culpa, pois nunca teve conhecimento de que ela era casada. Mas o verdadeiro problema vem quando o senhor João se apercebe que tem de contar a verdade, pois acredita que é o correto a fazer. Mas, o senhor João tem conhecimento de que António anda com uma depressão. Além de saber que António está com uma depressão e anda muito em baixo, também não quer contar nada, pois Pedro ao contrário de António tem andado bastante feliz. Recentemente foi promovido no trabalho, e no aniversário recebeu um carro caro que queria há muito tempo. Então, o senhor João depara-se num problema, no qual tem duas soluções: conta a verdade aos dois e age de forma moralmente correta (segundo Kant); ou guarda para ele, pelo menos por enquanto. O senhor João acaba por optar pela segunda opção, guardando para ele e não correndo o risco de o António ficar muito mal e até se poder suicidar; e para além disso arruinava a maré de felicidade de Pedro.
    - Guilherme Bessa - Nº17 - 10ºI

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  26. O utilitarismo de John Stuart-Mill é alvo de várias críticas. Uma das mais frequentes é o facto de que esta ética justifica a prática de ações imorais, pois como o utilitarismo tem como critério de avaliação da moralidade das ações as consequências resultantes desta, uma pessoa pode não seguir regras morais básicas, como “não matar”, e essa ação continua a ter valor moral, desde que tenha como consequência a maior felicidade possível das pessoas por ela afetadas. Outra crítica frequente a esta ética é a sua imparcialidade excessiva - o utilitarismo não distingue os familiares e amigos na promoção da felicidade, porque este enuncia que uma ação tem valor moral se promover a felicidade de modo imparcial para o maior número possível de pessoas; no entanto, as pessoas não se comportam com os seus amigos e familiares da mesma forma que se comportam com estranhos, pois temos maior afetividade com os nossos amigos e familiares do que com as pessoas que não conhecemos e, para além disso, os nossos deveres e responsabilidades para com as pessoas que nos são mais próximas são diferentes, e se seguíssemos sempre este critério da imparcialidade, poderíamos acabar por destruir as relações pessoais que possuímos com as pessoas mais próximas. Por último, o utilitarismo exige demasiado do agente moral, pois há ações que fazemos apenas porque fazem parte do nosso gosto pessoal, como ouvir música ou ir ao cinema, ações das quais apenas o agente da ação beneficia, ou seja, o ser humano não está constantemente a realizar ações com a preocupação de que estas possam beneficiar o maior número possível de pessoas, pois isso seria mentalmente desgastante e iria arruinar as nossas relações pessoais e obrigações familiares.
    Maria Miguel, nº17, 10ºK

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  27. A ética de John Stuart-Mill é vista como sendo consequencialista, ou seja, é uma ética que defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências, logo, uma boa ação é aquela que apresenta as melhores consequências possíveis e devemos procurar agir de modo a que da nossa ação, resulte a maior felicidade/bem-estar possível para as pessoas associadas, ou chamado de utilitarismo.
    Tal como outra teoria, o utilitarismo de Mill foi alvo de várias objeções. A principal é que o utilitarismo justifica a prática de ações imorais, por dar valor às consequências das ações. Um exemplo disto é o exercício usado na Crónica Criminal - "Qual é a justiça de Mill". O chefe de equipa, segundo Mill, deve arranjar uma solução que forneça felicidade a um maior número de pessoas. Porém, ele vai acabar por matar alguém, quer sejam os doentes, ou o paciente jovem, o que é uma ação imoral e incorreta.
    Além disso, o utilitarismo é imparcial, não distinguindo os familiares e amigos na promoção da felicidade. Por termos uma relação de proximidade com estes, as nossas ações não favorecem qualquer estranho que esteja envolvido, portanto se o critério de imparcialidade for sempre seguido, podemos acabar amizades e relações com os nossos familiares e amigos, por conta da responsabilidade e deveres que temos com eles.
    Por fim, o utilitarismo exige demasiado do agente moral. Tendo em conta, neste caso, a ação depende das consequências e do utilitarismo, o agente é sempre pressionado a fazer algo que procure obter mais felicidade e isto leva a que muitas vezes não possa desfrutar da sua vida quando quiser fazer as mais simples atividades, como ouvir música, ir ao cinema.
    Afonso Castelo Branco N2 10J

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  28. A ética utilitarista de Mill é consequencialista.
    As éticas consequencialistas consideram que as ações são moralmente corretas ou moralmente incorretas conforme as suas consequências. A ação deve escolher-se tendo em conta as melhores consequências.
    Para a teoria utilitarista de Stuart Mill, a felicidade é a finalidade última das ações humanas.
    O critério de moralidade é o princípio de utilidade, as ações são moralmente corretas se proporcionam a felicidade ou o bem estar para o maior número de pessoas.
    Ao escolher uma ação deve ponderar-se as suas consequências de felicidade ou bem estar das pessoas afetadas.
    Mariana Cunha n18 10K




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  29. Mill defende o utilitarismo que é um tipo de ética consequencialista, ou seja, Mill defende que a ação moralmente certa é aquela que dá felicidade para a maioria. No entanto, a ética de Mill teve várias objeções, entre as quais o facto de ignorar que há ações más, independentemente das consequências, e isto é uma atitude que pode permitir que essas ações sejam legalizadas.

    Luísa Gonçalves nº20 10ºi

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  30. Stuart-Mill defende o seu princípio básico, que é conhecido como o da Maior Felicidade ou seja define a moralidade em função da "quantidade" de felicidade para o maior número de pessoas e como em qualquer teoria filosófica existem críticas. A principal é que o utilitarismo justifica a prática de ações imorais. Os críticos de Stuart-Mill afirmam que a sua teoria, acaba sempre por prejudicar a minoria ou seja, o direito à vida ou à liberdade, devem ser sacrificados em nome da maximização do bem-estar de muitos e com isso acaba sempre por ser alguém prejudicado.
    Carolina Silva,n6,10I

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  31. A teoria de Mill revela que o princípio moral do utilitarismo é o princípio da utilidade ou da maior felicidade.
    Age sempre de modo a produzir a maior felicidade para o maior número de pessoas se os direitos fundamentais do indivíduo, como por exemplo o direito a vida, ou á liberdade, devem ser sacrificados em nome do bem estar de muitos, a moralidade ao critério da utilidade pode, pôr em causa os direitos individuais e legitimar a instrumentalização dos indivíduos, pode conduzir a consequências moralmente inaceitáveis permitindo graves injustiças.

    Lavínia Paulino nº10 10ºK

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  32. A filosofia moral de kant identifica-se com as éticas deontológicas pois dá prioridade á conformidade da ação ao dever não considerando as consequências da sua realização. Como sabemos a ética de Kant pretende ser formal pois propõe indicar a forma como se deve agir bem em todas as situações.
    Essa forma é dada pelo imperativo categórico e é universal e á priori, isto é,comum a todos os seres humanos racionais e antecede a própria ação. Nao deves matar, roubar ou mentir é um valor absoluto independentemente das circunstâncias e das consequências.
    Alguns autores criticam um rigor formal e o carácter absoluto da moral de Kant. Criticam que o valor das ações dependa exclusivamente de princípios universais e regras formais que se impõem sem considerar a situação e as consequências. Kant afasta-nos do contexto real onde as ações ocorrem. Mesmo que seja o amor, a amizade ou a compaixão por um indivíduo que nos leva a agir, essas ações não teram valor moral pois não respeitam a universalidade, o agir por dever que é fundamental. É muito dificil saber como aplicar a forma do dever em determinadas circunstâncias. Imaginemos que num supermercado vemos um senhor a roubar alimentos e sabemos que está desempregado e que têm em casa os filhos com fome. Como aplicar aqui a norma não deves roubar nem deves mentir.


    N°10 10°j Francisco Tavares

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  33. Immanuel Kant, nascido em 1724, foi considerado um dos mais notáveis filósofos da história da filosofia europeia, tendo vivido na Alemanha, o seu pensamento é produto de uma reflexão crítica sobre as questões fundamentais do seu tempo.
    Reconhecido em vida, como um grande mestre e grande filósofo, cuja obra é considerada ainda hoje como uma das mais importantes de toda a história da filosofia, diz-nos que “ouvir a voz da lei moral é ficar a saber como cumprir de forma moralmente correta o dever”. E cumprir o dever por puro e simples respeito pelo dever é uma exigência que tem a forma de um imperativo categórico, sendo o cumprimento dos deveres uma obrigação absoluta.
    Penso que a sua ética além de rigorosa e muito exigente, parece ser incapaz de resolver situações de conflito moral e não nos apresenta uma solução em caso de conflito de deveres.
    Julgo que, de uma forma geral, as coisas em si mesmas não são boas nem más, sendo o homem que lhes atribui essa designação, e que as emoções e sentimentos também são componentes das decisões humanas, não podendo ser postas de parte. Além de que os valores e a moral variam de acordo com a época e a cultura. Conceder a determinadas normas um carácter universal é negar a diversidade cultural.
    Na nossa vida concreta, encontramos uma grande distância entre o real e o ideal, não me parecendo que a obediência ás regras morais possa ser absoluta, porque nos remete para uma frieza em termos afetivos e emocionais, roubando espontaneidade e humanidade.
    Assim, na minha opinião, a filosofia de Kant apresenta soluções incompletas, carecendo de um equilíbrio entre emoções, sentimentos e razão.
    Carolina Magalhães nº7 10ºI


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  34. Apesar de Stuart Mill apresentar aspetos mais futuristas, como a emancipação de qualquer religião e defender os direitos dos seres vivos ,esta teoria tambem tem aspetos complicados , como saber se os meios justificam os fins, se os direitos do humano, como por exemplo o direito a viver, ou à liberdade, devem ser sacrificados em nome do acomodo de muitos.
    Diogo Trindade 10J N9

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  35. Para kant a ação é correta quando agimos de acordo com um conjunto de leis morais, como não roubar,mentir, matar. Acredita que a ação deve ser julgada pela intenção, mas a teoria torna-se obsoleta quando deparada com uma situação em que são dadas duas opções moralmente incorretas.
    Por ex: se roubar alguem rico que nao note diferença para dar aos pobres todos sairiam felizes,mas se contares a verdade poderia colocar-te em perigo. Ambas alternativas não seriam morais se contarmos com a teoria de kant pois este tem a certeza que roubar é errado, então podemos concluir que nem em todos os dilemos com os quais nos deparamos a filosofia de kant pode ser considerada válida.
    Diogo Trindade 10J N9

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  36. Kant defende que é na intencionalidade do agente, enquanto sujeito dotado de razão, consciência, vontade e liberdade que encontramos o fundamento para a moralidade. A intenção boa reside na vontade consciente e boa de um agente que sabe o que deve fazer.
    Mas existem algumas críticas à perspetiva de Kant. Alguns autores criticam o seu rigor formal e carácter, como fazer depender a validade das ações exclusivamente de princípios universais e regras formais que se impõem incondicionalmente afasta-nos do contexto real e diverso em que as ações se denrolam. Em seguida, dado que as intenções puras não derivam senão da adesão da vontade à razão, por mais sinceros que sejam os sentimentos de piedade, de amor ou amizade que um indivíduo sente por outro, as suas ações não serão válidas se a sua vontade encontra neles o motivo da sua ação. Por fim, é muito difícil saber como aplicar a forma do dever em determinadas circunstâncias, há situações em que regras igualmente absolutas são incompatíveis.^

    Maria Miguel Pinheiro, nº23, 10ºI

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  37. Apesar da procura da felicidade da maioria ser um princípio nobre, a teoria de Mill é excessivamente imparcial. Ignora sentimentos naturais do ser humano de afeição para com os seus familiares, amigos, e o respetivo senso de responsabilidade que naturalmente sentimos para com eles, de cuidar deles. Seguir este critério certamente acabaria por destruir relações que temos com as pessoas de que gostamos, já que exige que ponhamos de lado todo esse sentimento ao deliberar as nossas decisões, focando-nos na "maioria".

    Bianca Carvalho nº23 10ºK

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  38. O filósofo utilitarista Stuart Mill defende que o máximo bem a promover numa sociedade deverá ser a felicidade de todos e de cada um . O que faz com que as nossas ações valham a pena, isto é, o que faz com que elas sejam boas ou moralmente corretas é a possibilidade de contribuírem para esta felicidade, sendo que elas estarão erradas se tenderem a produzir o reverso da felicidade.
    Podemos então dizer algumas objeções à perpetiva de Mill, ao afirmar que a única prova que pode ser apresentada para assegurar que algo é desejável é que as pessoas o desejem, este filósofo é acusado de incorrer na falácia naturalista, a passagem indevida do desejado para o desejável. Por outro lado, nem tudo o que uma maioria deseja será desejável.
    A ética utilitarista é demasiado ambiciosa e exigente. O princípio da felicidade para o maior número, sendo incompatível com o egoísmo, exige o altruísmo. Alguns autores argumentam que a preocupação constante pelo bem-estar da maioria implica, geralmente, um descurar de projetos pessoais e familiares que compromete a felicidade individual.
    Por fim, verifica-se, segundo alguns autores, uma incompatibilidade entre o princípios do utilitarismo e a ideia de justiça.

    Maria Miguel Pinheiro, n°23, 10°I

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  39. Catarina Paes de Carvalho7 de maio de 2020 às 09:00

    Para mim, a maior objecção ao utilitarismo é a justificação das práticas imorais. Por exemplo, raptaram a família de um amigo próximo de um individuo rico e importante, Pedro.Para soltarem, é exigido que ele mate o amigo que os tinha denunciado por outro crime. Segundo Mill, o mais acertado seria matá-lo, já que não tinha família viva que pudesse sofrer com a perda e, assim, a mulher e os quatro filhos de Pedro podiam sair em liberdade. Matar o amigo, no meu ponto de vista, é injustificável . Mas se o tribunal que julgasse os actos de Pedro seguisse a teoria de Mill, ele sairia em liberdade, mesmo depois de ter assassinado outro ser humano!
    A prática desta teoria nunca poderia servir o ideal de sociedade e valores que a sociedade pretende.
    Catarina Paes de Carvalho n31 10I

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  40. Como sabemos a ética de John Stuart-Mill é consequencialista, ou seja, o valor moral da ação depende das consequências da mesma. Se a consequência de uma determinada ação trouxer o máximo de felicidade ao maior número de pessoas possíveis, então a ação é considerada moralmente correta.
    Contudo a ética de Mill está também sujeita a críticas/objeções entre elas , o utilitarismo justifica a prática de ações imorais, pois a ética de Mill apenas dá importância às consequências da ação, por mais graves que as sejam . Ex : O João assaltou o seu amigo porque estava desesperado por dinheiro ( Esta ação segundo Mill pode ser correta, pois a sua consequência traz felicidade não só ao João mas também aos seus familiares pois vai melhorar a sua situação económica, contudo esta ação desrespeita as regras morais básicas) ; o utilitarismo é excessivamente imparcial (não distinigue familiares e amigos na promoção da felicidade), ou seja, esta teoria afirma que se deve promover a felicidade de um modo imparcial (se a consequência da minha ação for muito positiva para 70% das pessoas no nosso país, então essa será moralmente correta, independentemente que os meus familiares e amigos discordem da minha decisão), mas este tipo de decisões pode trazer consequências bastante negativas, pois acabara por destruir as relações pessoais que tenho com os meus colegas/familiares; por último temos que o utilitarismo exige demasiado do agente moral, isto é, devemos tomar as decisões baseadas na maior felicidade possível. Ex : Vou sair às noite com os meus amigos a uma discoteca (esta ação só vai trazer felicidade a mim e aos meus amigos, podendo optar assim por outra decisão para englobar um maior número de sujeitos em questões de felicidade.
    Podemos concluir assim que a teoria de Mill não é totalmente correta, podendo apresentar objeções e consequências negativas.

    David Ribeiro da Silva n.º9 10.ºI

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  41. A teoria utilitarista defendida por Stuart Mill contém bastantes pontos fortes porém há objeções e críticas face a este ponto de vista. Um dos pontos fracos desta tese prende-se com a impossibilidade de medir as consequências, por outras palavras, nem sempre pudemos guiar-nos por esta tese para todas as nossas ações, pois uma ação que possa ter uma consequência boa pode revelar-se má, tornando, de acordo com Mill, a ação imoral. Além disso, com esta teoria os fins a atingir justificam os meios - por exemplo, no caso do médico que para salvar quatro pessoas tem de matar uma, apesar de tar a salvar quatro pessoas (fim) produzindo mais felicidade, está a pôr fim à vida de uma pessoa inocente (meio), valorizando assim as consequências independentemente dos meios.
    Em suma, esta teoria tem algumas falhas pois é imparcial e aceita certos meios para se chegar aos fins.
    Frederica Pinto, n.13, 10k

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  42. A ética de Stuart Mill é uma ética utilitarista, isto é, uma ação é moralmente correta se contribuir para a felicidade do máximo de pessoas possível. No entanto, esta ética só olha para a consequência da ação, não para o "meio" dessa ação. Por isso, se uma ação contribuir para a felicidade de muita gente, mas a maneira como se chegou a essa ação foi incorreta, a ação continua a ser moralmente correta.
    Por exemplo, um senhor mata 5 pessoas para salvar 10. Do ponto de vista de Mill, esta ação seria correta por trazer felicidade às 10 pessoas que sobreviveram, mas então e as outras 5 pessoas que o senhor matou? Esta ética mostra que se calhar também é melhor olhar aos meios e não apenas aos fins, porque não importa quantas pessoas ficaram felizes no fim, se muitas tiveram de sofrer no meio, pelo menos para mim.

    Madalena Carvalho 10J, N20

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  43. As objeções à Ética Kantina, começam através de o facto de que não se resolve conflitos entre deveres, isto é, esta teoria não nos permite decidir no caso de o dever. Esta teoria é uma desculpa à negligência bem-intencionada; ignora as consequências das ações para a sua classificação moral é contraintuitiva quando o agente, apesar da sua intenção boa, a do cumprimento do dever, é tão descuidado que origina consequências desastrosas devido à sua incompetência e ignorância. Não esquecendo que ignora o papel das emoções na moralidade, a teoria considera moralmente irrelevantes os aspectos emocionais das nossas ações, sentimentos, como a piedade, a generosidade, que, para algumas pessoas, são morais.
    Beatriz Rocha 10ºI nº29

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  44. A teoria de Stuart Mill incita que não devemos olhar a meios para atingir fins, desde que estes contribuam para a felicidade do maior número de pessoas possível. Ora, na minha perspetiva não se deve guiar as nossas ações por uma quantificação utópica. É naturalmente muito bonito pensar que fazemos parte de uma sociedade altruísta e justa, porém o ser humano é um ser que constrói relações afetivas muito fortes, e atrevo-me a dizer que são um dos pilares para a vida saudável de qualquer pessoa e tendo isso em conta, nunca será possível alguém escolher a felicidade de 20 desconhecidos acima da felicidade de 10 familiares ou amigos. Está claro que uma ação ser considerada imoral não implica que seja criminosa, ou seja, pode haver quem prefira viver de forma imoral sem ser um fora-da-lei mas não considero correto viver num mundo onde se menosprezam os direitos humanos para alcançar um objetivo "para o bem maior" nem aceito que os laços afetivos interpessoais sejam postos em causa.

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  45. Stuart Mill defende uma ética consequencialista, isto é, Mill defende que a ação moralmente certa é aquela que tem boas consequências o que leva à felicidade da maioria .Contudo esta ética de Mill tem várias críticas, por exemplo o facto de ser permitido agir de forma incorreta, independentemente do valor das consequências dessa mesma ação.
    Constança Melo nº2 10ºK

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  46. O utilitarismo de Stuart Mill revela dificuldade em quantificar os prazeres e as dores;
    Dificuldade em prever as consequências da ações e a possibilidade de legitimar a
    realização de ações que todos consideramos objetivamente más, independentemente
    de outras quaisquer considerações. Com efeito o utilitarismo pode conduzir a
    consequências moralmente inaceitáveis permitindo graves injustiças em nome da
    felicidade do maior número de pessoas. Esta ética não olha a meios para atingir os fins
    sendo uma teoria que facilmente instrumentaliza/manipula as pessoas.
    Carolina Almeida Nº21 10ºJ

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  47. Mill tem uma ética consequêncialista, ou seja o que tem importância é o resultado da ação, como por exemplo o caso anterior, onde segundo Mill deveria-se sacrificar Eric para salvar as outras 4 pessoas, Eric não tem nada a haver com elas, no entanto se elas subreviverem um maior mumero de pessoas ficará agradada.
    Nazaré n12 10k

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  48. Apesar de muito apreciada, a teoria de Stuart Mill é alvo de algumas críticas. Primeiramente, já que a ética de Mill dá maior importância às consequências das ações de forma a avaliar a sua moralidade, ela justifica a realização de ações imorais. O não cumprimento de normas morais é permitido por esta ética desde que tragam consequências positivas para o máximo número de pessoas. A imparcialidade é também um aspeto muito presente na ética de Mill: o valor que uma pessoa tem para o agente não é tido em consideração ao julgar a ação como moral ou imoral. No caso de seguirmos o critério impacial do utilitarismo, uma das possíveis consequências seria a destruição das nossas relações com amigos e familiares, já que ignoramos os sentimentos recíprocos criados naturalmente entre as pessoas.

    Francisco Matos, nº4 10ºK

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  49. Tal como qualquer outra teoria, o utilitarismo defendido por Stuart Mill foi rebatido por vários argumentos que se opunham às suas características. Este filósofo é, portanto, visto como um consequencialista, já que a sua ética se sustenta em julgar a moral de uma ação relativamente às suas consequências; assim, segundo o utilitarismo, a moral de uma determinada ação depende apenas da quantidade de felicidade e bem-estar que esta traz, não levando em conta a possível imoralidade de um meio que pode ser necessário para atingir um certo fim. Logo, esta teoria apresenta alguns pontos fracos devido ao seu carácter conciso e imparcial; por exemplo, esta moral não toma em consideração a hierarquização de valores diferente para cada indivíduo, ou como o conceito de felicidade é relativo para cada pessoa. Esta forma de proceder pode também sacrificar os interesses de um certo grupo minoritário em favor de outro mais numeroso, da mesma maneira que esta ética ignora o facto de que certas ações são inerentemente más e imorais, pois só estão a ser considerados os resultados finais de uma determinada ação e não a moralidade dos atos que podem ser cometidos para chegar a esses desfechos.

    Inês Menezes, nº15, 10ºJ

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  50. John Stuart Mill é um consequêncialista, pois , para Mill o que importa de uma ação é que a sua consequência cause maior felicidade e bem estar para o maior número de pessoas. Porém, às vezes para se dar felicidade a outras pessoas temos de projudicar outras. Logo, isso faz com que por vezes se pratiquem ações imorais e que não se cumpram os direitos humanos, como por exemplo direito à liberdade e direito à vida.

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  51. John Stuart Mill é um consequêncialista, logo , para Mill o que importa é que a consequência de uma ação dê maior felicidade e bem estar para o maior número de pessoas possível. Contudo, às vezes para se dar felicidade para umas pessoas temos que projudicar outras, logo, estas ações podem fazer com que se concretizem atos imorais e que façam por vezes com que não se cumpram os direitos humanos, como por exemplo o direito à vida e o direito à liberdade.

    Afonso Silva Nº30 10ºJ

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  52. Objeções a Mill:
    1. A impossibilidade de medir as consequências leva-nos a concluir que o critério da utilidade não pode orientar todas as nossas escolhas morais, porque uma ação que nos parece boa pode vir a ser má, caso tenha consequências negativas, impossíveis de prever.
    2. Desculpa a negligência bem-intencionada; ignorar as consequências das ações para a sua classificação moral é contraintuitivo quando o agente, apesar da sua intenção boa e de querer cumprir o dever por dever, origina consequências desastrosas.
    3. Ignora o papel das emoções na moralidade; a teoria considera moralmente irrelevantes os aspetos emocionais das nossas ações e os sentimentos, como a piedade e a generosidade, que, para muitas pessoas são claramente morais.
    4. Há valores que não são relativizáveis, como os direitos humanos. No entanto, o utilitarismo admite exceções às normas morais (princípio da utilidade). Isto pode levar à violação de direitos fundamentais das pessoas, como a liberdade, em nome da felicidade global. Para além disto, no utilitarismo, os fins justificam os meios, o que pode levar a excessos como a imposição de um regime totalitário, desde que contribuísse para o aumento da felicidade global.

    Afonso Abreu 10ºF nº1

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  53. Francisco Paes de Carvalho8 de maio de 2020 às 10:52

    Kant defende uma teoria deontológica, que afirma que uma ação moralmente correta depende do cumprimento do imperativo categórico. Na minha opinião, existem algumas lacunas nesta teoria, como o facto de não conseguir dar uma resposta concreta quando nos vemos obrigados a escolher entre duas ações moralmente incorrectas, sendo esta a principal crítica à ética kantiana. Por exemplo, digamos que durante uma operação policial, o carro do agente fica completamente danificado, sendo impossível a sua utilização. O agente recebe um pedido de ajuda para o desarme de uma bomba que poderá matar alguns inocentes num centro comercial e os restantes colegas vão demorar mais tempo que ele até lá chegar.É função dele e do colega gerir a evacuação, mas estão impossibilitados de chegar lá pois não têm uma viatura operacional. O tempo está a contar e é urgente chegar ao local. O polícia está perto de um hotel, onde vê um senhor a dar as chaves a um empregado para que este arrume o veiculo. Podia facilmente roubá-lo e ir para o centro comercial. Não há tempo para formalidades e para falar com o proprietário.
    Segundo Kant, roubar seria uma ação moralmente incorrecta, mas deixar que um possível cidadão morra da expulsão também seria incorrecto. É neste tipo de questões que a ética kantiana não apresenta nenhuma solução.
    Francisco Paes de Carvalho n11 10F

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  54. Apesar de John Stuart-Mill ter apresentado a sua ética utilitarista e os seus princípios, sua teoria (como todas) é alvo de várias objeções. Em primeiro lugar, sabemos que a sua tese defende que uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a que produz mais felicidade global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Mill não acredita no valor absoluto de normas morais dando sim mais importância às consequências de uma ação. Por isso mesmo, esta teoria justifica a prática de ações morais. É bastante fácil de observarmos isto quando analisamos a situação do «Caso Truman». Apesar do presidente americano ter violado a norma “Não matarás”, este salvou muitas mais vidas do que matou, salvando milhares de pessoas e causando menos sofrimento, ou seja, mais felicidade, sendo isso o pretendido pelo filósofo. Em segundo lugar, a teoria utilitarista diz que devemos ser imparciais nas nossas ações, sendo que a felicidade de uma pessoa é tão importante como a de outra. Ora, esta imparcialidade é excessiva, pois todo e qualquer ser humano tem mais afinidade com uma ou outra pessoa e sempre irá tratar estas de uma forma diferente. Se adotássemos este critério utilitarista, iríamos provavelmente destruir relações pessoais. Por fim, esta tese é mentalmente desgastante e exige demasiado do agente moral. Nenhum ser humano consegue realizar a todo o momento ações que proporcionem uma felicidade a um maior grupo de pessoas. Existem tarefas que nos são mais agradáveis realizar ou são simplesmente obrigações e não resultam na felicidade geral, como a simples atividade de ouvir música.
    Francisco Guedes nº10 10ºF

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  55. A teoria de John Stuart Mill, conhecida pelo nome de utilitarismo, é uma teoria ética consequencialista pois defende que o valor moral de uma ação depende das suas consequências ou resultados. Não há acções intrinsecamente boas. Para o utilitarista, as ações são moralmente correctas ou incorrectas conforme as consequências: se promovem imparcialmente o bem-estar, são boas. Só as consequências as tornam boas ou más. Assim sendo, não há, para o utilitarista, deveres que devam ser respeitados em todas as circunstâncias. Não há deveres morais absolutos.
    Propõe um ideal moral: a felicidade de todos os Homens, e não apenas a própria, identifica o imperativo moral utilitarista com o mandamento cristão não faças aos outros o que não gostarias que te fizessem a ti e ama o teu próximo como a ti mesmo, indica um ideal jurídico-político: o bem comum ou a felicidade global e sugere um ideal pedagógico: a formação de indivíduos solidários, empenhados em promover o bem comum e a felicidade de todos

    António Freitas n2 10F

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  56. A teoria de Kant é rigorosa e exigente, defende que as regras morais são absolutas e devem ser respeitadas incondicionalmente. As ações moralmente boas são aquelas que cumprem o dever pelo dever, não estando por isso dependentes dos objetivos a atingir. No entanto, existem inúmeras situações na vida em que temos de "violar" essas regras morais, ditadas pela nossa consciência racional. Um exemplo é o caso dos pescadores holandeses que mentiam para salvar vidas. Para Kant, este comportamento não pode ser considerado moralmente bom porque não cumpre o dever pelo dever. Mas impediu a morte de muitos inocentes, logo desrespeitar a norma "não mentir", nesta situação, não pode ser considerado moralmente incorreto, significando, assim, que as regras morais não são absolutas e independentes das circunstâncias. Por outro lado, a teoria Kantiana revela-se incoerente e incapaz de resolver situações de conflito moral pois, no caso acima referido, qualquer que fosse a hipótese adotada, ambas seriam moralmente incorretas e proibidas "não mentir" e "não matar". Kant defende o cumprimento do dever como um fim em si mesmo e não em virtude de determinadas consequências. Ora se assim fosse, teríamos de aceitar aqueles que matam "sem querer" porque não eram essas as suas intenções. Kant defende ainda o agir sem ter em conta as emoções. Mas, a própria ciência nos diz que existe uma ligação entre o racional e o emocional, não podendo as ações serem consideradas moralmente incorretas só porque todo o comportamento humano acarreta emoções. Pensemos nas relações humanas que se constroem com base em sentimentos como o amor e a amizade. Esta teoria, ao rejeitar que as nossas obrigações morais se baseiam em bons sentimentos, torna-a desumana.
    Helena Rocha nº27 10ºF

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  57. Kant apresenta uma teoria deontológica, isto é, devemos agir sempre por dever e obedecer ao imperativo categórico e que devemos agir pela razão, e só pela razão. No entanto, esta ética apresenta algumas falhas. Esta teoria nem sempre permite resolver conflitos entre deveres morais, em alguns casos, apenas existe uma solução que cumpre as exigências de Kant, mas existem situações em que é necessário optar. Outra crítica apontada à ética de Kant, é o facto de esta dar às emoções um papel insignificante na avaliação moral das ações. Neste ponto de vista, a ética de Kant revela ser demasido exigente. De acordo com Kant, os sentimentos morais não influenciam de forma alguma as nossas decisões e ações. Por último, esta teoria também é criticada por originar situações difíceis de defender. Para Kant, as consequências de uma ação não a definem como correta ou incorreta, o que conduz a situações algo absurdas. Verificamos que a teoria ética de Kant não saberia responder a uma situação de caso-conflito, porque proíbe ambas as possibilidades de ação - mentir ou deixar matar inocentes- por estas se revelarem moralmente incorretas.
    Como afirma Peter Singer: "Em circunstâncias normais pode ser um mal mentir, mas no caso de uma pessoa que vivesse na Alemanha nazi e a quem a Gestapo batesse à porta à procura de judeus, por certo seria correto negar a existência de uma família escondida nas àguas furtadas."

    Pedro Casanova nº24 10ºF

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  58. A principal objeção á ética kantiana é o facto de esta não ter resposta a situações de conflito moral. Imaginemos a seguinte disposição: escondemos em casa uma pessoa – a Isabel. Depois, uma segunda pessoa – a Maria, pergunta-nos se sabemos onde está a Isabel. Sabemos que a Maria está muito zangada e quer bater na Isabel. No entanto, a Isabel não tem culpa nenhuma. Será que devemos mentir para proteger a Isabel de um castigo injusto? Segundo Kant mentir seria uma ação contra o dever moral. No entanto, deixar que inocentes sofressem também o seria. O que seria então correto fazer se ambas as possibilidades são aparentemente proibidas? A verdade é que a teoria ética de Kant não tem realmente uma resposta moralmente válida a esta questão.
    Benedita Eisele nº5 10ºJ

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  59. Mill defende uma ética consequencialista, isto é, Mill defende que a ação moralmente certa é aquela que tem boas consequências o que leva à felicidade da maioria. esta teoria, encontra algumas falhas. A teoria ignora o papel das emoções na moralidade, ou seja, a teoria considera moralmente irrelevantes os aspetos emocionais das nossas ações, como a piedade e a generosidade. Outra critica que se pode fazer é há valores que não são relativizáveis, por exemplo os direitos humanos, o utilitarismo admite exceções as normas morais. No utilitarismo, os fins justificam os meios, o que leva a poder haver excessos como a imposição de um regime totalitário, dês que satisfaça a maioria da população.
    Pedro Soares Nº25 10ºF

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  60. A ética de Kant respeita um conjunto de regras morais, entre elas, temos o dever de não mentir e uma ação só é moralmente correta quando é uma ação feita por dever, porém, existem objeções a esta teoria, a ética Kantiana é incapaz de resolver situações de confilito moral. Quando uma pessoa se encontra perante 2 opções, sendo ambas moralmente incorretas, por qual deve optar?
    Imaginemos que um rapaz esta a ser culpada injustamente por um crime que não fez, e ele pede para eu o ajudar, escondendo-o em minha casa, passado uns dias a policia aparece em minha casa porque suspeita o rapaz que esteja la, eu tenho duas opções: dizer que estava a esconder o rapaz, sabendo que tanto eu como o rapaz vamos ser punidos por isso, ou mentir e dizer que ninguem esta lá. Segundo a ética de Kant, a segunda opção é moralmente incorreta, mas será moralmente justo, deixar um rapaz inocente ser punido por um crime não praticou?
    Com este exemplo conseguimos perceber que nem sempre é moralmente correto cumprir a ética Kantiana.
    Gonçalo Alves nº12 10ºF

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  61. Mill defendia uma teoria utilitarista, mas como qualquer outra teoria esta tinha objeções e criticas. Primaramente, o utilitarismo justifica a prática de ações imorais, critica-se a partir deste ponto porque o utilitarismo dá apenas relevancia às consequências das ações enquanto critério para avaliarmos a moralidade das mesmas, os críticos criticam o facto de um utilirista defender que uma pessoa pode desrespeitar regras simples como «não matar» ou «não mentir» desde que isso provoque satisfação à maioria das pessoas. Em segundo lugar, o utilitarismo é extremamente imparcial, isto é, como o objetivo é proporcionar felicidade ao maior número de pessoas, não atendemos às nossas relações pessoais (amigos e família) e podemos perdê-los, sendo isso uma razão de critica. Por último, há valores que não são relativizáveis, como os direitos humanos, o utilitarismo admite exceções às normas morais (princípio da utilidade), isto pode levar à violação de direitos fundamentais das pessoas, como a liberdade, em nome da felicidade global; para além disto, no utilitarismo, os fins justificam os meios, o que pode levar a excessos como a imposição de um regime totalitário, desde que contribuísse para o aumento da felicidade global.
    Margarida Rodrigues, 10 ºF

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  62. A ética deontológica de Kant, defende que a única alternativa de um ato ser moral é cumprir o dever por dever. Ora, sendo este extremamente rigoroso e formal, não é amigável à resolução de dilemas. Isto acontece, porque as regras morais deste filósofo são absolutas sem qualquer tipo de exceções ou condições no nosso quotidiano.
    Imaginemos a seguinte ocasião: Avistamos um rapaz aflito a correr na rua e vemo-lo a entrar numa casa abandonada. De seguida, um homem suspeito com uma arma na mão pergunta-me se o vi e se sim, onde se encontra. Segundo Kant, se dissesse a verdade ao homem, estava a cumprir a moral absoluta de "não devemos mentir", mas ao mesmo tempo as consequências desta, iriam provavelmente resultar da morte do rapaz. Mas, se mentir e disser ao homem que nunca vi nenhum rapaz nos últimos tempos, provavelmente salvaria-lhe a vida, mas sujeitar-se à mentira é uma coisa que Kant jamais permitiria. Dado este exemplo, conseguimos justificar o que foi dito primordialmente. Todas as éticas têm objeções, no caso da Kantiana, é incapaz de resolver situações de conflito moral.

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  63. Objeções à Ética Kantiana

    – Não resolve conflitos entre deveres, a teoria não nos permite decidir no caso de o dever, pelo imperativo categórico e a regra da generalização, nos obrigar a uma ação e a outra incompatível com ela, pois os deveres são sempre categóricos.
    – Desculpa a negligência bem-intencionada, ignorar as consequências das ações para a sua classificação moral é contraintuitivo quando o agente, apesar da sua intenção boa, a do cumprimento do dever, é tão descuidado que origina consequências desastrosas devido à sua incompetência e ignorância.
    – Ignora o papel das emoções na moralidade, a teoria considera moralmente irrelevantes os aspectos emocionais das nossas ações, sentimentos, como a piedade, a generosidade, que, para algumas pessoas, são claramente morais.
    Beatriz Fraga 10ºF

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  64. A ética deontológica de Kant defende que a moral da ação reside nas suas intenções e não nas suas consequências. Esta é uma teoria com um carácter formal e absoluto, obedecendo a um imperativo categórico que corresponde ao conjunto de normas morais incondicionais ditadas pela razão do sujeito. Contudo, como cada teoria, os críticos levantam importantes objeções aos argumentos estruturados e absolutos de Kant. Primeiramente, esta teoria não resolve situações de conflito moral. Possuindo a lei moral kantiana forma de imperativo categórico, existem regras orais absolutas que devem ser cumpridas sob qualquer circunstância. No entanto, o que sucede quando as nossas possibilidades de agir são ambas moralmente corretas? Qual se sobrepõe? E porquê? Consideremos uma situação hipotética em que o indivíduo necessita optar entre mentir ou condenar uma vida inocente, segundo a teoria utilitarista este dilema moral não teria resposta, pois ambas as ações são moralmente reprováveis. Esta teoria também absolve a negligência bem-intencionada, uma vez que ignorar as consequências das ações para a sua classificação moral é contra intuitivo quando o agente, apesar da sua boa intenção provoca certas consequências que agindo de outra forma poderiam ter sido evitadas. Também as emoções e os sentimentos são componentes essenciais da natureza humana, não podendo ser descartados. A ética kantiana ignora o papel das emoções na moralidade, considerando moralmente irrelevantes os vínculos afetivos e os aspetos emocionais das nossas ações onde sentimentos como a piedade, a generosidade e o carinho, nos influenciam.
    Concluindo, todos os argumentos pressupõem um contra argumento e todas as teorias estão sujeitas a ser criticadas, incluindo a de Kant, não havendo nenhuma que seja a correta, pois se assim fosse, deixaria de ser uma questão filosófica.
    Emma Varone nº7 10ºF

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  65. A ética utilitarista de John Stuart-Mill, como qualquer teoria filósofa, foi objeto de várias críticas. Comecemos por falar da objeção de impossibilidade de medir as consequências, em muitas circunstâncias concretas, é impossível saber quais as consequências das nossas decisões. Se no momento em que temos que tomar uma decisão não pudermos saber quais consequências que decorrerão da nossa ação, então o critério da utilidade não pode orientar todas as nossas escolhas morais, porque uma ação que nos parece boa pode vir a revelar-se má, caso esta venha a ter consequências negativas que não podemos prever. Outra grande impugnação a esta ética é o facto desta ser absolutamente imparcial, o valor das relações pessoais são portanto irrelevantes, destruindo assim muitos laços. No que toca ao utilitarismo, este exige demasiado do agente moral, pois segundo Mill temos de estar constantemente a pensar na felicidade do maior número de pessoas, tornando-se mentalmente desgastante por não podermos por vezes viver a nossa vida em função apenas de nós proprios, estariam portanto arruinadas as nossas relações pessoais e as nossas obrigações familiares. Por último, sendo esta teoria consequencialista, as ações designadas naturalmente de imorais como não mentir e não matar, na perspetiva do crítico utilitarista, podem ser desrespeitadas e, ainda assim, agir moralmente, desde que a ação proporcione o maior número de pessoas felizes.

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  66. A teoria de Stuart-Mill é também alvo de várias objeções. Primeiramente, é sabido que a sua teoria defende a utilidade da ação, ou seja, a ação é melhor, quão maior for a sua utilidade. Por outras palavras, a melhor ação é aquela que traz maior felicidade global. Mill não acredita que as ações têm um valor absoluto, dando assim mais importância às suas consequências. Noutro ponto de vista da minha opinião, tendo em conta que cada ser humano tem mais ou menos afinidade com um certo ser humano, a teoria utilitarista não pode ser posta totalmente em prática pois esta diz que devemos ser imparciais nas nossas ações, o que é praticamente impossível pois, como já referi anteriormente, todo o ser humano tem maior ou menor afinidade com outro ser humano. Concluo portanto que esta teoria é muito difícil de ser constantemente posta em prática pois o ser humano não consegue decidir em todas as ações que faz, se está a fazer o que vai trazer felicidade a um maior número de pessoas.
    Rodrigo Alves nº26 10ºF

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  67. Immanuel Kant defende uma ética deontológica em que o valor moral de uma ação reside em si mesma e não nas suas consequências. Para Kant uma intenção tem valor moral quando o propósito do agente é cumprir pelo dever.
    Com isto, a crítica mais frequente à moral kantiana é que esta é incapaz de resolver situações de conflito moral. Imaginem que protegíamos, durante a Segunda Guerra Mundial, uma judia em nossa casa e que um homem da Gestapo batia à porta e perguntava diretamente se estamos a abrigar judeus. Temos teríamos duas hipóteses: mentir e proteger uma vida inocente ou dizer a verdade e encaminhar uma pessoa para a morte. Ora, Kant não conseguiria responder a esta situação de conflito, pois, segundo este, ambas as hipóteses são moralmente incorretas, na medida em que quebram valores morais absolutos como "não mentir" e "não matar".
    Para além disso, este filósofo descarta emoções e sentimentos quando, na verdade, sabemos que são componentes essenciais da natureza humana. Kant ignora sentimentos como a compaixão, a simpatia e o remorso, pois estes impediriam a universalidade da moral que Kant defende. Há muitos sentimentos, como estes, que para Kant poderiam ser considerados amorais e que, para muitas pessoas, estão na base de ações genuinamente morais.
    Carolina Torrinha
    N°19
    10°F

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  68. A partir da teoria consequêncialista de Mill, que defende que o valor moral das ações depende apenas das suas consequências, visando a felicidade do maior número de pessoas possível de forma imparcial são detetadas várias objeções. Assim, ao analisar esta teoria não deixo de verificar que, a imparcialidade, por ele adotada, é excessiva, visto que, numa situação de desespero em que tivessemos de escolher naquele segundo entre a vida de um irmão ou de duas pessoas, sendo o ser humano impulsivo e sentimental, o mais provável era este salvar o irmão pela relação que tem com ele. Para além disto, a ética de Mill justifica o uso do desvalor, não olhando a meios para atingir certos fins. Portanto, se alguém roubasse um pão a uma mulher que apenas tinha esse alimento para dar aos seus três filhos nesse dia, a fim de o dividir entre um jantar com seis amigos, segundo o filósofo o ato de "roubar", neste caso, seria justificado. Para além disto, esta teoria aceita a existência do "Bode espiatório", ou seja, também tendo em conta ao caso apresentado, a mãe e os filhos teriam de ser sacrificados pelo "bem maior". Concluindo, na minha opinião a ética de meios de Stuart-Mill é injusta.
    Joana Gagliardini, 10ºf

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  69. Reuni um conjunto de objeções à teoria kantiana. De entre as quais, destaco primeiramente o facto de não resolver conflitos morais. Tomando como exemplo uma situação como à da 2.ª Guerra Mundial, de perseguição aos judeus: a minha amiga hebraica pede-me asilo, pois receia ser capturada e enviada para holocausto. Eu ajudo-a, mas no dia seguinte batem á minha porta, e perguntam se a vi. Devo mentir para ajudá-la, uma vez que sei o seu destino? Segundo Kant, as regras morais são absolutas e devem ser respeitadas incondicionalmente, e que portanto eu não deveria nunca mentir sobre a localização da minha amiga. No entanto não é desejável o destino que lhe esperará se eu a denunciar e estaria a “enviá-la para a morte”, violando assim a máxima “não matarás”. Qualquer uma das decisões vão contra as regras morais absolutas estipuladas. Em segundo lugar, negligencia a efetividade das ações, caracterizando como irrelevantes os aspetos emocionais da ação, como generosidade, compaixão ou pena (que são sentimentos morais). Uma vez que Kant defende que devemos cumprir com o dever porque é o dever, e não por influência das nossas emoções, a sua ética desvaloriza os sentimentos moralmente corretos. Por fim, a ética kantiana dita que o valor moral da ação está na sua intenção, ignorando assim as consequências da mesma. Mas se assim fosse, seria moralmente correto a exerção de uma ação por um agente com uma boa intenção, que estivesse a cumprir o dever pelo dever, mesmo que essa mesma ação tivesse consequências desastrosas…
    Do meu ponto de vista, estas críticas á teoria kantiana fazem suscitar várias dúvidas em relação á validade e coerência da mesma.
    Inês Guimarães 10.º F 23

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  70. No mundo de Kant, as regras não prevêem qualquer condicionante, apenas há leis que têm que ser universais, ou seja, é uma obrigação, um dever generalizado. É evidente que isto cria objeções à sua ética deontológica. Embora seres de um universo, temos aspetos emocionais nas nossas ações, sentimentos como a piedade, a generosidade, que são inclinações nossas, que são irrelevantes para o filosofo. Esta é a primeira objeção, que não tem em conta os sentimentos e emoções. Passando à segunda objeção, constatamos que Kant ignora as consequências das ações, rejeitando qualquer possibilidade de ir contra o dever, originado, assim, por vezes, efeitos desastrosos. Por fim, entramos na terceira critica, afirmando que a sua ética não resolve conflitos morais. Mesmo havendo para o agente obrigações, condutas, deveres, a vida confronta-nos a cada momento com situações em que, para nos orientar-nos e resolvermos os problemas, existe o lado racional, às vezes, até emocional, que têm de por de lado a máxima do dever. Constança nº6 10F

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  71. Em primeiro lugar, é afirmado que este filosofo descarta completamente as consequências das ações, tendo apenas uma visão nas intenções com que é praticada, rejeitando qualquer possibilidade de este ato ir completamente contra o dever. Por vezes, isto conduz a consequências desastrosas, afetando os que nos rodeiam. A segunda critica baseia-se no facto de Kant por de partes as inclinações e sentimentos do praticante. Mesmo que isto seja algo sem valor para o filosofo, no meu ponto de vista, nenhuma ação deve ser praticada apenas por ter de ser cumprir aquele dever, mas sim pelo facto de o praticante se sentir bem a faze-la e considera que lhe vai transmitir felicidade. Por ultimo lugar, esta teoria não extingue conflitos morais. Por vezes a vida desafia-nos a tomar certas decisões, que nem sempre cumprem o dever, e que mais facilmente vão revolver os nossos problemas, de forma a que ficamos com uma consciência mais tranquila.
    João Almeida 10F nº17

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  72. A teoria ética de Mill apresenta como princípio moral a felicidade em grande número. Contudo, há várias objeções e críticas apontadas a este conceito. Temos como um dos aspetos mais controversos o saber até que ponto “os fins justificam os meios”, isto é, se os direitos básicos e indispensáveis ao indivíduo, como o direito à vida, liberdade, proteção, etc., devem ser sacrificados em nome de um grande número de pessoas. Esta teoria viola a moralidade conhecida por todos, uma vez que põe em causa os direitos individuais e legitima a instrumentalização dos indivíduos. Haverá inevitavelmente uma hierarquização de prazeres e interesses que terá por base apenas as ideias e ideais, de quem procederá à hierarquização das mesmas sem que seja possível manter os seus preconceitos de parte. Se seguirmos esta ética e ignorarmos o facto de haver ações intrinsecamente más, independentemente das consequências de que se venham a revestir, é uma atitude que nos pode levar a normaliza-las. Ao defender a felicidade de um determinado número de indivíduos sem ter em conta todos os afetados, é assim revelada uma ética rigorosa e exigente e egoísta. Podemos assim finalizar ao afirmar que o critério de maior felicidade para a maior quantidade de pessoas, acaba sempre por prejudicar singulares ou minorias, na medida em que os seus interesses ou direitos são sacrificados em proveito da maior quantidade de pessoas.

    Maria Francisca Castro nº21 10F

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  73. A teoria ética de Mill apresenta como princípio moral a felicidade em grande número. Contudo, há várias objeções e críticas apontadas a este conceito. Temos como um dos aspetos mais controversos o saber até que ponto “os fins justificam os meios”, isto é, se os direitos básicos e indispensáveis ao indivíduo, como o direito à vida, liberdade, proteção, etc., devem ser sacrificados em nome de um grande número de pessoas. Esta teoria viola a moralidade conhecida por todos, uma vez que põe em causa os direitos individuais e legitima a instrumentalização dos indivíduos. Haverá inevitavelmente uma hierarquização de prazeres e interesses que terá por base apenas as ideias e ideais, de quem procederá à hierarquização das mesmas sem que seja possível manter os seus preconceitos de parte. Se seguirmos esta ética e ignorarmos o facto de haver ações intrinsecamente más, independentemente das consequências de que se venham a revestir, é uma atitude que nos pode levar a normaliza-las. Ao defender a felicidade de um determinado número de indivíduos sem ter em conta todos os afetados, é assim revelada uma ética rigorosa e exigente e egoísta. Podemos assim finalizar ao afirmar que o critério de maior felicidade para a maior quantidade de pessoas, acaba sempre por prejudicar singulares ou minorias, na medida em que os seus interesses ou direitos são sacrificados em proveito da maior quantidade de pessoas.

    Maria Francisca Castro nº21 10F

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  74. A ética utilitarista de Stuart-Mill é uma ética consequencialista, que defende que a moralidade de uma ação deve depender das suas consequências, já que o motivo e a intenção do agente não devem ser decisivos para tal avaliação. Deste modo, esta teoria tem como critério de moralidade o princípio de utilidade ( ou princípio da maior felicidade) que defende que uma ação deve ser realizada somente se dela resultar a máxima felicidade possível para as pessoas ou as partes que por ela são afetadas. Contudo, como qualquer teoria filosófica, esta tese suscita algumas objeções relativamente a estes critérios de moralidade. Primeiramente, a crítica mais frequente ao utilitarismo é a que justifica a prática de ações imorais (não há deveres morais absolutos), uma vez que são apenas julgadas as consequências que estas acarretam. Assim, considera-se legítimo o incumprimento de regras morais básicas, desde que contribua para o máximo de bem-estar das pessoas por ele afetadas. Para além disso, esta teoria também é alvo de críticas por ser ‘’excessivamente imparcial’’, já que o princípio da maior felicidade tem, portanto, consideração na quantidade de pessoas, e não na proximidade destas com sujeito da ação. Por fim, é contra-argumentado o facto de esta tese ser mentalmente desgastante e exige demasiado do agente, pois nenhum ser humano consegue realizar a todo o momento ações que proporcionem uma felicidade a um maior grupo de pessoas.
    Francisca Pinto nº8 10ºF

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  75. Kant defende que uma ação tem que ter conteúdo moral baseado no imperativo categórico. (imperativo categórico: obrigação permanente que é universal para todos os indivíduos, independentemente dos seus objectivos. A lei moral dita o que devemos cumprir de forma correta. Immanuel kant considera moralmente irrelevantes os aspectos emocionais das nossas ações, sentimentos, como a piedade, a generosidade, que, para algumas pessoas, são claramente morais e, por isso o papel das emoções na moralidade é ignorado. este filósofo ignora as consequências das ações para a sua classificação moral. Este ato é contraintuitivo quando o agente, apesar da sua intenção boa, a do cumprimento do dever, é tão descuidado que origina consequências desastrosas devido à sua incompetência e ignorância. Como os deveres são sempre categóricos, a sua teoria não resolve conflitos entre deveres, isto é, pelo imperativo categórico e a regra de generalização, a teoria não nos permite decidir entre uma ação e outra incompatível com ela, porque, como já referi anteriormente, os deveres são sempre categóricos.
    João Maria nº16 10ºF

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  76. A teoria consequêncialista de Mill, que defende que o valor moral das ações depende apenas das suas consequências, visando a felicidade do maior número de indivíduos possível, apresentar algumas objeções e críticas. O utilitarismo demostra ser excessivamente imparcial, uma vez que tem como objetivo proporcionar felicidade para o maior numero de pessoas possíveis, sem termos em conta as nossas relações pessoais, como amigos e familia, acabando, em muitos casos, por destrui-las. Em segundo lugar, uma vez que a teoria ética de Mill dá apenas relevancia às consequências das ações, esta justifica a prática de ações imorais: a teoria milliana justifica o uso do desvalor, não atendendo a meios para atingir certos fins. Critica-se o facto de esta teoria defender a quebra de regras morais, tal como "não matar" ou "não roubar" para a felicidade dos outros, sendo assim uma teoria injusta.
    Jasmine Viesulas 10F n13

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