E@D 11J e K - DÁS-ME UM CONTRA-EXEMPLO DA EXISTÊNCIA OU NÃO EXISTÊNCIA DE DEUS?

Se anteriormente apresentaste um argumento a favor da existência de Deus, procura agora apresentar um contra-argumento. Do mesmo modo, se apresentaste um argumento contra a existência de Deus procura agora apresentar um contra-argumento.
Lê, interpreta, reflete e escreve.....

Comentários

  1. Estes argumentos são alvo de inúmeras críticas: o argumento de Paley é uma fraca analogia – a comparação do olho humano (objeto natural) com o relógio (objeto artificial) não pode ser considerada uma boa analogia, visto que as semelhanças indicadas pelo mesmo não são relevantes ou importantes, existindo, ainda, diferenças muito significativas entre eles. Por ser uma analogia extremamente vaga, faz com que todas as conclusões retiradas dessa teoria sejam igualmente vagas. Para além disso, São Tomás de Aquino ao comparar um artefacto humano, isto é, uma flecha, com corpos naturais, acaba por se fundamentar em semelhanças muito pouco relevantes, ignorando todas as diferenças relevantes entre os mesmos; este argumento, tanto na versão de William Paley como de São Tomás de Aquino, perde toda a sua importância quando confrontado com a teoria evolucionista de Darwin que, na sua o obra A Origem das Espécies, provou que a variedade e complexidade dos seres vivos é uma consequência de uma seleção natural e da sobrevivência dos mais preparados, que vão transmitindo os seus genes às próximas gerações. Apesar de não negar a existência de Deus, esta teoria põe em causa os argumentos teleológicos, acabando por mostrar uma explicação alternativa; por fim, este argumento apesar de demonstrar a possibilidade e necessidade de existir um criador, não prova que ele seja único (pode ser um conjunto de deuses, tal como, muitas vezes, são necessárias várias pessoas para construir algo) e, também, não consegue provar que este é um arquiteto omnipotente (que tem poderes ilimitados), uma vez que pode-se sempre argumentar que o Universo apresenta “defeitos de fabrico”, como por exemplo, em organismos imperfeitos ou doentes. Além de que, não prova que este criador seja omnisciente (que sabe de tudo) e infinitamente bom, contrariando essa ideia através da existência do mal no mudo, como catástrofes, pobreza, doenças, entre outros, sendo que Deus não faz nada para o impedir.

    Ana Rita Silva Nº1 11ºJ

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  2. O argumento cosmológico, ou argumento da causa primeira, defendido por São Tomás de Aquino, e que prova pelas cinco vias ou cinco provas a existência de Deus, é alvo de objeções, tais como : ser contraditório, pressupor que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos ,não adiantar muito no que concerne à natureza e por fim, o facto da existência do mal.
    O argumento cosmológico pode ser considerado contraditório, pois defende ao mesmo tempo que as coisas foram causadas por outra coisa, não havendo causa que não tenha sido causada e, que existe uma causa que não foi causada: Deus. Assim sendo, podemos perguntar, qual é a causa de Deus? Há filósofos que respondem que Deus é causa de si mesmo. Contudo, será esta uma resposta convincente? Se se objetar que tudo, exceto Deus, tem uma causa pode perguntar-se por que razão a série de causas e efeitos tem de parar em Deus e não antes.
    A segunda objeção, é o argumento pressupor que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos : esta não retrocede no tempo de modo infinito. Se usarmos o mesmo raciocínio para o futuro, teremos de supor a existência de um efeito final que não seria causa de nada, mas o mais plausível é pensar que as causas e efeitos se prolongam infinitamente no futuro. Por isso, pensamos que em relação ao passado essa série infinita da cadeia causal é igualmente possível e assim o Universo pode existir para sempre.
    A seguinte objeção, refere-se à sua natureza. Uma causa originária, e incausada, é certamente muito poderosa, mas esta não se relaciona com Deus, um ser omnisciente, omnipotente e de suma bondade, conforme os teístas. Essa causa originária pode, inclusive, consistir numa equipa de seres.
    Por fim, a existência do mal. Um defensor deste argumento teria de conseguir responder ao problema de saber como pode Deus, omnisciente , omnipotente e sumamente bom pode tolerar a existência do mal no mundo.
    Matilde Dincã 11ºJ Nº20



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  3. O argumento cosmológico, defendido por São Tomás de Aquino, e que através das cinco vias, prova que Deus existe. Mas este argumento também se contradiz, a primeira objeção defende que ao mesmo tempo, que todas as coisas foram causadas por outra coisa, não havendo causa que não tenha sido causada, e que existe uma causa que não foi causada: Deus. Posto isto, questionamo-nos com qual a causa de Deus, há filósofos que contestam que Deus é causa de si mesmo (causa sui), mas será esta uma resposta convincente? Se se objetar que tudo, exceto Deus, tem uma causa, pode perguntar-se por que razão a série de causas e efeitos tem de parar em Deus e não antes, por exemplo, quando surgiu o Universo.
    A segunda objeção diz que o argumento pressupõe que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos: esta não retrocede no tempo de modo infinito. Se aplicarmos o mesmo raciocínio em relação ao futuro, teremos de supor a existência de um efeito final que não seria causa de nada. Mas o mais plausível é pensar que as causas e efeitos se prolongam infinitamente no futuro. Por isso, temos razão para pensar que, em relação ao passado, essa série infinita da cadeia causal é igualmente possível, significando que o Universo pode existir desde sempre.
    A terceira objeção, diz respeito á sua natureza. Dizendo que, uma causa originária e incausada, é certamente muito poderosa, mas esta não se relaciona com Deus perfeito dos teístas, dotado de atributos de omnisciência, omnipotência e suma bondade. Essa causa originária pode, inclusive, consistir numa equipa de seres.
    Por fim, a última objeção é a existência do mal. Um defensor deste argumento teria ainda de responder ao problema de saber como pode o Deus perfeito, omnisciente, omnipotente e sumamente bom tolerar o mal que existe no mundo.

    Caetana Barraca, 11ºK, Nº6

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  4. Embora alguns filósofos tentem compatibilizar a existência do mal com a existência de Deus argumentando que o mal, principalmente o mal natural, leva à Santidade e ao aperfeiçoamento moral, tal como expus no último comentário no Blog Ágora, outros filósofos e pensadores tentam provar que Deus não existe. Assim, estes argumentam dizendo que, para a prática do bem, é necessário menos mal do que aquele a que somos expostos e que, embora leve a atos de heroicidade, preferimos um mundo onde o mal seja menor. Ou seja, dizem que, para o aperfeiçoamento moral, não seria necessário tanto mal quanto aquele a que estamos expostos. Como tal, estes assumem que Deus, se realmente existisse, poderia ter feito um mundo melhor onde o mal fosse menor.

    Mª Isabel Marques de Aguiar nº 15 11ºK

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  5. Leibniz acredita que existe uma mente superior e mais inteligente que a humana e ilimitada para um pensamento filosófico. Leibniz denomina essa mente de Deus, pondo-se sempre em causa se existe ou não. Sendo que Leibniz acredita que a existência de um ser eterno, perfeito,inteligente, capaz de governar toda a raça humana posto em hipótese o não conhecimento do ser divino para o ser humano.Sendo que o pensamento leibniano seja a partir do método dedutivo.Leibniz também usa o método das realidades não físicas pois procura também desvelar a existência de um ser eterno, perfeito, imutável, omnipotente sabendo que é um ser supremo.

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  6. O argumento das “Cinco Provas de Deus” de São Tomás de Aquino ainda provoca debate. Na declaração de Aquino: “A quarta prova origina-se dos graus descobertos nas coisas. Pois é descoberto maior ou menor grau de bondade, de verdade, nobreza e outras coisas. Mas ‘mais’ ou ‘menos’ são termos falados sobre várias coisas que vão se aproximando de diversas maneiras a algo que é o ‘maior’, assim como no caso do ‘mais quente’ se aproximar do que seria o ‘maior calor’. Existe, portanto, algo ‘mais verdadeiro’ e ‘melhor’ e ‘mais nobre’, que, em consequência, é o ‘maior ser’. As coisas que são as maiores verdades são os maiores seres, como se afirma na Metafísica. Além disso, o que é o maior e o melhor é, de outro modo, a causa de todas as coisas pertencentes a ele; assim fogo, que é o maior calor, é a causa de todo o calor, como é dito no mesmo livro (cf. Platão e Aristóteles). Portanto, existe algo que é a causa da existência de todas as coisas, e da maior bondade e de toda a perfeição. Chamamos isso de ‘Deus’”. O contra-argumento apresentado é considerar-se que não temos de acreditar num objeto de um maior grau, a fim de acreditar num objeto de um menor grau. Richard Dawkins, um famoso ateu, argumenta que só porque nos deparamos com um objeto com mau cheiro, não precisamos acreditar em algo que é a coisa mais malcheirosa do mundo.
    Matilde Costa nº20 11ºj

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  7. Tal como existe o bem também existe o mal. Estas duas vertentes que permitem a especulação sobre a existência ou não de Deus foram ambas teorizadas por vários filósofos e maneiras de pensar, deste forma, surgiram várias propostas a fim de provar a existência de Deus apesar de haver o mal e como foi possível Deus, um ser infinitamente bom, omnipotente e omnisciente permitir e criar este mal.
    O mal pode ser dividido entre moral, causado por um ser vivo a outro causando uma grande dor e sofrimento na vitima ou natural também causando uma grande perda e sofrimento mas resultante de forças e causas naturais.
    O teísmo, procura com Leibniz, procura responder à existência deste mal de forma provar a existência de Deus. Desta forma, o filósofo, explica que Deus ao criar o mundo escolheu o que continha a menor quantidade de mal e que este só poderia existir a fim de um bem maior que anularia esse mal. Leibniz, divide desta forma o mal entre moral, associado ao livre arbítrio e ao pecado, o mal natural, associado ao sofrimento e o mal metafisico, baseado na finitude e na imperfeição das substâncias que compõem o mundo. Esta proposta revelou-se contraria à finalidade de Leibniz devido às objeções encontradas. Primeiramente, Deus apesar de não querer o pecado não pode abdicar do livre arbítrio, Deus pode utilizar o sofrimento como meio de melhorar um indivíduo na visão metafisica de Leibniz, o mal metafísico existe porque o mundo foi criado e é imperfeito. Segundo estas objeções podemos concluir que se existe mal não pode existir Deus, sendo incompatíveis.
    Outras teorias tentaram provar a existência do mal como um meio utilizado por Deus. Justificando que a dor é apenas parte do sistema natural de alerta do corpo, sendo assim denota-se como imperfeita para evitar o perigo visto que este existe sem que haja dor ou que uma grande dor e sofrimento desnecessário não protege a pessoa.
    Outra justificação foi a do castigo dado por Deus face à conduta moral de cada um. Esta teoria foi refutada pois o mal não escolhe a pessoa, pessoas com uma conduta correta são também afetadas.
    Diferentes abordagens foram feitas ao problema nomeadamente a teística já referida, a fideística, que se basea no fato de que Deus é infinitamente superior logo de maneira alguma o ser humano limitado poderia compreender a existência do mal, logo a justificação ultrapassa-nos.
    A última abordagem foi a panteísta que, por ser diferente, afirma que Deus "interpreta todo o tipo de papel" e que o mal é apenas mais uma parte do universo.

    Gonçalo Moreira n4 11J

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  8. Estes argumentos apresentados por Santo Anselmo e Descartes são rejeitados por: Marmoutier e Kant.
    Marmoutier é um monge contemporâneo de Santo Anselmo, que afirma que se, por exemplo, pensarmos numa ilha perfeita e ela existir só porque a pensamos é impossível. No entanto, podemos defender que Deus não é comparavél a objetos, pois ele é a mais perfeita das realidades ou perfeição em si mesma.
    Kant critica neste raciocínio com o objetivo de a existência ser uma propriedade. Se dissermos que Deus existe isso não acrescenta qualquer propriedade à essência divina. Consoante Kant, existência não é uma propriedade essencial, como a omnipotência e a suma bondade. A existência é apenas a condição de possibilidade para que algo tenha esta ou aquela propriedade. O termo "é" não constitui um predicado, antes o elemento que estabelece uma relação entre o predicado e o sujeito.
    O terceiro contra-argumento é que este argumento tem uma comparação ilegítima, ou seja, há uma comparação entre o que existe na realidade e o que existe no pensamento. Porém esta comparação não está certa, pois aquilo em que pensamos não tem peso, volume ou área como as coisas que existem na realidade.
    A última objeção é o problema do mal, visto que a ideia de um Deus perfeito vem sempre acompanhada da existência do mal.
    Catarina Correia nº3 11ºJ

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  9. O problema do mal está, segundo a versão agnóstica, na raiz no que toca ao ceticismo em relação a Deus.
    Este dilema procura responder à questão: “Será possível conciliar a existência do mal com a existência de Deus?”.
    Este conflito impulsiona as seguintes premissas: por um lado, “se existe uma divindade teísta, não há males gratuitos; há males gratuitos, logo, não existe uma divindade teísta”, por outro lado, “se existe uma divindade teísta, não há males gratuitos; existe uma divindade teísta, logo, não há males gratuitos”.
    Com isto, o ateísmo inclina-se para o primeiro argumento, considerando que, se Deus é omnipotente, pode impedir o mal, se é omnisciente, não consegue desconsiderar a existência do mal, se é sumamente bom, quer impedi-lo. Assim, se esta divindade teísta existisse, não haveria mal, contudo, o mal existe, logo Deus não existe.
    Adicionalmente, os agnósticos defendem que a possibilidade de haverem males gratuitos, isto é, males que não tenham qualquer finalidade ou propósito suficientemente bom que os compense, é mais plausível do que a existência de uma divindade teísta. Porém, reconhecem que poderá haver outro tipo de divindade.

    Francisca Cardoso n15 11J

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  10. Um dos argumentos mais usados por não crentes para provar a não existência de Deus é o Problema do Mal, por essa razão Leibniz escreveu a teodiceia. Esta é usada essencialmente para descrever o porquê de Deus permitir a manifestação do mal.
    Nesta, Leibniz cobre praticamente todas as pontas soltas sobre o tema com inúmeros argumentos, todavia não se torna suficiente para os não crentes deixarem de usar tal argumento para fundamentarem naquilo que acreditam, isto é, a inexistência de um ser divino.
    Como tal fala-se muito de males gratuitos, Leibniz acredita que por muito mais que se sofra, mesmo sendo desastres naturais, o resultado de tal é um bem bastante maior, enquanto que por exemplo um ateísta positivo acha tal argumento absurdo, e alega que não existe tal coisa como apreciar o bem, pois crê que existe mais mal no mundo do que necessário para estimar o bem, e o castigo, pois voltando aos desastres naturais, uma pessoa do "bem" pode sofrer de igual ou pior maneira do que um pecador.

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  11. O argumento cosmológico, também conhecido por argumento da causa primeira é defendido por São Tomás de Aquino e tem como objetivo provar por cinco vias ou cinco provas, a existência de Deus.
    No entanto, este argumento é alvo de quatro objeções ou críticas, tais como: ser autocontraditório, pressupor que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos, não adiantar no que concerne à natureza e por fim, a existência do mal.
    Primeiramente, é importante referir que premissa original afirma: “É certo e evidente pelos nossos sentidos, que algumas coisas estão em movimento neste mundo.”.
    Em primeiro lugar, este argumento é autocontraditório: defende, ao mesmo tempo, que todas as coisas foram causadas por outra coisa, não havendo causa que não tenha sido causada, e que existe uma causa que não foi causada: Deus. Podemos perguntar, então: qual a causa de Deus?
    Existem filósofos que respondem a isso, afirmando que Deus é a causa de si mesmo (causa sui), mas a pergunta é: Será esta uma resposta convincente? Se se objetar que tudo, exceto Deus, tem uma causa, pode perguntar-se por que razão a série de causas e efeitos tem de parar em Deus e não antes (quando surgiu o Universo, por exemplo).
    Este argumento pressupõe que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos: esta não retrocede no tempo de modo infinito. Ora, se aplicarmos um raciocínio idêntico em relação ao futuro, teríamos de supor a existência de um efeito final que não seria causa de nada. Mas o mais plausível é pensar que as causas e efeitos se prolongam infinitamente no futuro. Por isso, temos razão para pensar que, em relação ao passado, essa série infinita da cadeia causal é igualmente possível. Isto significa que o Universo pode existir desde sempre.
    Ainda que nos possa convencer da existência de um Deus, encarado como causa primeira, este argumento não nos adianta muito no que diz respeito à sua natureza. Uma causa originária (e incausada) é certamente muito poderosa, mas não há razões para pensar que ela se identifique com o Deus perfeito dos teístas, dotado de atributos de omnisciência, omnipotência e suma bondade. Essa causa originária pode, inclusive, consistir numa equipa de seres.
    Um defensor deste argumento teria ainda de responder ao problema de saber como pode o Deus perfeito, omnisciente, omnipotente e sumamente bom tolerar o mal que existe no mundo.

    Maria Manuel Branco, nº16, 11ºJ.

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  12. O argumento do problema do mal pretende encontrar uma conciliação entre a existência do mal e a existência de uma divindade que se diz ser omnipotente, omnisciente e benevolente. Porque, efetivamente, existe a dúvida e preocupação se de facto existe um Deus com bondade máxima e com conhecimento sobre tudo, pois se isso é verdade, a permanência do mal no mundo torna-se contraditória, aliás, incoerente.
    Os que se proclamam como ateus, aqueles que não acreditam em Deus, recorrem a esta incoerência para justificar a sua falta de fé- como é que um Deus assim permite que todas estas maldades continuem a suceder no mundo, se Ele se proclama como uma entidade que possui conhecimento ilimitado, não se questiona a possibilidade de não estar ao "corrente" de todos os acontecimentos maus. Como tal, e realçando a sua outra característica, benevolência, Deus deveria ser hesitar, acabar com todas essas injustiças.
    Assim, apresenta-se este outro lado do argumento do problema do mal, aquele em que Deus não existe, devido a falta de sentido desta realidade do mal.
    Carolina Sottomayor nº11 11ºJ

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  13. Marmoutier e Kant rejeitam os argumentos apresentados por Santo Anselmo e Desacartes. Marmoutier diz que se, por exemplo, imaginarmos uma ilha perfeita é impossível que ela exista só porque a imaginamos, mas podemos alegar que Deus não é comparável a objetos, porque Deus é a perfeição das realidades. Kant afirma que a exitência é uma propriedade. Dizer que Deus existe não acrescenta nenhuma propriedade à essência divina. Segundo Kant a existência, a omnipotência e a suma bondade não são porpriedade essencial.
    Este argumento tem uma comparação ilegítima, portanto há entre o que existe na realidade e o que existe no pensamento uma comparação. No entanto, como auqilo em que pensamos não tem volume, área ou peso, como os bojetos reais, esta comparação não está certa.
    A ideia de um Deus perfeito vem associada da exitência do mal, e esta é a ultima objeção, a existência do mal.
    João Campello nº10 11ºJ

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  14. O problema do mal pode também ser conhecido como teodiceia, que é uma das críticas mais antigas à existência de Deus. Deus como ser omnipotente (que tudo pode) e benevolente (que é bom). Em linhas gerais, o argumento procura mostrar que a existência do mal no mundo não é compatível com a ideia de um Deus benevolente e omnipotente. Se Deus quer, mas não pode, então ele não é omnipotente. Ele não pode fazer tudo, portanto, não é um Deus. Se pode mas não quer, então ele é maldoso. E novamente, não se espera isso de um Deus. Se ele nem quer e nem pode, é fraco e maldoso. Novamente, não pode ser considerado um Deus. Por último, se quer ou pode, podemos chama-lo de Deus. Ele é omnipotente porque pode eliminar o mal e é benevolente porque quer eliminar o mal. Sendo essa última possibilidade verdadeira, porque é que existe o mal no mundo? Porque é que ele ainda não eliminou o mal? Sendo o criador de todas as coisas, porque permitiu que o mal existisse? Assim, a única explicação, dada a existência do mal no mundo, é que Deus não é benevolente nem omnipotente. Portanto não existe como geralmente ele é pensado.
    Inês Barradas Nº5 11ºJ

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  15. O argumento ontológico defendido por Santo Anselmo e mais tarde por René Descartes veio a ser criticado e rejeitado por Guanilo de Marmoutier e por Immanuel Kant.
    Guanilo de Marmoutier era um monge contemporâneo de Santo Anselmo. A objeção apresentada dizia que este argumento poderia atingir consequências desnecessárias, como por exemplo considerar uma ilha perfeita como algo existente só porque em algum momento pensámos nela. No fundo Guanilo compara Deus a uma ilha perfeita, passando a ideia que não é por pensarmos nas coisas que elas se tornam possíveis ou reais. Posto isto, podemos defender que Deus não é “objeto” de comparação como tal não faz qualquer sentido ser comparado a ilhas ou a qualquer outro objeto, uma vez que, Deus é a mais perfeita das realidades, onde a perfeição é retratada nele mesmo.
    Immanuel Kant critica o facto de neste argumento, a existência seja encarada como uma propriedade. Ao dizer que o ser humano é um animal racional, estamos a referir algo que consta na definição de ser humano. Enquanto que, se dissermos que o ser humano existe, nesta afirmação não consta nada que faça parte da sua natureza. Com Deus é aplicado o mesmo raciocínio: dizer que ele existe não lhe acrescenta qualquer virtude.
    Posto isto Kant defende que a existência não é uma propriedade essencial, como a omnipotência e a suma bondade. A existência não passa de uma condição de possibilidade para que algo possua propriedade. O termo “é” não integra uma propriedade, antes o elemento que estabelece uma relação entre o predicado e o sujeito, neste caso entre a omnipotência e Deus.
    O terceiro contra-argumento é o facto deste argumento estabelecer uma comparação ilegítima, ou seja, há uma comparação entre o que existe na realidade e o que existe no pensamento. Contudo esta comparação não está certa, pois aquilo em que pensamos não possui peso, volume ou área como as coisas que existem na realidade.
    A última critica lançada a este argumento é o problema do mal, uma vez que a ideia de um Deus perfeito vem sempre acompanhada da existência do mal.

    Beatriz Gonçalves nº2 11ºJ

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  16. Segundo o argumento cosmológico a posteriori de São Tomás de Aquino, a existência de Deus pode ser provada por cinco vias. A primeira via é a de movimento, a segunda da causa eficiente, a terceira do contingente e do necessário, a quarta dos graus de perfeição e a quinta do governo das coisas/finalidade do ser. Entre estas vias a mais importante e mais acessível é a Segunda Via, baseada no conceito de causa. Eis o argumento: todas as coisas neste mundo são causadas; nenhuma coisa é causa de si mesma; tudo o que é causado é causado por outra coisa, por algo diferente de si; não pode haver uma regressão infinita nas cadeias de causas; se não pode haver uma regressão infinita nas cadeias de causas, então tem de existir uma causa primeira que tudo causa e por nada é causada; a essa causa dá-se o nome de Deus; logo, Deus existe.

    Sofia Silva nº24 11ºJ

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  17. Vasco Godinho m.º 27 11.º J21 de maio de 2020 às 14:08

    O argumento cosmológico defendido por São Tomás de Aquino parte da premissa de que o universo existe, e não o nada, e procura a causa primeira de tudo, ou seja, uma causa que não foi causada por nada. Essa causa é Deus, que está aquém e além do universo.
    Esse raciocínio baseia-se na lei da causalidade, que diz que toda a coisa finita ou contingente é causada por algo além de si mesma.
    No entanto o argumento é, em si mesmo, contraditório porque defende simultaneamente que não pode haver uma causa não causada e que há uma causa não causada (ou seja, Deus). Deus enquanto a causa primeira é, ele próprio, um exemplo de que existe uma causa que não que não foi causada por nada, nem ninguém. E se assim é, o nada é anterior a Deus. Se questionarmos a causa de Deus, abrimos novamente a possibilidade da regressão infinita e, então, o argumento perde a sua validade.
    Por outro lado, o argumento apenas prova que cada série de causas tem uma causa primeira ou incausada, mas não prova que todas as causas sejam parte de uma série única de causas que tenha a única primeira causa, porque é possível que nem todas as causas sejam partes de uma série única de causas.
    Depois, pode questionar-se, porque é que a primeira causa é Deus e não outra coisa ou ser qualquer. Poderia ter sido o Diabo, ou outro Deus qualquer, um dos milhares de deuses diferentes em que os seres humanos acreditam ou, talvez, um deus em que os seres humanos nunca tenham pensado.
    No fundo, podemos questionar as provas cosmológicas da existência de Deus de, pelo menos, três maneiras importantes. Primeiro, podemos questionar a ideia de que uma série infinita de causas não seja possível. Segundo, podemos questionar a validade da conclusão de que há apenas uma primeira causa e de que a primeira causa seja Deus. Terceiro, podemos defender que qualquer deus proposto como primeira causa para explicar o universo precisa tanto de uma causa como o próprio universo e, assim, o argumento, se provar a existência de um deus, provará a existência de uma série infinita de deuses.

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  18. O argumento ontológico criado por Santo Anselmo e defendido por Descartes foi alvo de vários contra-argumentos, o que para mim mais me interessa é o contra-argumento criado por Gaunilo de Marmoutier, pela sua simplicidade mas que exatamente por isso não deve ser deixado de lado, Gaunilo afirma que para o argumento ser verdade poderia conduzir a ideias absurdas, como a de se concluir que uma ilha perfeita existe só porque alguém pensou nela. Este contra-argumento sofreu bastantes críticas mas não perde a sua importância, pois realmente defende que é impossível Santo Anselmo e Descartes terem tanta certeza na existência de algo apenas por terem imaginado essa coisa.

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  19. O argumento do grau é uma das «cinco provas» de santo tomas de aquino declara que a cuarta prova origina-se dos graus descobertos nas coisas. Mas ‘mais’ ou ‘menos’ são termos falados sobre várias coisas que vão se aproximando de diversas maneiras a algo que é o ‘maior’, assim como no caso do ‘mais quente’ se aproximar do que seria o ‘maior calor’. Existe, portanto, algo ‘mais verdadeiro’ e ‘melhor’ e ‘mais nobre’, que, em consequência, é o ‘maior ser’. As coisas que são as maiores verdades são os maiores seres, como se afirma na Metafísica. Além disso, o que é o maior e o melhor é, de outro modo, a causa de todas as coisas pertencentes a ele. A critica que mas prevalece considera que não podemos acreditar em alguma coisa/objeto de um grau superior , a fim de acreditar num objeto de grau inferior. Richard Dawkins, um famoso ateu, argumenta que só porque nos deparamos com um objeto com mau cheiro, não precisamos acreditar em algo que é a coisa mais malcheirosa do mundo.
    Mariajosé Quintero Nuñez 11K Nº 16

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  20. Segundo a " Aposta de Pascal" não podemos decidir se acreditamos ou não na existência de Deus pois para acreditar em algo é necessário estar convencido que isso é verdade. Ora o argumento do apostador não fornece quaisquer dados que levem a pessoa a ficar convencida de que Deus existe, limitando-se a dizer que é boa ideia acreditar que isso e verdade. Pascal sugeria que agíssemos como se já acreditássemos que Deus existe , nomeadamente através de comportamentos religiosos.

    Marisa Magalhães , nº19, 11ºK

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  21. Especialmente cientistas e também filósofos acreditam que se não conseguimos ver, medir ou testar Deus de forma rigorosa, com métodos físicos e experimentais, não há possibilidade da sua existência. Qualquer coisa para existir necessitaria ter existência no espaço-tempo. Até ao momento Deus não foi medido através de qualquer equipamento científico desenvolvido pelo homem, assim como a consciência não foi localizada em nenhuma parte do cérebro.

    António Gonçalves Nº4 11ºK

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  22. O argumento ontológico criado por Santo Anselmo e defendido por René Descartes vem mais tarde a ser criticado por Kant e Gaunilo.
    A crítica mais lida relacionada ao argumento ontológico afirma que ele é uma “afirmação vazia”, o que significa que afirma qualidades inerentes apenas a uma declaração não comprovada, sem qualquer tipo de suporte.
    Matilde Moura nº19 11ª j

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  23. Como já tinha referido anteriormente na questão “Dás-me uma prova da existência de Deus?”, Este tanto pode existir como pode não existir de acordo com a Aposta de Pascal, porém, analisando as opções que temos e se queremos maximizar os ganhos possíveis e minimizar as perdas possíveis, será então mais sensato acreditar que Deus existe. As opções possíveis de acordo com a aposta são: se acreditarmos em Deus e Ele existir ganha-se a vida eterna, ou seja, ganho infinito; se acreditarmos Nele e Ele não existir é uma perda de tempo em actos religiosos e de alguns prazeres mundanos, ou seja, perda infinita; se não acreditarmos em Deus e Este existir, perde-se a possibilidade da vida eterna e corre-se o risco da condenação eterna, ou seja, perda infinita; se não acreditarmos em Deus e Ele não existir, então ganha-se a liberdade de gozar os prazeres da vida sem temer o castigo divino, ou seja, ganho infinito.

    Joana Sousa, Nº10, 11ºK

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