Será que Paley responde à questão - DEUS EXISTE? E se não responder que objeções podemos encontrar na teoria?
Será que Deus existe? Eis a questão que causou muito incómodo e levou muitos filósofos a tentarem dar resposta. Considero esta questão pertinente uma vez que afeta a forma como vamos viver a nossa vida. Se formos crentes pensamos na salvação e damos sentido ao sofrimento vivido. Se não formos crentes as dúvidas crescem e podemos ficar perdidos, sem sentido, sem caminho nem direção. Vou responder a esta questão com base no argumento teleológico, ou do desígnio ou do desenho inteligente, de William Paley. Este argumento é a posteriori, isto é, baseia-se na experiência empírica. Seguidamente procurarei encontrar um ponto fraco, a teoria do evolucionismo, incompatível com a ideia teísta de uma entidade metafísica e posteriormente apresentarei o argumento no seu ajuste perfeito no sentido de o manter intocável.
Este argumento tem como base/conceito
principal a ideia de que tudo tem uma finalidade, tudo tem um objetivo, um
propósito, nada se deve ao acaso. Para se perceber melhor a sua teoria, Paley
exemplifica através de uma analogia: se abrirmos um relógio e inspecionarmos a
maneira como todas as peças trabalham em conjunto e se complementam umas às
outras, concluímos que o relógio teve de ser criado por alguém inteligente,
neste caso o relojoeiro. O universo e os organismos vivos são muito
semelhantes, pois o universo é composto por vários organismos (uns grandes, uns
mais pequenos, outros até desconhecidos pelo ser humano), e todos se
complementam, todos têm uma finalidade. Assim, chegamos à mesma conclusão que o
relógio, tem um criador inteligente que está por detrás de tudo: esse criador é
Deus.
David Hume critica Paley. Este filósofo afirma
que, se aceitar a existência de Deus como o criador inteligente do mundo,
muitas coisas deixam de fazer sentido. Por exemplo: qual é a finalidade do
cordão umbilical, se muitos bebés morrem enrolados nele? Outra objeção veio de
Charles Darwin, que põe em causa a ideia da criação do universo. Darwin diz que
o argumento propõe um falso dilema ao dizer que ou foi Deus que criou o
universo ou então, se deve ao acaso, pois existe uma terceira hipótese: o
evolucionismo que afirma a evolução das espécies em que sobrevive o mais forte.
Em resposta a esta objeção, dá-se um
ajuste ao argumento mais popularmente conhecido pelo ajuste perfeito: o
Big-Bang e a teoria evolucionista são verdadeiras, mas foi Deus quem criou as
condições exatas e com precisão para que esses fenómenos ocorressem.
Assim, podemos concluir
que o universo precisa de um criador, precisa de um ser inteligente por detrás,
mesmo que tenha um papel que parece estar “fora do mundo”. É mais lógico aceitar
a existência de um Deus criador do que aceitar o acaso, sem qualquer outra
explicação para a origem do universo.
MAFALDA CARVALHO Nº15 11ºF
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