A pergunta “Será que Deus existe?” tem sido debatida no
mundo da filosofia da religião. William Palley, criador da teoria teleológica,
acredita na existência de um Deus teísta, ou seja, um Deus que é sumamente bom,
transcendente, isto é, um ser superior, criador de tudo, omnipotente, ou melhor,
tem poderes ilimitados, omnisciente, tem um saber universal, omnipresente,
melhor dizendo, tem que estar em todo lado e por fim, ser uma pessoa, isto envolve
ter emoções, vontade, intelecto e, também, ter uma personalidade. Questionar
sobre as características de Deus é procurar um sentido para a vida terrena e
quem sabe uma explicação para a vida após a morte. Nesta reflexão vamos
apresentar o argumento a priori de Paley e uma objeção. Seguidamente iremos
responder à objeção e apresentar uma perspetiva pessoal.
Palley criou o
argumento do desígnio, um argumento a posteriori, por outras palavras, parte da
informação acerca de como o mundo funciona e procura, também, provar a
existência de Deus partindo dos dados de observação empírica, baseado no
conceito de causa. Este faz uma analogia de complexidade, organização,
funcionalidade e harmonia entre o relógio e as criaturas de Deus. William
declara que se abrirmos um relógio e inspecionarmos o modo como todas as peças
trabalham conjunta e harmonicamente, vemos que o relógio teve de ser criado por
alguém inteligente, alguém que perceba do assunto, isto é, o relojoeiro. Assim
sendo, também o Universo e os organismos têm um criador inteligente, Deus,
comparando-se assim, aos relógios que trabalham juntamente em harmonia.
O argumento do desenho inteligente tem, também, as suas
objeções. Apresenta uma fraca analogia, ou seja, não há tantas semelhanças
entre os seres vivos e máquinas. Também o Darwinismo com a sua teoria da
evolução das espécies, põe em causa a ideia da criação do Universo. Este
argumento não mostra que o Universo em si seja um sistema teleológico, não explicando
assim, a sua finalidade porque efetivamente há coisas que não sabemos explicar
a sua utilidade, por exemplo o cordão umbilical foi responsável pela morte de
muitos recém-nascidos.
Com base no argumento de ajuste perfeito, podemos encontrar
uma resposta para estas objeções, afirmando que, o Big-Bang e as teorias
evolucionistas são ideias verdadeiras, mas foi Deus quem criou as condições
perfeitas para que estes fenómenos ocorressem ou seja, foi Deus que fez o
desenho inteligente destas descobertas científicas.
No nosso ponto de vista, Deus existe, mas acreditamos que não há nenhum facto que o consiga provar, a não ser a nossa fé que dispensa qualquer tipo de argumentação. Há bastantes pessoas que afirmam que Deus não é bom ou, simplesmente, que não existe. As catástrofes naturais ou as situações de grande dificuldade que ocorrem todos os dias, não provam a ausência de Deus. Os provérbios, “Deus escreve certo por linhas tortas” e “há males que vêm por bem” mostram a pessoa teísta com um propósito e uma vontade própria. Deus deu-nos o livre-arbítrio para conseguirmos escolher entre o que está certo e o que está errado e se Deus não nos desse essa liberdade, nós seriamos criaturas controladas e manipuladas. Logo, Deus existe e é sumamente bom.
Bruno Ribeiro, Mariana Santos, Delfivânia Silva, Mariana
Carvalho, 11ºC
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