VII - DEUS EXISTE? Texto argumentativo


 

      A pergunta “Será que Deus existe?” tem sido debatida no mundo da filosofia da religião. William Palley, criador da teoria teleológica, acredita na existência de um Deus teísta, ou seja, um Deus que é sumamente bom, transcendente, isto é, um ser superior, criador de tudo, omnipotente, ou melhor, tem poderes ilimitados, omnisciente, tem um saber universal, omnipresente, melhor dizendo, tem que estar em todo lado e por fim, ser uma pessoa, isto envolve ter emoções, vontade, intelecto e, também, ter uma personalidade. Questionar sobre as características de Deus é procurar um sentido para a vida terrena e quem sabe uma explicação para a vida após a morte. Nesta reflexão vamos apresentar o argumento a priori de Paley e uma objeção. Seguidamente iremos responder à objeção e apresentar uma perspetiva pessoal.

     Palley criou o argumento do desígnio, um argumento a posteriori, por outras palavras, parte da informação acerca de como o mundo funciona e procura, também, provar a existência de Deus partindo dos dados de observação empírica, baseado no conceito de causa. Este faz uma analogia de complexidade, organização, funcionalidade e harmonia entre o relógio e as criaturas de Deus. William declara que se abrirmos um relógio e inspecionarmos o modo como todas as peças trabalham conjunta e harmonicamente, vemos que o relógio teve de ser criado por alguém inteligente, alguém que perceba do assunto, isto é, o relojoeiro. Assim sendo, também o Universo e os organismos têm um criador inteligente, Deus, comparando-se assim, aos relógios que trabalham juntamente em harmonia.

O argumento do desenho inteligente tem, também, as suas objeções. Apresenta uma fraca analogia, ou seja, não há tantas semelhanças entre os seres vivos e máquinas. Também o Darwinismo com a sua teoria da evolução das espécies, põe em causa a ideia da criação do Universo. Este argumento não mostra que o Universo em si seja um sistema teleológico, não explicando assim, a sua finalidade porque efetivamente há coisas que não sabemos explicar a sua utilidade, por exemplo o cordão umbilical foi responsável pela morte de muitos recém-nascidos.

Com base no argumento de ajuste perfeito, podemos encontrar uma resposta para estas objeções, afirmando que, o Big-Bang e as teorias evolucionistas são ideias verdadeiras, mas foi Deus quem criou as condições perfeitas para que estes fenómenos ocorressem ou seja, foi Deus que fez o desenho inteligente destas descobertas científicas.

No nosso ponto de vista, Deus existe, mas acreditamos que não há nenhum facto que o consiga provar, a não ser a nossa fé que dispensa qualquer tipo de argumentação. Há bastantes pessoas que afirmam que Deus não é bom ou, simplesmente, que não existe. As catástrofes naturais ou as situações de grande dificuldade que ocorrem todos os dias, não provam a ausência de Deus. Os provérbios, “Deus escreve certo por linhas tortas” e “há males que vêm por bem” mostram a pessoa teísta com um propósito e uma vontade própria. Deus deu-nos o livre-arbítrio para conseguirmos escolher entre o que está certo e o que está errado e se Deus não nos desse essa liberdade, nós seriamos criaturas controladas e manipuladas. Logo, Deus existe e é sumamente bom.

Bruno Ribeiro, Mariana Santos, Delfivânia Silva, Mariana Carvalho, 11ºC

 

 

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