A perspetiva fenomenológica do conhecimento limita-se a fazer uma análise descritiva das características essenciais do conhecimento enquanto fenómeno. O que interessa é o que aparece à consciência. É uma análise dos dois intervenientes, sujeito e objeto e da sua relação para obter o conhecimento. Conhecer é o ato que acontece quando um sujeito apreende um objeto. Estes têm de ser transcendentes e heterogéneos, ou seja, as suas origens são diferentes. Encontram se frente a frente porque estão em oposição. A função do sujeito é apreender o objeto, ele é cognoscente (aquele que conhece) e a do objeto é ser apreendido pelo sujeito, é cognoscível (aquele que é conhecido). A apreensão consiste na reprodução ou construção da imagem do objeto no sujeito. Assim, o ato de conhecer implica uma correlação entre estes dois termos (um sujeito cognoscente e o objeto cognoscível). Cada um deles apenas é o que é pela sua relação com o outro. O sujeito só é sujeito em relação a um objeto e o objeto só é objeto em relação a um sujeito. Estão ligados um ao outro por uma estreita relação. Condicionam-se reciprocamente porque não há troca de papéis. A relação constitutiva do conhecimento é dupla, trata-se de um dualismo, mas não reversível na medida em que nenhum deles pode ocupar o lugar do outro. Por último, o objeto não é modificado pelo sujeito, mas sim o sujeito pelo objeto. Enquanto que o objeto não se modifica, o sujeito está sempre em construção (atualização porque amplia o conhecimento)recebendo na sua mente a representação ou imagem do objeto.
Rita Folha, 11°C
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