11º ano - Os textos que fizeram filosofia - as melhores respostas dos testes



 “Porque existe uma grande regularidade na natureza, as previsões científicas podem ser extraordinariamente precisas. Esta teoria se for boa, explicará simultaneamente o que estava a acontecer e irá prever o que é provável que aconteça no futuro. Se os resultados futuros não se coadunarem completamente com estas previsões, o cientista modificará as suas teorias para dar conta deles. Esta perspetiva do método científico é surpreendentemtne comum mesmo entre os cientistas ativos. No entanto, é insatisfatória por muitos motivos, os mais importantes dos quais são os seus pressupostos acerca da natureza da observação e acerca dos argumentos indutivos.”

                                                                                                           
   Nigel Warburton,
Elementos básicos de filosofia, Lisboa, Gradiva.

- Apresente as críticas, enunciadas no texto ao métódo experimental. Justifique a resposta.

O método experimental tem por base o raciocínio indutivo. Parte-se da observação de um fenómeno (com instrumentos de medida), formula-se uma hipótese (tentativa de solução do problema), verifica-se a hipótese através da experimentação e depois generaliza-se, criando-se uma lei universal. Este método é alvo de duas críticas. Em primeiro lugar, a observação nunca é objetiva, uma vez que o cientista tem sempre expectativas, previsões e teorias que afetam a interpretação dos dados. Além disso, a observação é seletiva pois exige um interesse, um ponto de vista ou um problema. Em segundo lugar, critica-se o raciocínio indutivo porque não se deve proceder à generalização de casos particulares para enunciar uma lei universal.  Assim, não é possível observar todos os casos particulares, o que faz com que a teoria seja falível. A generalização não é mais do que uma crença ou previsão, que obriga a um salto no raciocínio, o que retira credibilidade, rigor e precisão ao conhecimento científico por conter margem de erro. Afirma apenas o que é “provável que aconteça no futuro”, porque existe uma grande regularidade na natureza mas não há uma relação de necessidade entre as premissas e a conclusão.

                                                                                                                                 Rita Santos, 11º H

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