O que é a aprendizagem por imitação e observação?

 




Ao longo da nossa vida aprendemos com o que nos acontece, com as consequências dos nossos atos, mas será que aprendemos observando e imitando o comportamento dos outros? A aprendizagem por observação e imitação é uma forma de aprendizagem muito frequente. Foi estudada por Albert Bandura, que desenvolveu várias experiências para fundamentar a sua teoria. Trata-se da aprendizagem observacional ou social. Esta supõe haja um modelo a imitar, que na maioria dos casos é uma pessoa significativa ou especial para quem imita ou tem predisposição para imitar. Diz-se social porque é influenciada pelo processo de socialização. Recebe também o nome de aprendizagem por modelação porque as pessoas cujos comportamentos tendemos a imitar têm o nome de modelo. Essa observação pode ocorrer por meio da convivência diária, por exemplo, filhos com pais ou alunos com professores. Assim, a aprendizagem social acontece a partir da interação entre a mente do aprendiz e o ambiente ao seu redor. Ou seja, esta teoria ressalta aquilo que deve ser levado em consideração por todos: educa-se pelo exemplo e ações. Isso tudo, é claro, somado ao estado mental de uma pessoa. A observação de determinados comportamentos não conduz necessariamente à reprodução dos mesmos, por isso, devemos perguntar: "O que nos leva a imitar o que observamos?", "O que é necessário para que tal aconteça?"Bandura apresentou várias razões e fatores para o fenómeno. O fator motivação é crucial para a imitação ou desempenho efetivo do que se observa. Há, por isso, muito mais probabilidade de que um indivíduo imite um comportamento se houver da sua parte a expetativa de que tal produzirá reforço ou recompensa. Observando as consequências das ações dos potenciais modelos, obtemos informação sobre o que é apropriado para nós e sobre as prováveis consequências da imitação da conduta de quem observamos. Assim, as consequências positivas (que não são necessariamente de reconhecido valor moral) motivam os observadores. É mais provável a imitação e o desempenho segundo as ações dos modelos quando o observador acredita que os resultados da ação serão gratificantes. Quando o comportamento do modelo observado tem consequências agradáveis, aumenta a probabilidade de ser imitado, quando o contrário acontece, o modelo é castigado ou punido, há uma diminuição da probabilidade de imitação. O Reforço Indireto, atua segundo a tendência criada no observador para imitar qualquer ação que observou ser bem-sucedida, com a expetativa de ser igualmente bem-sucedido se fizer o mesmo. Isto significa: «B, observador da ação Y praticada por A, pensa que pode ser reforçado ou recompensado se realizar a ação Y, ou seja, se agir como A". Em relação ao estatuto do modelo as crianças, por exemplo, revelam uma grande tendência para imitarem as ações de pessoas que consideram prestigiadas ou de quem mais gostam (como os pais, celebridades, irmãos mais velhos, professores, etc.) Esta tendência depende da idade e dos interesses que cada criança tem. Segundo Bandura, a nossa tendência é imitarmos o comportamento de pessoas bem-sucedidas, de quem mais admiramos ou com elevado estatuto social. Ao fazer os mesmos atos, sentimo-nos de certa forma também famosos e poderosos. Para provar a sua teoria Bandura realizou uma experiência sobre a aprendizagem observacional do comportamento agressivo. Apresentou a um grupo de 66 crianças de quatro anos um filme em que um boneco era agredido e depois deu-lhes esse mesmo boneco para brincarem, porem dividiu as em três grupos diferentes. No primeiro grupo, o do adulto recompensado, o adulto agressor era recompensado. No segundo grupo, o do adulto punido, este foi tido como má pessoa por outro adulto. Enquanto que no terceiro grupo, o grupo de condição neutral, não foi atribuído nenhum fim ao filme. Bandura concluiu então que as crianças do primeiro grupo comportaram-se mais agressivamente com o boneco do que as dos restantes grupos.

seguidamente, vamos apresentar alguns exemplos da aprendizagem por observação:

- Quando uma criança brinca as “casinhas” e aprende a por uma mesa;

- Quando um trabalhador de uma empresa ganha um premio e motiva outros a trabalharem melhor para serem recompensados também;

- Quando uma criança observa o pai a vestir uma camisa e aprende a abotoar os botões pela observação do seu modelo, o pai.

Assim, podemos concluir que não basta apenas observar e memorizar os atos observados para os apreender, mas é também necessário ter em conta a motivação do observador e as suas experiências, a sua competência e o contexto cultural em que esta inserido.

Bibliografia- Manual “Psicologia B”- Luís Fernandes; Fernando Rua

Mafalda Baptista 12ºH

Margarida Vidal 12ºH

Mariana Faria 12ºH

Maria Pia 12ºH

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