Na disciplina de psicologia B estudamos o modelo ecológico de Bronfenbrenner. Ao abordar os contextos sociais exteriores ao individuo o
exossistema pode apresentar problemas que afetam
o seu desenvolvimento, mas que não podem ser controlados.
Estes contextos sociais integram um conjunto de
fatores sociais, tais como as condições económicas e o tipo de ambiente. Consideramos,
então, que a discussão do impacto do ecossistema é importante na vida de cada indivíduo. Este texto irá desenvolver
esta questão e a sua complexidade em comparação com o país (Portugal) antes do
25 de Abril de 1974, e a atualidade enquadrada num
regime democrático. Vamos recorrer aos seguintes temas quotidianos: influência
dos trabalhos dos pais na família e as relações familiares.
O exossistema refere-se aos contextos sociais em que o
individuo não participa ativamente, mas que afetam o seu desenvolvimento devido
a decisões importantes que são tomadas por indivíduos com
os quais a pessoa interage podendo esta interação ser direta ou não.
Deste modo, apresentamos como exemplos de exossistemas: o
stress que ocorre no espaço de trabalho do pai de uma criança que se vai
refletir no contexto familiar. Efetivamente,
apesar de esta criança não trabalhar e não estar inserida no ambiente de
trabalho do seu pai, é afetada pelo mesmo. Em Portugal,
antes do 25 de abril, o stress no trabalho do pai poderia ser causado por
perseguições da P.I.D. E. que ameaçava, por
vezes, a família do indivíduo ou a integridade física do mesmo. Atualmente,
este stress pode ser causado por trabalhos precários e condições económicas
difíceis. Outro exemplo, é a vivência da criança na escola, que pode afetar o
seu comportamento em casa. Com efeito, se a
criança obtiver bons resultados escolares é provável que em casa se comporte de
forma alegre com os seus pais.
Por outro lado, existem outros elementos sociais que
representam o exossistema, pois, influenciam os indivíduos. Como, instituições
religiosas e autarquias. Relativamente ao contexto ditatorial de Portugal, a
igreja católica era um dos mais influentes exossistemas, controlando e impedindo
o planeamento familiar com recurso à contraceção. Deste modo, influenciava as
dinâmicas familiares afetando o número de filhos que
era excessivo nestas famílias afetando-as económica
e socialmente. Nos dias de hoje, em Portugal apesar de esta instituição não ser
a favor da contraceção, este exossistema já não detém a influência do passado,
sendo assim a contraceção encarada com naturalidade.
Utilizando como exemplo a autarquia, o posto de trabalho de
uma mulher na direção de um estabelecimento escolar público na Câmara Municipal
vamos prosseguir a nossa explicação. Neste caso
a Câmara Municipal exerce influência sobre o emprego da mesma. No Portugal
democrático de hoje se esta mulher for despedida com base no seu género pode
recorrer a meios legais para ter apoios, por exemplo a
CIG (Comissão para a Igualdade de género). No entanto durante a
ditadura, esta situação era encarada com normalidade e a maioria das mulheres
não trabalhava fora de casa por influência do regime.
Assim, as questões que emergem quando
estamos a trabalhar no âmbito do exossistema são
várias: “As decisões são tomadas tendo em conta todas as pessoas em
causa?”;“Os diversos tipos de apoios às famílias reduzem o stress dos pais?”.
Em suma, consideramos que o exosistema tem uma grande
proeminência na vida de cada indivíduo. Pois deste surgem vários aspetos que,
embora não o afetem diretamente condicionam o seu desenvolvimento. Com os
exemplos apresentados demonstramos, assim, a diferença entre a vida e o
desenvolvimento dos indivíduos numa ditadura ou
numa democracia.
Bibliografia:
- “Psicologia
B 12” de Luís Rodrigues e Fernando Rua
Trabalho
realizado por:
Ana da Luz
12ºH
Beatrice
Nunes 12ºH
Camila
Teixeira 12ºH
Mafalda
Baptista 12ºH
Francisco
Amorim 12ºH
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