A dúvida
constitui uma exigência quando a razão inicia o seu percurso na procura da
verdade “indubitável”. Assim, a dúvida é metódica porque Descartes afirma “recusaremos
todas as crenças em relação às quais se levante a mínima suspeita de dúvida ou
de incerteza”. A dúvida é posta ao serviço da verdade e da procura de uma
justificação para as nossas crenças. A dúvida é provisória pois é utilizada
para atingir um conhecimento seguro. Neste percurso, a dúvida é universal e
radical, porque incide sobre todas as nossas crenças (a priori e a posteriori) nada
foi excluído porque Descartes põe em questão a possibilidade de construir o
conhecimento. É também voluntária, Descartes duvidou livremente. E até chega a
supor a existência de um génio maligno que se diverte a enganá-lo, por isso a
dúvida é hiperbólica ou exagerada.
Teresa Sant’Ana, 11º J
A dúvida cartesiana é um ponto de partida, com o objetivo de chegar a uma verdade absoluta e indubitável. Esta diferencia-se da dúvida cética que é um ponto de chegada, permanente e por isso defende que o conhecimento é impossível.
ResponderEliminarBeatriz Cabral Almeida, 11ºF
O pensamento cartesiano sobre a dúvida é fundamental na filosofia moderna. Ao propor a dúvida metódica, Descartes desafia crenças estabelecidas e estabelece um novo método que prioriza a razão. Essa dúvida torna-se uma ferramenta de libertação intelectual, permitindo questionar até as verdades mais evidentes. A hipótese do génio maligno ilustra a profundidade de sua abordagem, sugerindo que a nossa percepção da realidade pode ser manipulada, o que intensifica a procura por um conhecimento seguro ( sendo um bom exemplo de conhecimento seguro a famosa afirmação de Descartes “penso logo existo”). Assim, a dúvida cartesiana é um meio para alcançar uma verdade mais robusta, marcando uma verdade indubitável na gnoseologia e na epistemologia.
ResponderEliminarMatilde Moreira 11I N16