Quais são as críticas do determinismo radical?


Como o determinismo radical defende que nenhuma ação é livre, então uma das críticas que se faz a esta teoria consiste na total ausência de responsabilidade individual e de moralidade nas nossas ações. Outra crítica ao determinismo radical consiste na inexistência de sentimentos como os remorsos, o orgulho ou mesmo a vergonha, uma vez que esta teoria pressupõe que não temos o controlo sobre as nossas ações. A questão é que temos dificuldade em abandonar a crença de que somos conscientes e livres. Acreditamos que controlamos as ações e deliberamos de forma consciente para escolhermos o que queremos voluntariamente. Rejeitar a liberdade e a responsabilidade, como fazem os deterministas, radicais é recusar a moralidade das ações.
                                                                                       

Leonor Alves, nº17, 10ºC

Comentários

  1. O determinismo radical afirma que tudo o que acontece não poderia ser evitado, uma vez que está ligado a causas anteriores; tudo se processa de um modo necessário e previsível. Nesta teoria considera-se que as nossas escolhas são resultado de fatores biológicos e ambientais. Há sempre causas que determinam as ações, isto é, estamos programados para agir de determinada forma. No entanto, muitos críticos do determinismo radical consideram que não é possível construir a vida social sem a ideia de responsabilidade moral. Simultaneamente, se aceitar-mos a teoria do determinismo radical, os nossos juízos morais perderão qualquer fundamento. As críticas ao determinismo radical baseiam-se muito no enorme desejo de que as pessoas sejam responsáveis pelas suas ações e escolhas e a grande necessidade de admirar e premiar aqueles que se sacrificam e realizam grandes feitos e, ao mesmo tempo, repreender e condenar aqueles que atuam incorretamente. Para além disso, se o determinismo implica a negação da liberdade e da responsabilidade e se podemos afirmar que todas as nossas ações são o resultado de causas que de forma nenhuma podemos controlar, então não há diferença moral entre um criminoso e um "herói", já que agiram apenas como foram determinados a agir?

    Rita Malafaya Nº28 10ºC

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  2. Muitos críticos ao determinismo radical pensam que não é possível construir a vida social com a ideia de responsabilidade moral, e por outro lado, os nossos juízos perderão qualquer fundamento.
    Segundo o determinismo nós não temos culpa dos nossos atos, então se não somos responsabilizados pelo que fazemos, porque não podemos agir de forma diferente, então como vamos explicar acontecimentos simples da vida como elogiar e censurar, condenar e ilibar alguém.
    No determinismo radical não temos moralidade nas ações, ou seja, a nossa moral não afeta nas nossas ações.
    Não temos sentimento de orgulho e vergonha.
    Não há responsabilidade individual, pois os nossos atos são imorais.
    Por último temos uma falsa analogia, ou seja, não existe igualdade entre fenómenos naturais e o homem.
    Ana Rita Araújo nº1 / 10ºB

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  3. O facto de uma das objecções ao determinismo radical ser a ausência de sentimentos de orgulho ou vergonha pode ser explicado com o exemplo de que não podemos ter vergonha de algo que fizemos não devido á nossa vontade,mas sim porque já estávamos determinados a fazê-lo,ou seja,tudo o que fazemos não pode ser culpabilizado pois não tínhamos essa intenção.Tambem não podemos sentir-nos orgulhosos de algo que já estava determinado a ser feito,pois não o fizemos por mérito próprio ou porque merecemos.
    Luísa Moniz 10G n12

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  4. O Determinismo defende que todos os acontecimentos estão causalmente determinados pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza.
    Assim sendo, iliba o homem da responsabilidade dos seus atos, pois estes não poderão ser assumidos como fruto do seu livre arbítrio. Do mesmo modo, o resultado das suas ações não poderão desencadear sentimentos, como a vergonha por algo menos positivo que tenha concretizado ou, no sentido oposto, o orgulho pelo mérito próprio.
    As críticas ao determinismo assentam na necessidade de responsabilizar o homem pelos seus próprios atos, enquanto ser social e desse modo serem justamente reconhecidos ou punidos e simultaneamente não negar o livre arbítrio que cada um tem.

    Francisco Sucena
    10º B nº 29

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  5. Uma crítica importantíssima ao determiniso radical é não possuirmos responsabilidade nos nossos atos. Isso significa que não pode existir culpabilização de uma ação em um indivíduo. Isto é, é errado dizer que o Hitler foi um monstro por tentar eliminar todas as raças diferentes da raça superior, a raça ariana (etnocentrismo de Hitler), e é errado atribuirmos prémios a grandes pessoas da atualidade, como ter dado o Prémio Nobel da Paz à Malala por ter lutado pelos direitos à educação no Paquistão. Na nossa sociedade atual é um absurdo não distinguirmos as pessoas segundo a sua moralidade, e exatamente o que o Determinismo Radical faz. Ao pararmos de distinguir os Heróis dos Vilões do tempo moderno, estamos a desvirtuar valores positivos, como a paz, amor, leadade, liberdade, simpatia, esforço, coragem, entre outros; e os valores negativos como ódio, vingança, maldade, guerra, traição, mentira, segregação, discriminação, entre outros.
    Uma ação sem valor não é uma ação, visto que os juízos de valor são os guias da ação! Isso iria, de facto, conduzir a diversos problemas de Justiça, Harmonia Social e toda a nossa sociedade teria que ser reconstruida, sendo o primeiro impacto na Filosofia.
    Para concluir, sentimentos de vingança/ódio/remorço/injustiça/etc... não deveriam ser sentidos pelo Homem, visto que a vergonha de, por exemplo, mentir e a mentira ser descoberta não devia existir, visto que a razão de mentirmos já devia ser justificada pela própria ciência.

    Francisco Campos, nº12, 10ºC

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  6. Os contra argumentos do Determinismo Radical são:
    1. Não há moralidade nas ações;
    2. Não há responsabilidade individual;
    3. Não há sentimentos de orgulho, vergonha ou revolta.
    Maria Veloso Branco n19 10J

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  7. O determinismo radical é uma teoria que defende que não há ações livres e que a liberdade é apenas uma ilusão. Não podemos responsabilizar alguém pelas suas ações pois, segundo esta teoria, tudo o que acontece e tudo o que fazemos é o resultado inevitável de causas anteriores que não somos nós que controlamos. A crítica mais comum ao determinismo radical é o facto de não ser possível construir a vida social sem a ideia de responsabilidade moral. Se não somos responsáveis pelas nossas ações então como é que sabemos quando elogiar e censurar alguém? Como é que então sentimos remorsos, peso na consciência e sentimentos de culpa e arrependimento quando fazemos algo moralmente incorreto? Como explicamos estes sentimentos? É essa a principal objeção que se levanta em relação à teoria do determinismo radical.

    Maria Sousa Pinto 15 10k

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  8. Uma vez que o determinismo radical afirma que nenhuma ação é livre, uma das críticas que se coloca a esta teoria é relativa ao facto de não haver moralidade nas nossas ações e qualquer responsabilidade individual perante os nossos atos. É criticado também a ausência de sentimentos visto que não temos posse nas nossas ações. É extremamente complicado de contrariar estes argumentos pois custa-nos a acreditar que não controlamos o que fazemos, ou que não fazemos as nossas ações de forma livre e consciente.
    Vicente Pessanha 10F N28

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  9. Um Determinista Radical defende que "não temos livre- arbítrio;se não tivermos livre-arbítrio, não poderemos ser moralmente responsáveis;se não formos moralmente responsáveis, não podemos ser castigados".
    É absurdo defender que não podemos ser castigados. Isto estableceria a desordem e a indisciplina no mundo, podendo ser este o maior argumento contra o Determinismo Radical.

    José Penha nº14, 10ºF

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  10. Como vimos, o determinismo radical baseia-se em três princípios. Não o podemos refutar rejeitando o primeiro deles (o princípio do determinismo), como acabámos de defender. Por isso, para refutá-lo, temos de atacar o segundo e o terceiro princípios (embora praticamente ninguém escolha o terceiro). Como veremos, esta é exactamente a forma como os deterministas moderados refutam o determinismo radical. Mas por detrás desta refutação encontra-se um desejo muito forte de que as pessoas sejam responsáveis pelas suas acções e escolhas e uma enorme necessidade de admirar e premiar aqueles que se sacrificam pelo seu dever e de abominar e punir a obra do diabo. E essa é, em última instância, a razão fundamental para rejeitar o determinismo radical. (Seja o que for que alguns filósofos possam afirmar, a verdade é que quando julgamos moralmente os outros não nos importa se as nossas escolhas morais são determinadas ou não — uma vez mais, repara no comportamento quotidiano de todos, incluindo os deterministas radicais.)
    bernardo mateus n5 10 f

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  11. De acordo, com o determinismo radical, o homem não é livre e não tem qualquer tipo de responsabilidade sobre os seus atos. Então, é impossível condenar ou elogiar alguém; é impossível alguém ter mérito em algo que fez ou ter sentimento de culpa e arrependimento uma vez que tudo isto foi determinado por acontecimentos anteriores e o ser humano não tem controlo sobre as suas ações.
    Afonso Abreu 10ºF

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  12. Na verdade, o ser humano acaba por ter sempre a crença que somos livres e que podemos modificar ou ter controlo sobre os vários acontecimentos. Outra crítica assenta na falsa analogia presente quando afirma-mos que as leis que regem a natureza aplicam-se a todos quando apenas se aplicam à natureza. Por outro lado se o determinismo for verdadeiro põem se de parte a moralidade das ações, as responsabilidades individuais e por fim não há sentimentos de orgulho/liberdade.
    Constança Navio, n6, 10F

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