Como se explica a relação de causalidade em David hume?

 

David Hume levantou o problema da indução. Este problema consiste no facto de não ser possível ter impressões do futuro e está relacionado com a relação de causa e efeito. Como nos indica o autor "usar a indução para justificar a indução constituiria um argumento circular vicioso", pois a indução não é nem racionalmente nem empiricamente justificável. Segundo Hume, não podemos ter conhecimento acerca de efeitos das causas, isto é, não podemos nem prever com rigor, nem generalizar o que se segue. Logo, o problema da indução está dividido na indução por previsão e por generalização. Segundo Hume, não podemos ter certezas sobre aquilo que consideramos uma conexão necessária, pois está ligado a uma conjunção constante fundamentada no hábito ou costume. É este o critério de verdade e por consequência o "grande guia da vida humana". da  David Hume, diz que o fenómeno que nos leva a pensar noutro está unicamente ligado a expectativas psicológicas sem garantias de verdade. A perspetiva de Hume acerca do raciocínio indutivo diz-nos que, este acredita na importância do raciocínio indutivo para o desenvolvimento do mundo visto que é necessário ao nosso dia-a-dia, só que não considera a indução um método fiável. Eu, concordo com Hume, penso que é impossível termos impressões futuras, a natureza nem sempre é uniforme, o princípio da uniformidade da natureza, não é fiável, visto que pode sempre haver mudanças pois o conhecimento das questões de facto é contingente ao contrário das relações de ideias que são eternas. Concluindo, "A verdade é que se trata apenas de um hábito dos seres humanos" esta afirmação está dentro da teoria de David Hume conduzindo a um ceticismo moderado.

                                                                                                          Teresa Pizarro, 11º F

 

 


Comentários

  1. A relação de causalidade em David Hume é central para a crítica ao raciocínio indutivo. Hume argumenta que não podemos justificar a indução de maneira racional, uma vez que não conseguimos ter acesso a impressões do futuro e, portanto, não podemos prever com absoluta certeza os efeitos das causas. Ele afirma que a nossa ideia de causalidade não se baseia em uma conexão necessária, mas sim em um hábito ou costume que desenvolve-se a partir da repetição de eventos observados. Essa perspectiva leva a um ceticismo moderado, onde a crença na uniformidade da natureza é questionada. Hume sugere que, embora a indução seja uma ferramenta prática e necessária para a vida quotidiana, ela não possuí uma base epistemológica sólida. Assim, a noção de causalidade torna-se uma construção psicológica, dependente da experiência e do hábito, mais do que uma verdade absoluta. Essa reflexão é relevante, pois convida-nos a considerar a fragilidade do nosso conhecimento e a natureza contingente das nossas convicções, destacando a importância de um pensamento crítico em relação às nossas crenças e suposições.

    Matilde Moreira N16 11I

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