Em que consiste a teoria da arte como imitação?

A teoria da arte como imitação, um dos mais antigos princípios relacionadas com a arte, é uma teoria essencialista criada para definir as obras produzidas pelo Homem em que são imitadas perspetivas da Natureza e do ser humano com as suas respetivas ações.
Este conceito foi defendido por vários filósofos, inclusive Platão e Aristóteles, embora estes não tivessem a mesma opinião sobre este conceito. Platão defende que um objeto é belo pelas suas características intrínsecas, o belo é belo por si independentemente do sujeito.Os artistas queriam alcançar a beleza perfeita por isso Platão considerava-os ilusionistas da beleza ideal pois a verdadeira beleza está nas ideias  e não nas coisas sensíveis que são cópias da realidade. Com efeito, Platão considerava que um artista, ao imitar a natureza(reproduzindo objetos), está a imitar uma imitação e, neste caso, se as obras de arte apenas imitam os objetos naturais, ele via essas obras como imagens imperfeitas dos seus originais. acresce o facto de Platão considerar que
Já Aristóteles, defendia que as obras de arte devem ser imitações de imperfeições da Natureza, considerando que os objetos que a arte imita não são cópias de nada, ou seja, não são uma imitação de uma imitação, como Platão afirma.
Com isto, compreende-se que, segundo a teoria da arte como imitação, uma obra só é arte se, e só se, é realizada pelo homem e imita algo.
Daí, uma condição necessária desta teoria não reside no facto de uma obra de arte ter de ser produzida pelo homem, mas na ideia de que para ser arte essa obra tem de imitar algo.
Assim, como esta teoria se centra nos objetos imitados, oferece um critério de valoração das obras de arte, sendo esta tão boa quanto mais se aproximar do objeto imitado.
Deste modo, vários artistas como Botticelli, Francisco de Goya e Rembrandt Harmensz Van Rijn, dispõem de obras que pertencem a esta teoria, como é o caso das respetivas obras: The Birth of Venus, Still Life with Golden Bream e The Syndics.

Carolina Sottomayor n°14 
Francisca Cardoso n°15
Sofia Capelas n°24 

11°j



As teorias essencialistas defendem que existe uma essência de arte, ou seja, que existem propriedades essenciais comuns a todas as obras de arte e que só nas obras de arte se encontram.
Uma definição de “obra de arte” essencialista exige também que tais propriedades sirvam para distinguir a arte de outras coisas que não são arte. Daí que se preocupem apenas identificar as propriedades essenciais que caracterizem a arte.
A teoria da arte como imitação, uma das mais antigas, foi durante muito tempo aceite pelos próprios artistas como inquestionável.
Sendo a tese central da teoria: Uma obra é arte se, e só se, é produzida pelo homem e imita algo; a sua característica própria não reside no facto de defender que uma obra de arte tem de ser produzida pelo homem, o que é comum a outras teorias, mas na ideia de que para ser arte a obra tem de imitar algo.
Vários foram os filósofos que se referiram à arte como imitação. Alguns desprezavam-na, como acontecia com o filósofo grego Platão que, apesar de considerar que as obras de arte imitavam os objetos naturais, via essas obras como imagens imperfeitas dos sues originais. Para além disso, no seu ponto de vista, os próprios objetos naturais eram cópias de outros seres mais perfeitos.
Já Aristótelesembora mantendo a ideia de arte como imitação, tinha uma opinião mais favorável à arte, uma vez que os objetos que a arte imita não são, segundo ele, cópias de nada que a arte pode contribuir para uma purificação emocional das pessoas que entram em relação com ela, libertando-as de emoções negativas (Catharsis).
Revelando os seus pontos fortes, esta teoria: adequa-se ao facto incontestável de muitas pinturas, esculturas e outras formas de arte, como peças de teatro ou filmes imitarem algo da natureza como paisagens, pessoas, objetos e acontecimentos; e oferece um critério de classificação das obras bastante rigoroso, o que nos permite distinguir comfacilidade um objeto que é uma obra de arte de outro que o não é.
Caetana Barraca Nº6 11ºK
Mª Isabel Marques de Aguiar Nº15 11ºK

Comentários

  1. A teoria da arte como imitação ou teoria mimética da arte foi defendida por vários filósofos, como Platão e Aristóteles. O primeiro considerava que tudo o que um artista produz é a cópia de algum objeto, sendo a sua verdadeira essência petencente ao mundo inteligível, isto é, o mundo das ideias ou formas. O objeto que se encontra no mundo sensível não passa de uma imitação dessa sua essência. Assim, ao imitar a natureza, o artista, através da reprodução dos objetos, este está a imitar uma imitação.

    Ana Rita Silva, n°1, 11°J
    Catarina Correia, n°3, 11°J

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  2. Como forma de distinguir o que é arte daquilo não é criaram-se critérios para tal.
    Dividiu-se, portanto, duas teorias filosóficas da arte: as essencialistas e as não essencialistas. Esta primeira defende que existem propriedades essenciais e intrínsecas comuns a todas as obras de arte e que só nas obras de arte se encontram, é nesta que se encontra estabelecida a teoria da arte como imitação. Defendida, entre outros, por Platão e Aristóteles; Platão acreditava que o artista produz algo que imita um certo objeto, que por sua vez, é uma aparência- o objeto situado no mundo sensível é uma imitação da sua essência. Assim, ao reproduzir os objetos, o artista está a imitar uma imitação.
    Esta corrente de pensamento assumia-se de forma implícita por grande parte dos artistas.
    Carolina Sottomayor n°14 11°j

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