Existem três tipos de conhecimento: o conhecimento prático (saber-como, saber-fazer), o conhecimento por contacto (direto e presencial) e o conhecimento proposicional que é o que realmente interessa aos filósofos (tem como objeto de análise as proposições com valor de verdade).
Segundo Platão na obra “Teeteto”, para haver conhecimento são necessárias três condições simultâneas (daí a conceção ser tripartida). As três condições são: a crença (S acredita em P) – a adesão do sujeito a uma ideia; a verdade (P é verdadeiro) – a adequação da crença à realidade; e a justificação (S tem justificação para acreditar em P) – razões que sustentam a crença, que podem ter origem na razão ou na experiência. Segundo esta conceção a proposição que traduz conhecimento é “o Xavier é espanhol”, pois o autor tem uma crença (“ Posso acreditar que Xavier é espanhol”), verdadeira (“Posso estar certo - o Xavier é espanhol”), justificada (“por acreditar que os espanhóis são as únicas pessoas que têm o nome começado por X”).
No entanto, esta crença verdadeira justificada foi deduzida/concluída a partir de uma crença falsa - “os espanhóis são as únicas pessoas que têm o nome começado por X”. Segundo Guettier, a crença verdadeira justificada não é conhecimento pois, apenas é verdadeira por obra do acaso/sorte e o acaso ou a sorte não são conhecimento - a afirmação foi deduzida a partir de uma crença falsa. Guettier crítica a conceção clássica do conhecimento afirmando que podemos ter uma crença verdadeira justificada mas não ter conhecimento pois,podemos tirar conclusões verdadeiras a partir de proposições falsas. Este filósofo ainda difere as crenças falivelmente justificadas (como a do texto) das crenças infalivelmente justificadas, evidenciando que a maior parte das vezes não temos justificações suficientemente válidas para as nossas crenças.
Mª Isabel Marques de Aguiar Nº15 11ºK
A definição tradicional do conhecimento é uma definição tripartida do mesmo, em que são necessárias três condições para que haja, efetivamente, conhecimento: a crença(S acredita em P), a verdade(P é verdadeira) e a justificação(S dispõe de razões/justificações para acreditar em P).
ResponderEliminarConsiste, portanto, na crença verdadeira justificada.
É necessário que haja uma crença, pois não faria sentido dizer, por exemplo, "sei que a revoluçao industrial foi no séc.xix mas não acredito nisso". Deste modo, é preciso que haja uma crença, mas a crença em si não basta para se conhecer.
Podem haver crenças verdadeiras ou falsas, mas só as verdadeiras é que resultam em conhecimento.
Acreditar que Paris é a capital de Espanha é uma crença falsa e, embora quem possua essa crença acredite que possui conhecimento, não é, de facto, conhecimento.
A verdade é, então, necessária para que haja conhecimento, mas o conhecimento não se traduz apenas nas crenças verdadeiras.
É também fundamental que existam razões, evidências ou provas que justifiquem as crenças. Por isso, tal como está explícito no diálogo de Platão, "Teeteto", é essencial que haja uma crença verdadeira justificada para se conhecer.
Estas condições isoladamente não são suficientes para que haja conhecimento.
Conclui-se, portanto, que é necessário que as três ocorram simultaneamente.
Francisca n.15 11J
Da autoria de Platão surgiu a obra denominada de Teeteto, nesta, o filósofo expõe a sua conceção no que concerne ao conhecimento, afirmando que o conhecimento deverá verificar três condições: a de crença, a de verdade e a de justificação. Estas condições são simultâneas e necessárias, se alguma não se verificar não é conhecimento e não basta que uma seja para que se o obtenha.
ResponderEliminarA primeira, a da crença, terá de ser verdadeira para o sujeito, isto é, o sujeito terá de acreditar no juízo em questão. A segunda condição, a de verdade, defende que o conhecimento tem de ser, efetivamente, verdadeiro e terá de ter um valor absoluto e universal. A terceira e última, a da justificação, diz que quer o juízo seja a priori quer este seja a posteriori deverá haver uma justificação racional e empírica como base.
Esta é uma teoria tripartida e que , segundo Platão, se estiverem presentes as três condições que ele acredita serem necessárias e suficientes há, efetivamente, conhecimento.
Excelente interrogação de facto! Após intensos estudos, tanto de Platão, como da sua obra "Teeteto", concluí que a definição clássica do conhecimento é tripartida. Isto é, para conhecer precisamos de três condições: uma Crença, a verdade, e a justificação de que esta crença é verdadeira. Assim obtemos uma Crença Verdadeira Justificada. Se eu olho para um relógio que nunca me enganou e observar que são 7:30 da manhã, eu tenho uma crença justificada, e como são de facto 7.30 da manhã, esta crença é verdadeira e justificada.
ResponderEliminarNo entanto, Edmund Gettier apresentou o seguinte contra-exemplo:
Se eu olhar para um relógio analógico que parou às 19.30 enquanto passo por ele às 7.30 (por coincidência a hora é a mesma) eu tenho a crença verdadeira que parece justificada, no entanto não é, e neste caso, o facto de "estar a horas" é fruto do acaso
João alves 11ºK
Para alcançar o conhecimento é necessária uma crença, a verdade, e uma justificação . Deste modo obtemos uma crença verdadeira justificada .
ResponderEliminarA crença equivale à adesão do sujeito a uma dada ideia (opinião inicial), a verdade de uma crença é determinada pela correspondência desta ao mundo real. Em último lugar, a justificação consiste em razões/ argumentos que sustentam a crença.
11ºK - Francisca Cerqueira Gomes nº14
Existem três condições necessárias para alcançar o conhecimento: a crença (A acredita em B), verdade (B é verdadeiro) e por fim a justificação (A tem justificações para acreditar em B). Desta forma é necessária a existência de uma crença, no entanto não serve apenas esta para se conhecer: a crença de que Lisboa é a capital de França é uma crença falsa, por exemplo.
ResponderEliminarConclui-se por isso que para existir de facto conhecimento, as três condições citadas acima terão de ocorrer simultaneamente.
Maria Manuel Branco n16 11J.