O que é o relativismo cultural?


O relativismo cultural (ou multiculturalismo) surgiu como uma solução alternativa ao etnocentrismo em relação ao problema da diversidade cultural
Ao contrário do etnocentrismo, esta linha de pensamento defende que nenhuma cultura é superior a outra, uma vez que todas possuem igual importância e todas devem ser aceites e igualmente respeitadas. Assim é alimentada a diversidade cultural sustentada numa tolerância que o etnocentrismo excluía.
No entanto, esta perspetiva apresenta pontos fracos sendo a tolerância muito discutível pois considera que cada cultura é que deve definir os critérios de bem e de mal. Está ideia promove a indiferença porque cada cultura é livre de decidir por maioria o certo e o errado não podendo haver interferências. Esta situação gera a criação de guetos e o isolamento de culturas, assim como a exclusão social. Segundo esta mentalidade não podemos falar de progresso civilizacional mas de passivismo e conformismo. Por exemplo, se colocarmos a seguinte questão: “Estará ou não correto a mutilação genital feminina (feita por uma determinada cultura africana)?” Segundo o multiculturalismo, esta tradição não poderá ser condenada, porque está inserida na defesa da pureza feminina, ideais pertencentes a esta cultura. Portanto, defende que o moralmente correto é definido por cada cultura. Nenhuma possui a verdade em relação a assuntos morais.
Podemos, assim, concluir que o relativismo cultural não passa de uma linha de pensamento hipócrita, que apesar de aparentemente defender o respeito, a tolerância e a diversidade cultural, acaba por promover o racismo, a xenofobia, o isolamento de culturas e a criação de guetos.
Filipa Teixeira, n13 - 10I

Comentários

  1. Segundo o multiculturalismo, nem as sociedades se podem criticar umas às outras, nem os próprios indivíduos pertencentes a determinada cultura podem questionar quaisquer costumes, visto que as tradições e valores de cada cultura são definidos pela opinião favorita dessa sociedade e nunca devem ser postos em causa.

    ResponderEliminar
  2. O relativismo cultural acredita que cada cultura é que deve definir o que é certo e o que é errado ou seja, não existem padrões absolutos de bem ou de mal,no entanto cada pessoa deve agir de acordo com a maioria da sociedade e ainda, segundo o relativismo cultural as diferentes culturas devem apenas tolerar-se entre si.
    Carlos Bravo nº8 10ºJ

    ResponderEliminar
  3. O relativismo cultural ou multiculturalismo, para além de ser uma alternativa ao etnocentrismo, é, como o nome nos diz, uma teoria que aceita todas as culturas com valores diferentes, não existindo, portanto, valores morais universais. O relativismo cultural defende que os juízos são verdadeiros dependendo da sociedade em que estão inseridos, dizendo que a verdade destes mesmos são submetidos a aquilo que a sociedade aprovada como sendo moralmente correto ou não. Tem como argumentos a favor o facto de promover a tolerância, tendo em conta que ninguém pode julgar a cultura onde nasceu ou as dos outros; Promove também a coesão social, porque, tal como foi referido no ponto anterior, dá aos mesmos da sociedade um forma única de pensar e sentir que impede que a moral seja uma questão de opinião social. Por fim, promove o respeito pela diversidade de opiniões, sendo assim uma teoria subjetiva.
    Tal como James Rachels escreveu, "culturas diferentes têm códigos morais diferentes".
    Maria Amante, 10ºJ, nº 23

    ResponderEliminar
  4. O relativismo cultural consiste numa perspetiva subjetivista dos valores que defende que cada cultura está certa naquilo que defende, pelo que nenhuma outra cultura deve ou pode sequer julgar.
    Porém, ao sermos a críticos em relação às situações, deixamos de poder falar em progresso civilizacional e somos conduzidos ao conformismo moral. Mais, o relativismo cultural cria políticas segregacionistas, como o Apartheid, e leva ao racismo, isolamento e estagnação de culturas.
    Por fim, como não há valores absolutos, está teoria põe em causa a Declaração Universal dos Direitos Humanos, uma vez que a pessoa também não é um valor absoluto.

    André Mota
    N°3
    10°I

    ResponderEliminar
  5. Segundo o multiculturalismo, nem as sociedades se podem criticar umas às outras, nem os próprios indivíduos pertencentes a determinada cultura podem questionar quaisquer costumes, visto que as tradições e valores de cada cultura são definidos pela opinião favorita dessa sociedade e nunca devem ser postos em causa.

    Carolina Almeida 10ºJ Nº21

    ResponderEliminar
  6. O relativismo cultural não tem uma visão etnocêntrica em relação a tradições nem atitudes preconceituosas. Não privilegia os valores a partir de um só ponto de vista. As culturas estudadas segundo o relativismo adquirem os seus próprios sistemas de valores e a sua integridade cultural.
    Afonso Castelo Branco N1 10j

    ResponderEliminar
  7. O relativismo cultural /multiculturalismo ( solução alternativa ao etnocentrismo) é o reconhecimento e aceitação pública de todas as diferenças culturais abrangendo a diversidade cultural, diferencialismo e comunitarismo. Sendo limitado pelo surgimento de guetos e espaços fechados, ausência de valores comuns e abertura a todos os particularismos. É um critério valorativo tolerante em relação a outras culturas mas tem alguns aspetos negativos como a promoção de racismo, isolamento, xenofobia e estagnação.

    Matilde Marques nº25 10ºJ

    ResponderEliminar
  8. Gabriela Cunha - n.14, 10K19 de março de 2020 às 12:45

    O Relativismo Cultural é o reconhecimento e a aceitação pública de todas as diferenças culturais. O Relativismo tem como características a diversidade cultural, o diferencialismo e o comunitarismo.
    O Relativismo leva à tolerância de outras culturas porque o Bom e o Mau é relativo a sociedades específicas, cada um deve agir de acordo com as regras da sua sociedade. Não há padrões absolutos ou universais de bem ou de mal, cada sujeito pertence a uma sociedade bem demarcada das outras e os valores são relativos a certos pontos de vista. Mas, esta tolerância ao defender a coexistência de diferentes culturas tem aspetos negativos com consequências: impede a integração; cria guetos culturais fechados ao diálogo; alimenta o discurso da exclusão e impede-nos de condenar os costumes da nossa própria sociedade e normas vigentes.

    ResponderEliminar


  9. O relativismo cultural é uma teoria que se baseia na aceitação da diferença entre culturas em oposição ao etnocentrismo. O relativismo cultural promove o diferencialismo e a aceitação, no entanto promove a xenofobia, o racismo e a estagnação.
    Maria do Carmo 10J

    ResponderEliminar
  10. O relativismo entende que não há nenhuma verdade absoluta, nem no âmbito moral e no campo cultural. Por isso, propõe uma abordagem cultural e moral sem julgamentos pré-concebidos.
    Diogo Trindade Nº9 10J

    ResponderEliminar
  11. O relativismo entende que não há nenhuma verdade absoluta, nem no âmbito moral e no campo cultural. Por isso, propõe uma abordagem cultural e moral sem julgamentos pré-concebidos.
    Diogo Trindade Nº9 10J

    ResponderEliminar
  12. O relativismo cultural é a visão de que todas as crenças e costumes são diferentes de indivíduo para individuo. Em outras palavras, certo e errado dependem de cada cultura, o que é considerado moral numa sociedade pode ser considerado imoral noutra, e, uma vez que não existe um padrão universal de moralidade ou uma sociedade superior, ninguém tem o direito de julgar os costumes da outra. Hoje em dia, o relativismo cultural é aceite pela maior parte da sociedade. Em suma os relativistas defendem que todas as culturas têm igual valor e são igualmente dignas. João Almeida, nº17 10F

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

O seu comentário será analisado e, posteriormente, publicado.
Obrigada