O que é o senso comum? Que pontos fortes/ fracos apresenta?

O senso comum, primeiro nível de conhecimento, apresenta três fontes: a experiência sensível (cinco sentidos), a experiência existencial (vivências) e a transmissão cultural (de geração em geração).
O senso comum, conhecimento empírico, confia nos sentidos- é sensitivo (“eu vi com os meus próprios olhos”) e manifesta-se numa atitude dogmática/ acrítica (“julga-se dono de verdades eternas”). Já o conhecimento científico desconfia dos sentidos e manifesta-se numa atitude crítica. O senso comum é subjetivo, qualitativo e emocional – depende do sujeito e transmite-se de geração em geração, através de uma apreensão espontânea e imediata. A ciência, no entanto, é evolutiva, problematizadora, quantitativa e racional (parte da razão, sendo construída através da experiência). O senso comum é assistemático e imetódico – é superficial – não trata problemas complexos, mas resolve problemas do dia-a-dia, é indispensável, fiável e útil (pontos fortes). Já o conhecimento científico é aprofundado – trata problemas complexos, utilizando uma linguagem específica e instrumentos sofisticados – é, portanto, sistemático e metódico (cria leis, formula hipóteses, teste teorias). Este tipo de conhecimento é preditivo (prevê fenómenos futuros), revisível e provisório (sujeito a alterações) e comprometido (com fatores económicos, sociais, políticos e culturais). O senso comum, não sendo tão preciso, é erróneo, imperfeito e impreciso (pontoa fracos), utilizando linguagem corrente e mostrando-se ingénuo (“recusa-se a aceitar as teorias científicas que as contradigam”), aceita aquilo que apreende “sem mais”.
Devemos poder confiar no senso comum por resolver problemas do quotidiano – é um conhecimento prático e pragmático (pontos fortes), mas, por oposição, não devemos confiar totalmente no primeiro nível de conhecimento, pois pode conduzir ao erro pela ingenuidade e utilização de linguagem do dia-a-dia (pontos fracos).
Segundo Popper, o conhecimento tem como ponto de partida o senso comum, sendo que não existem ideias inatas – teoria da “mente como um balde”. Ao conhecimento do senso comum, o cientista aplica a sua capacidade racional e crítica para chegar ao segundo nível de conhecimento – a ciência. Assim, estes dois tipos de conhecimento, embora opostos, complementam-se, não havendo entre eles uma rutura, mas sim continuidade (existe apenas um desnível). Já Bachelard, considera o sendo comum como um entrave  ou obstáculo epistemológico pois deve existir uma rutura entre estes dois níveis de conhecimento.
Isabel Aguiar, n.15, 11k

Comentários

  1. É a partir do senso comum ou conhecimento vulgar que orientamos a nossa vida quotidiana, pois é com este que sabemos que no verão a temperatura é, geralmente, mais elevada e que os dias são maiores,etc.
    Ao contrário do conhecimento científico, que resulta de pesquisas e investigações, este é formado a partir da apreensão sensorial espontânea e imediata designando-se por isso, não disciplinar e imetódico, para além de superficial e nada aprofundado.
    No entanto, segundo Karl Popper, este tipo de conhecimento vulgar é considerado como o ponto de partida para qualquer conhecimento mais aprofundado do real.
    Esta opinião é contestada por Gaston Bachelard, que por sua vez, o considera como um obstáculo epistemológico,sendo necessário romper totalmente com ele.
    Carolina Sottomayor nº14 11ºj

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  2. O senso comum é um conhecimento construído de forma imediata e espontânea. É uma crença não justificada, aceita uma explicação sem a questionar, apoia-se na tradição e na experiência, é prático, imetódico e assistemático e por fim , nasce da atividade sensível e da experiência pessoal acumulada.
    É mais baseado na perceção do que na razão, assim, é um modo mais elementar de conhecer o mundo. É , portanto, um saber imediato, subjetivo, heterogéneo e não crítico.
    Este tipo de conhecimento, caracteriza-se por ser aprofundado e especializado em diferentes domínios, construindo explicações dos fenómenos e tendo por base uma organização teórica e um método.
    No entanto, o senso comum apresenta pontos fracos, é contraditório e desorganizado.
    Baseando-se em generalizações, deixando-se iludir pelas aparências e realizando generalizações a partir de um número não representativo de casos.
    Matilde Dincã nº18 11J

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  3. O senso comum é o primeiro nível de conhecimento e forma-se a partir da apreensão imediata, espontânea e sensorial, resolvendo problemas do nosso quotidiano (conhecimento prático). É superficial, pois orienta-se através da aparência das coisas e subjetivo porque, como também é assistemático, entra, muitas vezes, em contradição. Transmite-se de geração em geração e, por isso, é pragmático, fazendo que as pessoas possam ter mais contacto com o mesmo (mais acessível). É um conhecimento cristalizado, isto é, parou no tempo (definitivo) e, consequentemente, é impreciso, imperfeito, erróneo e ingénuo.


    Ana Rita Silva, Nº1, 11ºJ

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  4. O senso comum é,por definição, um conhecimento que se constrói de forma imediata e espontânea. É uma crença não justificada que aceita uma explicação sem a questionar apoiando-se na tradição e na experiência. Também é prático, imetódico e assistemático, sendo formado pela atividade sensível e pela experiência pessoal acumulada pelo indivíduo ao longo da vida. O senso comum também prefere a perceção em vez da razão e por isso torna-se num modo mais elementar de conhecer o mundo. Por fim, o senso comum tem um saber imediato, subjetivo, heterogéneo e não crítico. Nesta medida o senso comum tem fraquezas, ou pontos fracos por ser contraditório e desorganizado.

    João Pinto 11ºJ

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  5. O senso comum ou o conhecimento vulgar engloba as crenças partilhadas pelos seres humanos. A justificação dessas crenças resulta da experiência coletiva e acumulada ao longo de várias gerações. Outra das características do senso comum é o facto dele ser assistemático, ou seja não possui um corpo organizado de conhecimento.
    Beatriz Gonçalves nº2 11ºJ

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  6. O senso comum/conhecimento vulgar é considerado o primeiro nível do conhecimento, este tipo de conhecimento provém da experiência sensível, orienta a vida prática; é superficial, pragmático (passa de geração em geração), é repertório de interpretações provocadas mais pela aparência das coisas do que pela verdade, é imetódico (sem rigor) e é considerado um saber cristalizado (não muda e é definitivo).
    Por um lado, com o senso comum, adquirimos conhecimentos sobre o mundo de uma maneira mais prática, espontânea e simples; e sem o senso comum não poderiam existir crenças culturas ou religiões.
    Por outro lado, como o senso comum não é baseado em fatos reais, acaba por originar opiniões preconceituosas que não acabam com o tempo, gerando conflitos e desentendimentos na sociedade.
    Maria Manuel Branco nº16, 11ºJ.

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  7. O senso comum é o primeiro tipo de conhecimento que o ser humano obtém e constrói-se de forma imediata. Através de experiências e visões o senso comum alimenta-se, com sem qualquer tipo de dúvida. É um tipo de conhecimento bastante prático e é formado pelas experiências que a pessoa passou ao longo da sua vida. O senso comum, por ser prático, serve para resolver problemas fáceis, porém, segundo vários filósofos não o consideram um bom tipo de conhecimento pois não tem qualquer tipo criticismo.

    João Machado 11J n11

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  8. O senso comum é o primeiro nível de conhecimento. Forma-se a partir da apreensão imediata, espontânea e sensorial da realidade, da experiência concreta sendo um conhecimento prático, porque resolve problemas do quotidiano, é superficial porque se orienta em função da aparência das coisas, é também subjetivo porque sendo assistemático entra muitas vezes em contradição. Como se transmite de geração em geração é pragmático e fiável. O homem do senso comum assume uma postura dogmática perante o mundo, a vida e cristaliza-se no tempo. O senso comum é impreciso e imperfeito, erróneo porque é ingénuo. É fundamental para a ciência, permite resolver problemas práticos. Podemos confiar neste tipo de conhecimento quando os problemas são comuns, porém, não é suficiente para resolver questões mais complexas devido à sua subjetividade e superficialidade. Também utiliza a linguagem natural podendo originar ambiguidades e levar ao erro.

    Duarte Alves de Sousa
    Nº7 11ºK

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  9. O senso comum, também conhecido como conhecimento vulgar, refere-se ao nível mais básico de conhecimento que é constituído nas nossas vidas. É um nível que se baseia em observações ingênuas da realidade e está diretamente relacionado à solução de problemas práticos presentes no dia-a-dia. Além disso é encontrado em experiências subjetivas e irracionais, cujas nos preparam com soluções básicas para problemas básicos. Este apesar de ser bastante importante para Popper, não passa da "base do nosso conhecimento", ou seja, apesar de ser necessário para a nossa vida, não se pode comparar ao conhecimento científico, que é mais prático e metódico.

    Rodrigo Mota
    N°23 11°J

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  10. Segundo Karl Popper, epistemólogo contemporâneo, o senso comum, ou conhecimento vulgar, é o primeiro nível de conhecimento, isto é, o ponto de partida para qualquer conhecimento mais aprofundado (científico, filósofo, ou qualquer outro de tipo racional).

    Este tipo de conhecimento, mais elementar, apresenta três fontes: a experiência sensível (cinco sentidos), a experiência existencial (vivências) e a transmissão cultural (transmite-se de geração em geração).
    O senso comum, conhecimento empírico, confia nos sentidos, é sensitivo e manifesta uma atitude dogmática.

    O conhecimento científico desconfia dos sentidos e manifesta-se numa atitude crítica (questiona, com o objetivo de aproximar-se cada vez mais da verdade). É evolutivo, quantitativo e racional (parte da razão, sendo construído através da experiência).

    Já o conhecimento vulgar, julga-se dono de verdades eternas, é por isso uma conhecimento cristalizado/ estático (parou no tempo) e acrítico (não duvida/ questiona- aceita como verdades absolutas e imutáveis), mostrando-se ingénuo. É subjetivo, qualitativo e emocional (depende do sujeito). É construído essencialmente a partir da apreensão sensorial espontânea e imediata que fazemos da realidade (saber imediato) e resulta da experiência coletiva e acumulada ao longo de gerações (mais acessível).
    O senso comum é assistemático e imetódico. É superficial (não é especializado em qualquer domínio).
    Não trata problemas complexos, mas apresenta respostas imediatas e funcionais com vista à resolução de problemas do quotidiano (conhecimento prático e pragmático) é, por isso, indispensável e útil.

    O conhecimento científico, no entanto, é aprofundado e especializado em diferentes domínios. Trata de problemas complexos, utilizando linguagem específica e instrumentos sofisticados, tendo por base uma organização teórica e um método é, portanto, sistemático, metódico (fórmula hipóteses, testa teorias e cria leis) e objetivo.
    Este tipo de conhecimento é preditivo (prevê fenómenos futuros), reversível (está sujeito a alterações) e consequentemente provisório (mantém-se como aceitável até surgir outra teoria mais eficaz e mais próxima da verdade). É, também, comprometido (por fatores económicos, sociais, políticos e culturais).

    Rita Folha 11º C

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