Que objecções podemos apontar à teoria da arte institucional?

A objeção à teoria da arte é uma proposta apresentada por Morris Weitz, em que este defende que não é possível definir a arte em termos de condições necessárias e suficientes.
Uma das objeções é a condição relativa à intenção. Consideremos os artistas que não tiveram intenção de que as suas obras fossem vistas como obras de arte, sendo que só depois da morte do artista é que as mesmas foram dadas a conhecer ao público e consideradas obras de arte.
Temos também o facto de não ser possível distinguir a boa da má arte.
E, por fim surge o facto de que uma obra para se considerar uma obra de arte, necessita de que existam obras de arte anteriores, e isto levanta um problema ao considerar a primeira obra de arte a surgir no mundo.


Joana e Margarida/11ºj

Comentários

  1. A teoria intitucional da arte enfatiza a importância da comunidade de conhecedores de arte na definição e ampliação dos limites daquilo que pode ser chamado de arte.
    Esta teoria é defendida por George Dickie. Há duas objeções a esta teoria :a primeira é que, ou os entendidos em arte decidem o que deve ser considerado uma obra de arte com base em razões, ou o fazem arbitrariamente. Se eles o fazem com base em razões, essas razões constituem uma teoria da arte que não é a teoria institucional. Por outro lado, se os entendidos em arte decidem que o que deve ser considerado obra de arte é feito de uma forma arbitraria então, nesse caso não fica claro porque devemos dar qualquer importância à arte. Uma objeção adicional, é que a teoria institucional é viciosamente circular. Como por exemplo, obras de arte são definidas como objetos que são aceites como tais pelas pessoas que entendem de arte; e as pessoas que entendem de arte são definidas como as que aceitam certos objetos como sendo obras de arte.
    Matilde Dincã, 11J

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  2. A teoria da arte institucional é criticada pelo seu caráter, extremamente, redundante, pois: uma obra de arte é um artefacto a que o mundo da arte conferiu estatuto, sendo o mundo da arte um grupo de indivíduos com poder de conferir a um artefacto o estatuto de obra de arte.
    Adicionalmente, Richard Wollheim expôs que, mesmo que haja pessoas aptas a tornar qualquer artefacto numa obra de arte, é necessário que existam razões para escolherem uns e não outros.
    Assim, afirmou que: se há razões, então essas é que deveriam ditar o que é arte e o que não é e, se não há razões, se o estatuto é conferido de forma arbitrária, então a arte também passará a ser vista como arbitrária, carecendo de qualquer interesse.
    Além disso, outra crítica reside nas seguintes questões: “quem tem autoridade para agir em nome de uma determinada instituição? e em que sentido se diz que o mundo da arte é uma instituição, dado que não possui características semelhantes a outras instituições(religiosas, militares, académicas, etc.)?”.
    Esta teoria, ao considerar apenas um grupo de privilegiados, pertencentes ao “mundo da arte”, é acusada de elitismo e, como quase tudo se pode transformar em obra de arte, desde que seja um artefacto e que seja aceite por essa elite de pessoas, esta conceção carece de valor, não é possível distinguir o que é uma obra de arte boa de uma má.

    Francisca Cardoso n15 11J

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