Que objeções podemos atribuir à teoria histórica da arte?

A arte e as suas variadas formas de expressão são uma componente do nosso quotidiano como humanos. Esta está em todo o lado: na arquitetura citadina, nos túneis do comboio como graffiti, nos museus e até mesmo nos cadernos de desenho que os alunos guardam tão perto do coração. Quando confrontados com a teoria da "Arte Histórica" vemos certas contradições e falácias que nos obrigam a discordar e a apresentar uma oposição à dada conjetura.
Jerrold Levison ostentou esta teoria em 1948, onde advogava que arte é um fenómeno inteiramente dependente da sua história. Intencionava dar uma definição de tal forma extensaao conceito, que este acabava por possibilitar o enquadramento de todas as obras de arte.
Levison sublinha as finalidades de quem cria as obras, em vez de destacar o "mundo da arte". Confiamos no outro grupo para desenvolver mais esta teoria inicial, visto que nós estamos aqui para revelar as nossas objeções.
Defendemos que é imprescindível o direito à propriedade privada, e por isso, que um artista deve usar materiais que tem pagos ou explicitamente oferecidos, pois se um conceituado mestre usar bens roubados, acaba a pôr em causa a possibilidade da sua pintura ser considerada "obra de arte" pois esta foi feita com meios injustos e anti-éticos.
Argumentamos também que para que uma obra de arte seja vista como tal, é condição necessária que o artista tenha tido a intenção de fazer tal obra desde do momento em que começou. Desqualificando assim obras que só ganharam valor pois outros o impuseram contra a vontade do artista ou sem o seu conhecimento ou consentimento.
Se admitirmos que o que torna algo uma obra de arte é a sua relação com a arte anterior, então surge um problema ao conceber-se a primeira obra de arte a ser criada no mundo. Pois esta não teve nenhum exemplo prévio o qual seguir. E deste modo, as seguintes obras também não são pois não derivam de uma fonte "oficial"
Por fim, a visão de Levison não explica nem enumera as mudanças que decorrem num objeto após este se tornar obra de arte. E sendo assim, não explica de facto o que é uma obra de arte, deixando assim a essência deste problema por resolver
Em suma, A teoria da Arte Hisórica é insuficiente para explicar os verdadeiros valores de uma obra de arte. Pois deixa lacunas em branco no que toca a certos aspetos os quais mencionámos acima.

 João Alves e Duarte Sousa em "Críticas à Arte Histórica"
Fontes: Manual Novos Contextos (Filosfia 11º)
Escola Secundária Garcia de Orta

Comentários

  1. Uma das críticas que podemos atribuir à história de arte é a seguinte: defendemos que é imprescindível o direito à propriedade privada e por isso, um artista deve usar materiais que tem pagos ou que são explicitamente oferecidos, pois se um conceituado mestre usar bens roubados, acaba por colocar em causa a possibilidade da sua pintura ser considerada “obra de arte” pois esta foi feita com meios injustos e anti-éticos. João Alves 11°K nº 11

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  2. Enquanto que a teoria da História da Arte é conceituada entre ambos filósofos e historiadores, há certas objecções que são demasiado sólidas para ignorar.
    Partindo do princípio que uma obra de arte é inspirada sempre numa criação anterior à mesma, e que é condição necessária para um artista criar, a influência de um passado criador, ao continuarmos a seguir esta conjetura, acabamos por chegar ao ponto temporal em que foi criada a primeira obra de arte de todas. Obra esta que, sem anteriores referência, não pode ser uma obra de arte pois não obedece aos critérios. Nulificando assim quaisquer obras que a seguissem.
    Ao examinar a teoria da Arte Histórica, reparo que não há uma explicação para o fenómeno da primeira obra de arte ter sido feita sem anterior inspiração. Esta pequena falácia dá origem a uma das críticas à teoria em questão!
    Pedro Allen número 20 11.º K

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  3. A teoria histórica da arte de Levinson esteve sujeita a diversas críticas, contudo, este autor estava ciente da seguinte acusação: se o que faz de algo uma obra de arte é a sua relação com a arte anterior, a teoria carece de subsistência, pois, ao considerar a primeira obra que surgiu no mundo, sendo esta a primeira, não existe nenhuma anterior, logo, esta não pode ser considerada arte e, consequentemente, as seguintes obras também não o podem ser.
    Adicionalmente, segundo Levinson, uma condição necessária para uma obra ser considerada arte reside no direito de propriedade sobre o objeto, isto é, no facto de que o objeto é do indivíduo que o criou, não sendo possível para o artista tornar qualquer coisa, que não seja dele, em arte.
    Contudo, esta condição é questionável, pois um artista conhecido pode ter utilizado, no passado, uma tela que não era dele, por exemplo, podia ser de um colega de quarto que não ia à faculdade há meses e que deixou as suas telas à vista no quarto, sendo fácil para qualquer pessoa utilizá-las, embora não fossem a sua propriedade.
    Simultaneamente, há diversos casos de obras de arte que só foram descobertas após o artista ter falecido, pondo em causa outra condição necessária de Levinson, a intenção.

    Francisca Cardoso n15 11J

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