Existem duas formas possíveis de justificar a ideia de “fonte de conhecimento”: através do conhecimento a priori e do conhecimento a posteriori.
O conhecimento a priori baseia-se em juízos a priori,
juízos cuja verdade pode ser conhecida apenas com origem no conhecimento ou na
razão, sendo assim totalmente independente da experiência sensível. Este tipo
de juízos é universal e necessário, tornando-se assim impossível negá-los, pois
implicaria entrar em contradição. Por exemplo, não é possível negar nem no
passado, nem no presente e nem no futuro que um triângulo tem 3 lados, estamos
diante de uma verdade absoluta, necessária, apodítica, eterna… chegamos a eles com
base na dedução.
Por outro lado, o conhecimento a posteriori apoia-se
nos juízos a posteriori, juízos cuja verdade só pode ser conhecida através da
experiência sensível. Juízos deste género não são estritamente universais e são
contingentes, logo são passíveis de serem negados. Tomemos como exemplo o facto de que o fogo
queima. Tanto no passado como no presente podemos afirmar tal coisa, mas nada
nos diz que no futuro não irá acontecer algo que impeça este fenómeno da
natureza de se repetir. São juízos provisórios obtidos com base na indução.
Fundamentação do conhecimento segundo Descartes e Hume, duas ideias em oposição.
ResponderEliminarSegundo Descartes o fundamento do conhecimento encontra-se na razão: é o cogito,
enquanto crença fundamental e primeira verdade, e outras ideias distintas e claras da razão.
Contudo, este fundamento do conhecimento, depende de Deus, aquele que é o princípio de
toda a realidade.
De acordo com David Hume o fundamento do conhecimento encontra-se na experiência, mais
concretamente nas impressões dos sentidos. É a crença básica de que se está a ter uma
determinada experiência que justifica as outras crenças obtidas através dela.
Rodrigo Simões Nº21 11ºE
Tiago Almeida Nº24 11ºE