Hume distingue dois tipos de conhecimento: o conhecimento das
relações que existem entre ideias, as relações de ideias e o conhecimento de
factos também conhecidos como as questões de facto.
As relações de ideias, têm um caracter evidente
traduzindo-se em proposições “a priori”(com base na razão) sendo necessárias,
universais, eternas, absolutas e apodíticas. Estas são sempre verdadeiras, em
qualquer circunstância, portanto negá-las implica entrar em contradição. Um
exemplo de um juízo baseado neste tipo de conhecimento é, por exemplo: “O triângulo
é uma figura geométrica constituída por 3 lados”, este juízo tem origem num
raciocínio dedutivo, que por ser absoluto e repetitivo, não serve para a
evolução do conhecimento. Assim, David Hume não nega as relações de ideias mas
afirma que estas não servem para conhecer.
Já as questões de facto, por serem baseadas na experiência, na sensação são equivalentes a juízos a posteriori e implicam a observação direta do mundo e da natureza. São proposições contingentes, ou seja estão sempre sujeitas a atualizações, desta forma nega-las não implica a contradição porque o conhecimento é contingente e provisório. Um exemplo destas é, por exemplo:” O calor dilata os corpos.”, esta conclusão implica a experiência e resulta de um raciocínio indutivo que permite ampliar o nosso conhecimento, no entanto é falível, contém margem de erro. Para David Hume apenas as questões de facto servem para conhecer.
Inês Girgin Teixeira/ nº 10 / 11ºH
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