Ao longo deste ensaio filosófico pretendemos discutir o problema do livre arbítrio, assim sendo a questão que emerge é a seguinte: Será que o homem é livre? A liberdade é a possibilidade de um indivíduo ter o direito de fazer escolhas autonomamente de acordo com a própria vontade. Na disciplina da filosofia queremos entender a liberdade metafísica ou o livre arbítrio que não nos pode ser dada nem retirada independentemente do regime em que vivemos. Existem 3 modelos que respondem a este problema: o determinismo radical e o libertismo, que correspondem a teorias incompatibilistas, e o determinismo moderado, associado a uma teoria compatibilista. Neste ensaio iremos defender a tese do determinismo moderado, começando primeiramente por apresentar a teoria e seguidamente apresentar argumentos a favor e objeções.
O determinismo moderado é uma teoria compatibilista que procura conciliar o livre arbítrio com o determinismo, ou seja, mesmo que esteja tudo determinado, há ações livres. Esta é considerada o modelo mais plausível onde o homem dispõe de uma margem para exercer livremente as suas ações. No compatibilismo afirma-se que o homem é livre quando o que escolhemos e o modo como agimos resulta causalmente do que queremos. O determinismo é assim uma teoria verdadeira onde as causas das ações estão no sujeito e na sua consciência e desse modo temos que ser responsabilizados pelas nossas ações. Somos seres racionais, livres e responsáveis pelos nossos atos e assim sendo podemos estar inseridos no triângulo da ação humana. Tal como afirma Searl “o nosso comportamento não é previsível da mesma maneira que é predizível o comportamento dos objetos rolando por um plano inclinado.” Isto indica-nos que a vontade é livre se não for constrangida, ou seja, forçada a fazer algo, apesar de poder ser afetada por alguns fatores, quer biológicos ou sócioculturais por exemplo. Assim, mesmo que as nossas ações sejam determinadas (causadas), podemos agir de outro modo se assim o decidirmos: ação livre. Contudo, um compatibilista não distingue de forma clara a diferença estre ações livres e ações não livres. Com este efeito, o determinismo moderado não explica por que é que ser constrangido por acontecimentos anteriores é um ato livre e ser constrangido por alguém já não é um ato livre, mas sim uma coação. Podemos comprovar isto com algumas objeções, como por exemplo, alguns opositores a esta teoria acreditam que as nossas ações são controladas a partir da nossa educação e que não temos controlo sobre o passado, logo somos o resultado da nossa criação. Outro argumento contra é o facto de apresentarmos dificuldades em controlar desejos, logo somos influenciados pelo meio externo.
Em suma, com base neste princípio podemos afirmar que o homem é livre, racional e consciente das suas ações, independentemente delas serem causadas uma vez que podemos agir de outro modo, se assim o decidirmos.
10ºA - Benedita Craveiro nº3 / Maria Benedita Ribeiro nº12 / Mafalda Medeiros nº11 / Rafaela
Pinheiro nº21
A teoria do determinismo moderado é uma abordagem filosófica que tenta conciliar a ideia de determinismo com a noção de livre-arbítrio. Essa teoria sugere que, embora as escolhas das pessoas sejam influenciadas por fatores causais, ainda assim podemos ter controle sobre nossas ações e sermos responsáveis por elas.
ResponderEliminarDe acordo com essa teoria, as escolhas das pessoas são determinadas por uma combinação de fatores causais, incluindo suas disposições naturais, experiências passadas, ambiente e outros fatores que tiveram suas decisões. No entanto, esses fatores não eliminam a possibilidade de escolha ou a responsabilidade por ações.
O determinismo moderado afirma que as pessoas podem exercer controle sobre suas escolhas, mesmo que essas escolhas sejam influenciadas por fatores causais. Isso é possível porque as pessoas podem ter uma ampla gama de opções disponíveis para elas, e essas opções podem ser diferentes dependendo das circunstâncias.
Por exemplo, uma pessoa pode ser influenciada pelo ambiente em que cresceu, mas ainda pode escolher estudar e trabalhar duro para alcançar seus objetivos. Ou seja, embora o ambiente possa ter influenciado a escolha, a pessoa ainda tem o poder de tomar decisões conscientes e fazer escolhas que fizeram sua vida.
Em resumo, a teoria do deter
minismo moderado sugere que as escolhas humanas são influenciadas por fatores causais, mas que ainda podemos exercer algum controle sobre essas escolhas e assumir a responsabilidade por nossas ações. Essa abordagem tenta conciliar a ideia de determinismo com a noção de livre-arbítrio, sugerindo que as pessoas podem ter algum grau de liberdade em suas escolhas, mesmo que sejam influenciadas por fatores externos.Miguel Novais 10H