Trabalho de grupo realizado no âmbito do DAC - Temos o dever moral de promover a sustentabilidade?

 



 No decorrer deste ensaio filosófico procuraremos refletir sobre a Sustentabilidade. Debruçar-nos-emos sobre a questão: - Temos o dever moral de promover a Sustentabilidade? Consideramos a discussão deste assunto muito conveniente, uma vez que a Sustentabilidade é imprescindível na sobrevivência do planeta. É um conceito fundamental que deve ser esclarecido porque visa a qualidade de vida das gerações presentes e futuras. O termo «Sustentabilidade» (proveniente do latim «sustentare» que significa conservar, preservar) refere-se ao princípio da procura do equilíbrio através da utilização racional dos recursos naturais, com o intuito de assegurar o bem-estar da sociedade a longo prazo. Este  tema é intemporal, e desataca-se porque assistimos a uma degradação contínua marcada pelo crescimento populacional e aumento do consumo, situação que requer o compromisso da sociedade como um todo.  Este tema muito abrangente reúne 3 ramos essenciais: a Sustentabilidade Ambiental (referente à proteção dos recursos naturais), a Sustentabilidade Social (associada à defesa dos direitos humanos e à qualidade de vida das populações) e, por fim, a Sustentabilidade Económica (relativa à produção de riqueza). Ao longo deste texto, iremos focar-nos na Sustentabilidade Ambiental pelo que iremos, primeiramente, apresentar a perspetiva em questão e os respetivos argumentos. Posteriormente, mostraremos uma objeção, que por fim refutaremos.

  Em primeiro lugar, é importante relembrar que, graças à revolução industrial e ao surgimento das novas tecnologias dos séculos XVIII e XIX, Portugal assumiu um modelo de sociedade consumista, que valorizava o consumo não consciente, prejudicial para o Ambiente. Com vista a atenuar este problema, foi criado e divulgado mundialmente o conceito de “Sustentabilidade”, juntamente com um conjunto de medidas que procuravam concretizá-la. Na verdade, se não contribuirmos para a preservação do ambiente (a partir das respetivas medidas necessárias para combater, por exemplo, a sub-exploração dos recursos), os nossos descendentes (filhos, netos, sobrinhos, etc.) terão que sobreviver num planeta escasso em recursos, de respirar ar poluído e de viver sob paisagens destruídas. Então, se queremos evitar este futuro, cada vez mais próximo, devemos contribuir para a conservação das múltiplas formas e funções da natureza, com o intuito de criar um lar de qualidade para todas as pessoas. Em segundo lugar, analisando os impactes que as danificações do meio ambiente acabam por gerar, se não agirmos de forma sustentável, os recursos naturais (nomeadamente a água, os recursos minerais, etc.), que não são finitos, acabarão por se esgotar, comprometendo o bem-estar da sociedade. Para além disso, poderão ocasionar conflitos entre civilizações e motivar a inflação substancial dos preços, ambas as situações bastante desfavoráveis. Neste contexto, insere-se a importância de uma iniciativa coletiva na promoção da sustentabilidade, já que apenas a alteração dos nossos hábitos poderá reverter esta situação e assegurar às próximas gerações um futuro de qualidade. Por outro lado, existem certas lacunas a preencher para a obtenção de um planeta futuramente mais sustentável. Alguns destes pontos fracos a assinalar, são por exemplo questões financeiras e dificuldades a implementar novas medidas em determinadas culturas. Como é do conhecimento geral, existem diversos países cujo desenvolvimento é pouco ou nenhum, o que torna particularmente difícil encontrar um “pé de igualdade” no que toca à instituição de novas práticas ou sistemas de preservação ambiental. Uma vez que muitos países não contém as capacidades financeiras necessárias para acompanhar a inovação e os avanços tecnológicos implícitos na mudança de comportamentos globais, origina-se assim a primeira e principal objeção à promoção da sustentabilidade à escala mundial. Existe ainda a questão da resistência oferecida por certas culturas à mudança. Certas civilizações são contra a inovação, modificação e restituição de práticas, uma vez que estas assumem, por vezes, um caráter cultural e religioso que se opõe à alteração de costumes antigos, o que dificulta a tal consciência coletiva de evolução anteriormente mencionada. Contudo, estas lacunas podem ser ultrapassadas através da entreajuda internacional.  As questões financeiras podem ser resolvidas com doações e ajudas monetárias dadas pelos países mais desenvolvidos aos países menos abastados, de modo a tentar remendar as diferenças económicas entre nações. Em relação à intervenção cultural, a abordagem deve ser mais cuidada e gradual. Esta é possível através do envio de missionários, diplomatas e especialistas ambientais às civilizações mais resistentes, de modo a persuadi-las a fazer as alterações necessárias para atingir o objetivo comum: a existência de um planeta mais sustentável e apto de fornecer as condições necessárias para o bem-estar das gerações futuras.

 As palavras da ativista Greta Thunberg "Aqui, agora, vamos definir os limites. O mundo está a acordar. A mudança está a vir, quer queiram, quer não." expressam a urgência de preservar o ambiente num planeta em descontrolada e aproximada mudança. Pensamos que a principal ideia a retirar desta afirmação é a união para a defesa do ambiente, uma junção de forças de todo o mundo para salvar o que temos, antes que acabe por ser destruído. Concluindo, pretendemos reforçar a importância da questão abordada, porque ser sustentável é um dever de todos e se não tentarmos refletir e conhecer mais sobre este tema, nunca chegaremos a encontrar uma solução mundialmente eficaz.

Bibliografia:

Blog Ágora

https://meioambienterio.com/quais-sao-as-desvantagens-do-desenvolvimento-sustentavel/

https://www.cgd.pt/Site/Saldo-Positivo/Sustentabilidade/Pages/sustentabilidade-pilares.aspx

https://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade

https://www.mundoisopor.com.br/sustentabilidade/qual-a-importancia-da-sustentabilidade-para-o-mundo

https://g1.globo.com/google/amp/natureza/noticia/2019/07/29/sobrecarga-da-terra-2019-planeta-atinge-esgotamento-de-recursos-naturais-mais-cedo-em-toda-a-serie-historica.ghtml

https://www.gov.br/fundaj/pt-br/destaques/observa-fundaj-itens/observa-fundaj/revitalizacao-de-bacias/copy_of_quais-sao-as-consequencias-da-superexploracao-dos-recursos-naturais

Gonçalo Faria  nº7  10ºH

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