Este ano o Dia
da Filosofia foi assinalado com a exposição de questões filosóficas, em vários
espaços da escola em articulação com a Biblioteca Escolar, no âmbito do tema- problema: “A
banalidade do mal e o sofrimento humano”. Os alunos de Artes Visuais do 11º ano, orientados pela professora Rita Maia, de Desenho, ilustraram marcadores de leitura com algumas questões filosóficas selecionadas pelos alunos. Também foram expostas maquetes e
desenhos, no âmbito da “Alegoria da Caverna de Platão”, elaborados pelos alunos
do 10º ano, de Artes Visuais, legendados pelos alunos de Ciências e Tecnologias
com o recurso a uma ferramenta digital, a “nuvem de palavras”. Foram ainda expostos trabalhos realizados pelos alunos do 11º ano, no âmbito
dos Direitos Humanos. Esta comemoração teve o seu momento alto com a
dinamização do “Café Filosófico”, na Biblioteca Escolar, a cargo da Associação
de Professores de Filosofia de Braga. Esta iniciativa contou com a performance
do Marcos Bazmandegan marcada pelo discurso assertivo capaz de “agarrar” as
turmas do princípio ao fim. A obra, “Eichmann em Jerusalém”, de Hannah Arendt e
a referência a Viktor Frankl ilustraram bem a importância do tema dominante do Café
Filosófico – “A banalidade do mal e o sofrimento humano”. Toda a
informação se revelou precisa e pertinente, a conversa fluiu numa apresentação de
situações-limite vividas no contexto do holocausto. Um fio condutor percorreu e
deu sentido a todos os momentos da comunicação bem conseguida com o
questionamento dos alunos presentes. Estas situações de aprendizagem são privilegiadas
porque continuam na sala de aula e contribuem para enriquecer o processo de
ensino-aprendizagem. Foi um privilégio contar com a participação do Eugénio Oliveira
e do Marcos Bazmandegan porque eles têm a sabedoria dos especialistas e a
disponibilidade para transmitir o conhecimento como só os grandes mestres
conseguem ter. Foi uma experiência marcante, duradoura e positiva.
O café filosófico em que falamos sobre a "banalidade do mal" suscitou-me interesse sobre um assunto que não costuma ser algo em que pense, ajudou-me a pensar na filosofia como uma forma de me questionar a mim acerca do mundo. A exposição de trabalhos criativos e a realização do "Café Filosófico" proporcionaram um espaço de reflexão crítica, essencial para o desenvolvimento do pensamento tornando-o autónomo. A referência ao exemplo do holocausto foi a melhor forma de nos apresentar o tema. A menção a influentes pensadores como Hannah Arendt e Viktor Frankl foi fundamental, pois levou a discussões sobre questões éticas e morais que ainda estão presentes na sociedade atual. A valorização de eventos assim na escola é crucial para cultivar um ambiente que estimule o debate e a reflexão, que são indispensáveis no mundo contemporâneo.
ResponderEliminarTeresa Pizarro 11F